22 de dezembro de 2011

Mensagem para Miracema.

São dez anos fazendo o Projeto Jovens Talentos.
Quantas cidades percorridas neste tempo? Só contando...........
Além daquelas em que estamos trabalhando tem as que passamos por elas a caminho do trabalho nas cidades parceiras. Se não esquecer nenhuma teríamos passado por Silva Jardim, Casemiro de Abreu, Araruama, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande, Rio Bonito, Italva, Itaocara, Aperibé, Cordeiro, Cantagalo, Bom Jardim, Duas Barras, Cambucí, São Fidélis, Tanguá, Macuco, Cachoeiras de Macacu e Magé.

Nas que temos atuado constantemente temos: Rio e Baixada Fluminense ; Petrópolis, Guapimirim, Itaboraí, Niterói, São Gonçalo, Saquarema, Cabo Frio, Búzios, Arraial do Cabo, Rio das Ostras, Macaé, Carapebus, Quissamã, São João da Barra, Campos dos Goytacazes, São Francisco de Itabapoana, Bom Jesus do Itabapoana, Varre-Sai, Porciúncula, Natividade, Itaperuna, São Antonio de Pádua, Carmo, Nova Friburgo, Teresópolis, São José do Vale do Rio Preto, Vassouras, Pinheiral, Volta Redonda, Barra Mansa, Rio Claro, Angra dos Reis, Paraty, Itaguaí, Seropédica, Paracambi, Mendes, Paulo de Frontin, Miguel Pereira, Piraí, Barra do Piraí, Maricá, São José de Ubá e Miracema.

Quantos quilômetros percorridos? Não sei, pois não tive essa curiosidade mas, em dez anos, certamente foram muitos.

Mas porque será que citei Miracema por último?

Miracema, deixei para citar por último por causa de sua magia e de sua gente.

Êta povo danado de bom esse! Como são hospitaleiros, agradáveis e gentis. São inebriantes!

Passamos, eu e uma parte significativa da Comunidade Jovens Talentos, 3 dias fantásticos em Miracema, realizando a XIII Jornada do Projeto e confesso ficamos todos agradavelmente surpreendidos por Miracema e por sua gente. Do Prefeito aos funcionários do Centro Cultural, CVT, da Câmara Municipal e da Prefeitura foram todos fantasticamente gentis e acolhedores.

Nós os forasteiros deixamos Miracema no sábado (10/12) pela manhã e no domingo (11/12) já encontrávamos no FACEBOOK, depoimentos de meninos e meninas que haviam estado conosco em Miracema, lamentando a saudade que naquele momento imediato já sentiam da cidade, de seu povo e dos momentos que haviam vivido e certamente levarão em suas almas para o resto da vida.

Tenho certeza que em muitos deles ficou um comichão de quero voltar naquele lugar tão gostoso, de povo tão afetuoso; onde viveram momentos marcantes das suas vidas.

Eu, Belizario, em breve estarei voltando, se DEUS quiser.

Inté logo, Miracema!

FOTOS XIII JORNADA - MIRACEMA 2011

Cerimônia de Abertura - 07/12/2011



Recebimento em nome da Comunidade JT da Moção de Aplauso conferida pela Câmara Municipal de Miracema

Recebimento de Medalha - Semana de Meio Ambiente de Pádua 2011

Apresentações Orais




Pôsteres




Encerramento




21 de dezembro de 2011

BOAS FESTAS JOVENS TALENTOS

A toda a FAMÍLIA JOVENS TALENTOS nossos votos de final de ano.

30 de novembro de 2011

CONVITE PARA XIII JORNADA JT

PROGRAMAÇÃO DA XIII JORNADA JT

Programa XIII Jornada
Miracema 2011

Dia 7/12/2011
15h – Abertura –C. C. Melchiades Cardoso
Apresentações Orais
16h- Desmatamento e biodiversidade: em busca do racionalismo ambiental e cultural - Lucas Campos Crisostomo; Rodolfo Gomes Araujo; Sandra Maria Gomes de Azevedo.
16h15 - Iniciação aos Elementos de Astronomia e a Mecânica Celeste no Ensino Médio -Daniela Polido Teixeir;, Uilla Fava Pimentel; Rodrigo Lacerda da Silva.
16h30- Cine Club CANP, luz, câmera, educação - Manuel Gustavo Silva Izaias; Renato dos Santos Gonçalves Matias; Alessandra Ciambarella Paulon.
16h45- Inserção do bolsista Jovens Talentos em um espaço acadêmico - Lislane Rosa da Fonseca de Menezes; Ana Maria de Vasconcelos.
17h-Conhecendo, sentindo e preservando o mundo animal - Larissa Ellen Figueiredo; Ana Bárbara Freitas Rodrigues.
17h15-Implantação da matemática financeira no Ensino Médio - Luiz Filipe de Souza M. L. de Castilho; Wellington de Souza Fraga dos Santos; Estela Kaufman Fainguelernt.
17h30- Arqueologia?- Amanda da Silva Amaro Oliveira; Charles Bento Gloria; Nanci Vieira de Oliveira.
17h45- Representações sociais, a quebra de paradigmas - Juliane de Lima Souza; Leon Lima e Silva; Sandra Maria Gomes de Azevedo.
18h- Levantamento de ovos de Aedes albopictus e Aedes aegypti no Município de Vassouras, RJ.- Marcos da Silva Gonçalves; Marise Maleck de Oliveira Cabral.

Dia 8/12/2011
Apresentações Orais
8h30- A construção do borboletário: uma proposta biológica e poética - Paula Machado Araújo; Tamara Oliveira Candido; Sandra de Azevedo.
8h45- Biodiversidade de artrópodes da macrofauna edáfica em diferentes usos do solo em Pinheiral, RJ - Guilherme Alves do Val; Richard Maximo Farias; Daniela Chaves.
9h- Avaliação do posicionamento absoluto com receptores GPS não diferenciais - Paulo Ricardo de Sousa Madureira; Antonio Portilho.
9h15- Desenvolvimento de oficinas de bijuterias e fruteiras em cerâmica para alunos deficientes visuais - Sabrina Teles; João Almeida.


9h30- Para manter a memória viva: entrevistando professores, alunos e funcionários do Colégio Rio Branco - Laís Barros de Oliveira; Renan Torres da S. Pereira; Paula Aparecida Martins B. Bastos.
9h45- Empreendedorismo e divulgação de pedras ornamentais: uma questão econômica e ambiental - Tulio Resende; Jessica Soares; Sandra Azevedo.
10h- Fotos que contam História - Thais Cerqueira; Claudia Moutinho; Paula Aparecida Martins B. Bastos.
10h15- Escravidão e Liberdade: Cartas de Alforria na Província do Rio Grande de São Pedro(Alegrete, 1810-1888) - Gabriela Nicodemos; Camila Almeida; Graciela Garcia.
10h30- Avaliação da qualidade microbiológica da água para consumo humano do campus Nilo Peçanha - Pinheiral do IFRJ - Gracielle Policarpo; Tainara Martins; Cristiane Oliveira.
10h45- Projeto Adote uma árvore - Ariele Rocha Freitas e outros; Celia Jannuzzi e outros.
11h- Avaliação da castanheira para combate ao mosquito Aedes aegypti - Ana Beatriz Silva; Suzana Leitão.
11h15- A fauna de mamíferos do Sítio Histórico Arqueológico Fazenda Macacu, Itaboraí, RJ - Leonardo Quintanilha; Maria Beltrão.
11h30- O estudo das emanações e radiações naturais do solo: do Empirismo à Ciência - Patrick Soares; Matheus Gabry; Ana Lucia Costa.
11h45- Quem são e o que buscam os/as educadores/as que promovem visitas de seus grupos ao Museu Nacional - Jade de Almeida; A. Kellner.
14h – 17h - EXPOSIÇÃO DE PÔSTERES
Apresentações Orais
17h- Relações de gênero e de trabalho no espaço escolar - Lais Freire; Juliana Santos; Julieta Romeiro.
17h15- Um projeto de site sobre Arqueologia - Luiz Felipe Martins; Nanci Vieira.
17h30- Palinologia de espécies do Horto Botânico do Museu Nacional/UFRJ - Gustavo Duarte; Vania Esteves.
17h45- Inquérito Epidemiológico e Análise Microbiológica e Físico- Química da água em comunidades......................
Arão Oliveira; João Almeida.
18h- O Sitio Paleontológico de Itaboraí - Maria Antonieta Rodrigues- UERJ


Dia 9/12/2011

Apresentações Orais
10h30- Práticas pedagógicas na construção do conhecimento.-Matheus Benazio; Wellington Carreiro; Adriano Ferrarez; Sandra Azevedo.
10h45-Energia em evolução: uma proposta tecnológica a favor da sustentabilidade - Jose Junior; Vitor Erse; Adriano Ferrarez.
11h- Biodigestores: energia e sustentabilidade - Fábio Barbosa de Oliveira; Israel Costa; Adriano Ferrarez.
11h15- Biofertilizante: solução de baixo custo para a agricultura orgânica - Aline Helena Vieira; Lucilla Rezende Braga; Adriano Ferrarez.
11h30- Sub-Projeto Caminho das águas de Pádua - Paulla Cunha Camacho e outros; Vitor Nascimento.
11h45 - Desenvolvimento e testagem de engobes a partir de óxidos metálicos para utilização em cerâmica artística - Bruna Piraciaba; Felipe Souza; João Almeida.

14h – 17h - EXPOSIÇÃO DE PÔSTERES
Apresentações Orais
17h- Fazenda de Sant’Anna: Patrimônio Arqueológico - Paulo Reynaldo da Silva Junior; Nanci Vieira.
17h15- Uso da Plataforma AMADEUS no ensino à distância de conc.eitos de Parasitologia, Saúde e Geração de Renda............ - Andriellen Rangel Vieira; João Almeida.
17h30- Introdução à Astronomia Observacional com uso de Modernos Telescópios - Angel Balbi; Ana Carolina; Rodrigo Lacerda.
17h45h- Avaliação da previsão de precipitação pluvial para Pinheiral – RJ - Alan da Silva; Marcelo Carazo.
18h - Fuga de energia e seus embates: o caso Miracema- Matheus Botagio; Lucas Tuzze; Ana Lucia Costa.
18h15 - Organização de material de grande porte na coleção ictiológica do Museu Nacional - Igor Cavalcanti; Paulo Buckup.
18h30 - Cerimônia de Encerramento e anúncio da próxima sede da XIV Jornada 2012

15 de novembro de 2011

CADERNO DE RESUMOS DA
XIII JORNADA CIENTÍFICA DO
PROJETO JOVENS TALENTOS PARA A CIÊNCIA
2011
MIRACEMA




REALIZAÇÃO






RESUMOS

ARQUEOLOGIA



“Arqueologia?”
Amanda da Silva Amaro Oliveira1; Kenya R.A. da Silva 1; Willian Kristh 2, Natane Menezes2, Tayná de Oliveira Garcia2 ; Rayane Vidal2; Charles Bento Glória 3, Hanatrícia Ribeiro dos Santos 3; Nanci Vieira de Oliveira 4
1 C.E Antônio Dias Lima
2 C.E. Alfredo Pujol
3 CE Fagundes Varela
4 Universidade do Estado do Rio de Janeiro

O presente trabalho pretende apresentar os resultados das análises sobre conhecimento dos temas Preservação e Arqueologia entre jovens dos municípios de Angra dos Reis e Rio Claro. Ambos os municípios apresentam um importante patrimônio arqueológico e histórico.
Através de questionário aplicado nas escolas que participam do projeto, da análise das respostas e comparação entre as escolas dos dois municípios, pretendeu-se estabelecer estratégias de maior divulgação sobre o tema.
“Arqueologia na aldeia”
Franciane Kerexu Mirim Alves dos Santos1, Nanci Vieira de Oliveira2
1 Escola Indígena, Aldeia Sapukai
2 Laboratório de Antropologia Biológica – IFCH/UERJ

O presente trabalho pretende apresentar os resultados das pesquisas desenvolvidas com os ex-bolsistas Jovens Talentos na aldeia de Bracuí, em Angra dos Reis.
Através de entrevistas foram identificados aspectos sobre os temas estudados e importância para o conhecimento da memória Guarani.

“Fazenda de Sant’Anna: Patrimônio Arqueológico”

Mike Lemos1; Paulo Reynaldo da Silva Júnior2, Elizabeth Cristina Souza Pimentel;Juliana de Oliveira2 Nanci Vieira de Oliveira3, Valter Duarte3
1 C.E. Presidente Benes
2 C.E Fagundes Varela
3 Universidade do Estado do Rio de Janeiro
O presente trabalho pretende apresentar os resultados das pesquisas sobre a Fazenda de Sant’Anna, cuja construção se iniciou em 1821 e terminou em 1840, residência da família Portugal, Município de Rio Claro. As pesquisas tiveram por objetivo a identificação de vestígios arqueológicos e históricos de forma a incentivar possíveis ações de preservação.
Através de entrevistas com moradores e levantamentos de superfície buscaram-se identificar as edificações e a área do cemitério, sítios arqueológicos protegidos pela legislação federal. Informações bibliográficas indicam que além do prédio de residência, havia engenho de café, de aguardente, tulhas para café, moinho de fubá de milho e diversos outros. Em terreno plano, nas proximidades da fazenda está localizado o cemitério, onde há capela construída de pedra e cal. Os levantamentos de superfície tiveram por objetivo a identificação e avaliação do estado de preservação do patrimônio desta fazenda da época do apogeu da produção de café na região.




“Um projeto de site sobre Arqueologia”
Luis Felipe Martins1; Marcus Estevan1; Rodrigo Rocha1; Nanci Vieira2
1 C.E. José Leite Lopes
2 UERJ
O trabalho que vem sendo desenvolvido tem por objetivo a união da tecnologia com a Arqueologia, através da elaboração de uma proposta de site que através de uma linguagem pensada por adolescentes permita a ampliação do publico alvo e uma adaptação para um maior interesse do mesmo.
As atividades estão sendo realizadas por três bolsistas, responsáveis em projetar todos os tipos de roteiros, planilhas, tabelas e gráficos necessários para a organização conceitual do projeto, de criar os modelos estéticos e o design do site, favorecendo a idéia contemporânea na palavra Arqueologia.
Foi mantido um padrão textual e gráfico de acordo com o tema do site, além de mantermos uma ligação direta com o laboratório, inspirando ainda o sentimento de curiosidade nos internautas. Sendo assim, começamos a trabalhar partindo do princípio, esmiuçando as idéias; reunindo-nos e criando.
Assim, apresentamos os resultados do trabalho iniciado da produção do site com a construção de roteiros de adaptação das principais idéias e organização de cada etapa da produção.






MUSEU NACIONAL-UFRJ
“A fauna de mamíferos do Sítio Histórico Arqueológico Fazenda Macacu, Itaboraí, RJ”

Leonardo Batista Azeredo Quintanilha1; Gabriel Amaral de Azevedo1; Martha Locks2; Maria da Conceição de Moraes Coutinho Beltrão2.

1 Colégio Pedro II – Niterói e Engenho Novo
2 Setor de Arqueologia Museu Nacional,URFJ

O sítio arqueológico histórico Fazenda de Macacu localiza-se em Itaboraí, Rio de Janeiro, delta do rio Macacu próximo ao Porto das Caixas à 22º39'28.27''S e 42º53'15.59''O. Este teve suas origens em 1567, com a concessão das sesmarias na região da baixada do Rio Macacu, com a finalidade de ocupação da área e de estímulo à criação de engenhos de açúcar. Segundo consta foi doado terras aos jesuítas que ocuparam a região do vale do rio Macacu, a partir do aldeamento de São Barnabé, abrindo fazendas para plantações de cana de açúcar e construção de capelas. Parte das terras dessa região foi vendida pelos jesuítas ao colono Manuel Fernandes Ozouro, sendo erguida em 1612 uma capela dedicada a Santo Antônio. Surge o povoado e em 1648 é fundado pelos padres franciscanos o Convento de São Boaventura. Os mamíferos identificados em 2010 pertencem as seguintes Ordens: Rodentia (Família Caviidae – Gênero Cavia sp; e Família Cricetidae – Holochillus sp; Marsupialia (Família Didelphidae) e Chiroptera (Família Phyllostomidae – Gênero Desmodus sp.), Lagomorpha - Sylvilagus sp em ordem de representatividade. Devido ao fato da restrição espacial da microfauna às proximidades da torre sineira, nos direciona à Ordem Chiroptera - provável habitat natural; Família Cricetidae e Didelphidae - devido ao elevado número de espécimes jovens, considerado possível resto alimentar de predadores (coruja) e Família Caviidae - tanto restos alimentares de predadores, como alimentação humana (índios e escravos). Em 2011 foram identificadas as seguintes espécies: Bos taurus (boi) (até o presente maior representatividade no sítio), a mais comum no Brasil, que possui uma variedade de sub-espécies resultantes de cruzamentos; Eqqus cabalus (cavalo), descendente dos cavalos Andaluzes; e Sus scropha (porco). A biodiversidade dos micromamíferos provenientes da escavação da área da Torre Sineira até o momento compreende, então, quatro Ordens, sendo o resultado compatível com as espécies atuais identificadas para região e, portanto, resultante do habitat natural, predadores ou provável alimentação humana. No restante da área, resultou na identificação de três espécies de mamíferos domésticos exóticos do período histórico (boi, cavalo e porco), compatíveis com a área de dispersão do material coletado e com a época de ocupação da Vila Santo Antonio de Sá, desde o século XVI até o início do século XX.
Palavras Chaves: Mamíferos, Arqueologia Histórica, Fazenda Macacu, Itaboraí.










ARQUIVOLOGIA



“O Sertão Pernambucano visto sob a ótica do arquivo pessoal da Antropóloga Lygia Sigaud: preservação da memória oral.”
Anderson Ferreira de Assumpção1, Profª Maria das Graças Freitas Souza Filho, Luciana Pereira RodrigueS2
1 Colégio Pedro II – Unidade Realengo II
2 Seção de Memória e Arquivo do Museu Nacional da UFRJ (SEMEAR/MN/UFRJ).

Os arquivos são lugares de memória que preservam documentos que testemunham a história de uma pessoa (arquivo privado) e/ou de uma instituição (arquivo institucional). No Museu Nacional (MN) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) é a Seção de Memória e Arquivo (SEMEAR) que exerce essa função, custodiando documentos desde a época de criação da instituição, em 1818. São documentos sobre o MN como instituição científica, como também, sobre cientistas e pesquisadores que por ali passaram deixando sua contribuição para a ciência brasileira. Esses documentos são organizados separadamente por sua origem e ao conjunto de documentos de uma única origem denomina-se “Fundo”. Apresenta-se, neste trabalho, o Fundo Lygia Sigaud, antropóloga e professora do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional/UFRJ, analisado sob a ótica da importância de sua preservação para a memória da Antropologia brasileira, vez que esses documentos mostram a trajetória acadêmica da titular, assim como, as pesquisas realizadas, principalmente, no Nordeste do Brasil, no sertão pernambucano. No Fundo Lygia Sigaud encontram-se diversos tipos documentais, desde impressos a audiovisuais, fitas cassetes e cd’s contendo entrevistas com trabalhadores e sindicalistas do campo. Descreve-se o trabalho técnico desenvolvido para a organização desse fundo, compreendendo a identificação individualizada dos documentos, acondicionamento e armazenamento adequado para sua preservação e conservação, bem como a informatização dos dados de forma a disponibilizá-los para pesquisa e produção de conhecimento. Destaca-se dentre esses documentos, aqueles que necessitam de atenção especial, como as fitas cassetes, material único e inédito, contendo entrevistas com camponeses e trabalhadores rurais sob a perspectiva de questões e problemas vivenciados no campo canavieiro, fitas essas que foram quantificadas, submetidas a uma análise técnica, identificadas e rebobinadas manualmente para que não haja perda do conteúdo informacional.
Palavras-chave: Preservação de arquivos. Fundo Lygia Sigaud. Antropologia – Brasil – Região Nordeste. Sindicalismo – Brasil.










BIOLOGIA


“Avaliação educacional sobre a tuberculose em comunidades do Complexo de Favelas de Manguinhos, Rio de Janeiro”

Danillo de Souza Lima¹, Adriana Paula Macedo Ferreira Pereira², Antonio Henrique Almeida de Moraes Neto²
¹Ciep 326 – Profº Cesar Pernetta
² Laboratório de Inovações em Terapias, Ensino e Bioproduto - LITEB/IOC

O Estado do Rio de Janeiro tem a maior taxa de incidência de tuberculose do país (93 casos por 100.000 habitantes), enquanto que a nacional é de 37/100.000. Em áreas como o Complexo de Favelas de Manguinhos cifras mais elevadas têm sido descritas (340/100.000). O programa de combate à tuberculose no Rio de Janeiro atinge somente a 3,5% da população. O presente estudo é desenvolvido no contexto do “Programa Mais Saúde” (MS), do Plano Nacional de Desenvolvimento da Educação (MEC) e da Resolução 54.19 de 2001 da OMS e do Plano Mundial da OMS para a redução e erradicação de doenças negligenciadas relacionadas à pobreza até 2015 e tem como objetivo realizar inquérito educacional sobre a tuberculose nas comunidades do Parque Oswaldo Cruz e Centro de Habitação Provisória II, do Complexo de Favelas de Manguinhos, RJ, reforçando políticas públicas de prevenção e visando à melhoria da qualidade de vida da população. A pesquisa foi realizada através da aplicação de questionários socioeconômico e de conhecimentos, atitudes e práticas sobre o tema, mediante Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Como resultados preliminares: até o momento, foram cadastradas 343 residências e a análise das respostas revelou que a maioria dos moradores possuíam escolaridade de nível fundamental incompleto (n=490) e renda mensal familiar de 2 a 4 salários mínimos (n=216). Os respondentes apresentaram poucos conhecimentos sobre as fontes de infecção, etiologia e medidas preventivas referentes à tuberculose. Foi observado também que estas duas áreas de estudo apresentam características habitacionais que podem propiciar a ocorrência da tuberculose e demais agravos. Este diagnóstico permite conhecer a real situação da tuberculose na área e como ela é percebida e conhecida pela população estudada, o que contribuirá para o delineamento das estratégias de promoção da saúde que serão realizadas no território.
Palavras-chaves: Tuberculose, Saúde Pública e Educação

“Capacitação comunitária para prevenção de parasitoses intestinais através da educação popular participativa em saúde, em comunidade de baixa renda do entorno do campus da FIOCRUZ, Manguinhos, RJ.”

Luana Egidio de Macedo¹,, Sheila David Dutra², Adriana Paula Macedo Ferreira Pereira², Maria de Fátima Leal Alencar², Carina Martins de Oliveira², Pamela Rosa Gonçalves², Mauricio Carvalho de Vasconcellos³, Antonio Henrique Almeida de Moraes Neto².

¹Colégio Estadual Rui Barbosa
2Laboratório de Inovações em Terapias, Ensino e Bioprodutos LITEB/IOC/FIOCRUZ.
3Laboratório de avaliação da Saúde Ambiental-LAPSA/IOC/FIOCRUZ.

A importância das parasitoses intestinais no Brasil não comporta contestação. Atualmente, os dados sobre a prevalência destas parasitoses são dúbios, pois baseam-se em estimativas, porém os índices são elevados e com ampla distribuição geográfica. As parasitoses intestinais ocorrem, principalmente, em regiões onde há falta de saneamento básico e dificuldades no acesso à assistência médica e a informações adequadas sobre prevenção. Na comunidade do Parque Oswaldo Cruz, Manguinhos, RJ, em inquérito parasitológico recente observou-se que em 736 amostras de fezes analisadas, 162 estavam parasitadas, sendo Endolimax nana (n=99) e Entamoeba coli (n=48) os parasitas mais frequentes. O objetivo deste trabalho foi realizar ações de educação em saúde sobre aas parasitoses intestinais no Complexo de Favelas de Manguinhos, RJ, reforçando políticas públicas de prevenção e visando à melhoria da qualidade de vida da população. As ações educacionais de promoção da saúde se basearam em pesquisa realizada através da aplicação de questionários sobre conhecimentos, atitudes e práticas, mediante Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e foram executadas mediante um Curso de Saúde Comunitária realizado na FIOCRUZ. Foram cadastradas 343 residências e a análise das respostas do questionário revelou que os indivíduos acham que eles pegam vermes comendo doces, se alimentando com as mãos sujas, não tendo uma higiene adequada. O parasita mais conhecido entre eles é o que eles chamam de “branquinho”, “pequenininho” ou “oxiúros”. No Curso foi administrada uma aula sobre a prevenção das verminoses que estimulava: as pessoas antes das refeições lavarem sempre bem as mãos, ter uma higiene adequada. Foi realizado um projeto pelos alunos de prevenção, na comunidade eles poderão ter contato direto com os moradores, aplicando questionários, coletando os dados antropométricos e até mesmo repassando os seus conhecimentos adquiridos até aquele momento. Após o Curso as práticas aconselhadas estavam em pleno desenvolvimento em cerca de 30% das residências.
Palavras-chaves: Parasitoses Intestinais, Saúde, Educação Popular




“Estudo Palinológico de espécies de Acanthaceae ocorrentes nas restingas do Estado do Rio de Janeiro”

Isabelle de Oliveira Moraes1; Raquel Maria Batista Souza de Souza2; Vania Gonçalves Lourenço Esteves Esteves2; Claudia Barbieri Fereira Mendonça2
1 Colégio Pedro II – Unidade São Cristóvão III- Bolsista Jovens Talentos - FAPERJ
2 Museu Nacional UFRJ, Departamento de Botânica, Laboratório de Palinologia

A família Acanthaceae compreende cerca de 250 gêneros e 2.500 espécies, amplamente distribuídas nos trópicos de todo o mundo e pouco representadas nas regiões temperadas. O Brasil constitui um de seus principais centros de diversidade, com aproximadamente 40 gêneros e 542 espécies. Nas restingas do Rio de Janeiro são encontradas cerca de 14 espécies. Objetivou-se analisar os grãos de pólen de espécies de Acanthaceae com ocorrência nas restingas do Estado do Rio de Janeiro, estando subordinadas a quatro gêneros, a saber: Geissomeria Lindl. (G. longiflora Salzm. ex Nees), Pseuderanthemum Radlk. (P. riedelianum (Ness.) Rizzini, Ruellia L. (R. rosea Mart., R. tetrastichantha) e Thunbergia Retz. (T. hastata Decne.). O material botânico utilizado foi obtido de exsicatas depositadas em herbários fluminenses. No laboratório, os grãos de pólen foram acetolisados, mensurados, fotomicrografados e os dados quantitativos foram submetidos a tratamento estatístico. Os resultados obtidos mostram que a maioria das espécies possui grãos de pólen mônades, médios com exceção de R. tetrastichantha e Pseuderanthemum riedelianum (pequenos); prolato-esferoidais na maioria das espécies, exceto em G. longiflora (perprolatos) e T. hastata (oblatos); 3-porados em P. riedelianum. e R. tetrastichantha com poro de difícil visualização devido aos lúmens, 3-colporados em R. rosea e, sincolpados com colpo espiralado em T. hastata; superfície reticulada na maioria das espécies, microrreticulado apenas em G. longiflora. A sexina é tão espessa quanto à nexina, com exceção de R. tetrastichantha (sexina mais espessa que a nexina). Conclui-se que as espécies possuem grãos de pólen heterogêneos quando são considerados a forma, o tipo de abertura e a ornamentação da sexina mostrando, assim, que os caracteres polínicos são dados importantes para a identificação das espécies da família.
Palavras-Chave: Palinologia; Acanthaceae; Restingas do Rio de Janeiro
“Palinologia de especies do Horto Botanico do Museu Nacional/UFRJ”
Gustavo Duarte Bocayuva Tavares1; Beatriz França Borja1; Mariana Albuquerque de Souza2; Claudia Barbieri Fereira Mendonça 2; Vania Gonçalves Lourenço Esteves Esteves2

1 Colégio Pedro II – Unidade Humaitá II- Bolsista Jovens Talentos - FAPERJ
2 Museu Nacional UFRJ, Departamento de Botânica, Laboratório de Palinologia

O Horto Botânico possui uma área de ca. 40.000m2 onde estão a Biblioteca do Museu Nacional e vários Laboratórios. Apresenta 220 espécies vegetais catalogadas e 110 canteiros ecológicos. Por estar intimamente ligado ao ensino e à pesquisa é considerado um Jardim Botânico Universitário e, por este motivo, possui coleções representativas de pesquisas científicas de diversos ecossistemas, especialmente restinga. O presente trabalho visa contribuir para uma caracterização polínica, formando um catálogo polínico das espécies encontradas no Horto Botânico do Museu Nacional/UFRJ. O material botânico utilizado foi coletado na área de estudo ou, de exsicatas depositadas no herbário do Museu Nacional(R). No laboratório, os grãos de pólen foram tratados pelo método acetolítico (Erdtman, 1952), posteriormente mensurados, fotomicrografados e os dados quantitativos, submetidos a tratamento estatístico. Foram analisados os esporos de Acrostichum daneifolium Langsd. & Fisch. (Polypodiaceae)- médios, monoletes, perina cristada; e os grãos de polén de Anthurium andraeanum Linden (Araceae)- muito pequenos, esferoidais, 3-porados, microrreticulados; Bromelia antiacantha Bertol. (Bromeliaceae)- médios, de contorno elíptico, 1-colpados, sexina microrreticulada; Stifftia chrysantha Mikan (Asteraceae)- grandes, prolatos, 3-colporados, sexina microequinada; Justicia brasiliana Roth. (Acanthaceae)- grandes, subprolatos, 3-porados, sexina estriado-reticulada; Jacaranda jasminoides (Thunb.) Sandw. (Bignoniaceae) - grandes, prolatos, 3-colpados, sexina microrreticulada.; Merremia dissecta (Jacquin) Hallier f. (Convolvulaceae)- grandes, prolato-esferoidais, 3-colpados, sexina baculada; Delonix regia (Boj. ex Hook.) Raf. (Leg. Caes.)- muito grandes, oblatos, 3-colpados, sexina reticulada; Malvaviscus arboreus Cav. (Malvaceae)- grandes, esferoidais, pantoporados, sexina espinhosa; Ficus elastica Roxb. (Moraceae-) muito pequenos, de contorno eliptico, 2-porados, sexina psilada; Borreria capitata (Ruiz & Pav.) DC. (Rubiaceae)- médios, oblato-esferoidais, área polar muito grande, 8-colporados, sexina microrreticulada. e Solanum capsicoides All. (Solanceae) médios, prolato-esferoidais, 3-4-colporados, sexina rugulada. Pode-se concluir que as espécies podem ser identificadas pela morfologia polínica, auxiliando, portanto, na identificação taxonômica, na melissopalinologia, na aeropalinologia.
Palavras-chave: Palinologia, Horto Botânico, Museu Nacional

“Estudo Palinologico de espécies de Apocynaceae ocorrentes nas restingas do Rio de Janeiro”

Mirna Machado Campos1; Raquel Maria Batista Souza de Souza2; Claudia Barbieri Fereira Mendonça2; Vania Gonçalves Lourenço Esteves2

1 Colégio Pedro II – Unidade Centro, Bolsista Jovens Talentos - FAPERJ
2 Museu Nacional UFRJ, Departamento de Botânica, Laboratório de Palinologia.

A família Apocynaceae compreende cerca de 300 gêneros e 2.000 espécies tropicais e subtropicais. No Brasil ocorre cerca de 376 espécies subordinadas a 41 gêneros. As Apocynaceae são bem representadas na flora brasileira e, em particular, nas restingas do Estado do Rio de Janeiro. Apresentam características marcantes como presença de látex nos órgãos vegetativos e reprodutivos e flores com prefloração contorta. O trabalho teve como objetivo analisar palinologicamente espécies de Apocynaceae com ocorrência nas restingas do Estado do Rio de Janeiro. São elas: Aspidosperma pyricollum Müll. Arg, Mandevilla guanabarica Casar. ex M.F. Sales, M. moricandiana Woodson, Tabernaemontana laeta Mart. e Temnadenia stellaris Miers. O material botânico utilizado foi obtido de exsicatas depositadas em herbários fluminenses. No laboratório, os grãos de pólen foram acetolisados, mensurados, fotomicrografados e os dados quantitativos, submetidos a tratamento estatístico. Aspidosperma pyricollum. apresentou grãos de pólen mônades, isopolares, de pequenos a médios, prolato-esferoidais, área polar grande, 3-colporados, colpos curtos, exina psilada. As espécies de Mandevilla apresentaram grãos de pólen mônades, grandes exceto em M. moricandiana (pequenos), prolato-esferoidais, área polar muito grande exceto M. guanabarica (grande), 4-porados, 3-porados apenas em M. moricandiana, poro com áspide, exina psilada, sexina mais espessa que a nexina. Os grãos de pólen de Tabernaemontana laeta foram mônades, médios, oblato-esferoidais, 3-colporados colpos curtos e largos, endoabertura lalongada, sexina rugulada, nexina tão espessa quanto a sexina. Teminadenia stellaris apresentou grãos de pólen médios, oblato-esferoidais, área polar grande, 3-porados, poros grandes, com áspide, sexina rugulada, sexina mais espessa que a nexina. Conclui-se que as espécies possuem grãos de pólen heterogêneos quando são avaliados o tamanho e a forma dos grãos de pólen, o número e tipo de abertura e a ornamentação da sexina, mostrando assim, que os caracteres polínicos são dados importantes para a taxonomia da família.
Palavras-Chave: Palinologia; Apocynaceae; Restingas do Estado do Rio de Janeiro




“Técnicas de preparação do material didático da coleção ictiológica do MUSEU NACIONAL / UFRJ”
Rafael Lira Teixeira Santos1; Paulo Andreas Buckup2
1 Colégio Pedro II - (rafaeel.lira@msn.com);
2 Setor Ictiologia, Dept. de Vertebrados, Museu Nacional / UFRJ- (buckup@acd.ufrj.br)
A Coleção Didática do Setor de Ictiologia do Museu Nacional inclui amostras de espécies de peixes destinadas ao uso no treinamento de estudantes de Ensino Médio e Superior, de graduação e pós-graduação na área de sistemática e anatomia ictiológica. Esse trabalho tem como objetivo apresentar a metodologia de preparação de amostras peixes para incorporação na coleção, o sistema de gerenciamento de dados da coleção e a metodologia de organização física do material incorporado. A etapa de preparação do material envolve a substituição de líquido conservante (etanol 70%) nos casos de excessiva contaminação, o nivelamento do líquido conservante, a troca de frascos inadequados por frascos padronizados (Buckup, 2006), de volume apropriado ao tamanho do exemplar, a verificação das condições das tampas e disco de vedação (em polietileno expandido), a impressão de rótulos em papel Resistal, a identificação taxonomica do material, minimamente até o nível de família em consulta com especialistas. Após a identificação taxonômica, os lotes de peixes são registrados no banco de dados computadorizado. O armazenamento de dados (identificação taxonômica, localidade, data de coleta, coletor, número de exemplares, forma de conservação, responsável pela digitação, etc.) é realizado por meio do programa Specify versão 5. Este programa permite, entre outras coisas, realizar buscas através de uma hierarquia taxonômica e imprimir etiquetas para os frascos. Os lotes são organizados em estantes móveis (compactadores) agrupados de acordo com o táxon. Lotes de um mesmo táxon são ordenados de acordo com o número de registro (número de catálogo). Os táxons são reunidos em grupos numerados conforme Nelson (1984). Estes grupos variam do nº 001 (família Myxinidae) ao Nº 445 (família Molidae). Os táxons de um mesmo grupo taxonômico são organizados em ordem alfabética. Até o momento foram organizadas cerca de 150 amostras de peixes. A metodologia descrita permite a rápida localização do material. Através desse trabalho, é possível atender as necessidades das disciplinas da área de ictiologia, bem como assegurar material para treinamento sem utilizar material da coleção científica.
Palavras-chave: coleção didática; curadoria; peixes


“Organização de material de grande porte na coleção ictiológica do Museu Nacional”
Igor C. de A. S. Santos (igorcanti@yahoo.com.br) (¹ ²); Wesley D. de Souza (¹)
Orientador: Paulo A. Buckup (buckup@acd.ufrj.br)
Setor de Ictiologia, Dept. de Vertebrados, Museu Nacional/ UFRJ
(¹) Iniciação Científica Júnior, Colégio Pedro II; (2) Bolsista FAPERJ

As amostras de peixes preservadas em álcool na Coleção Ictiológica do Museu Nacional são acondicionadas em potes de vidro, em bombonas de polietileno e em tanque de aço inoxidável. No presente projeto são apresentados os métodos de organização do material de grande porte (30 - 180 cm) adotados nesta coleção. Este material recebe números de catálogo assim como os demais peixes armazenados em frascos de vidro. O número de catálogo corresponde aos registros da base de dados da Coleção, a qual contém todos os dados do material, tais como número de exemplares, localidade e data da coleta, nomes do coletores e identificadores do material. Este número é registrado num rótulo de polietileno preso ao pedúnculo caudal ou através da faringe com linha Urso. Dependendo do seu tamanho, os exemplares de grande porte são armazenados em bombonas ou no tanque de aço inoxidável. As bombonas localizam-se em sala com temperatura, umidade e iluminação controladas. Cada bombona é identificada por dois números, correspondendo, respectivamente, ao número da própria bombona que se encontra pintado na mesma, e ao número do grupo taxonômico correspondente a classificação adotada por Nelson (1984). A classificação de Nelson atribui para cada família um número de grupo. Além disto, cada bombona possui uma etiqueta externa contendo a lista de lotes nela contidos. O tanque de aço, com capacidade para dois mil litros, localiza-se em um prédio externo ao prédio principal, ventilado e adequado a possíveis vazamentos de líquidos inflamáveis, sendo vedado hermeticamente com tiras de borracha e presilhas. Os exemplares são fixados com multifilamento de nylon nas barras laterais. Na extremidade da linha de fixação é afixado um rótulo de polietileno contendo a letra “T” seguida de um número sequencial. Este número é registrado numa lista e permite localizar os exemplares no interior do tanque. Utilizando estes métodos de organização, foram organizados cerca de 40 (quarenta) peixes no tanque da coleção e aproximadamente 70 (setenta) em bombonas. O sistema de numeração adotado permite localizar os exemplares no tanque, assim como acessar a base de dados.
Palavras-chave: ictiologia; curadoria; peixes.



“A construção do borboletário: uma proposta biológica e poética”
Paula Machado Araújo¹, Tamara Oliveira Candido²
¹Colégio Estadual Deodato Linhares – Miracema
²FAETEC-CVT Miracema Msc. Sandra Maria Gomes de Azevedo

As borboletas representam um dos melhores indicadores de um ambiente saudável, demonstrando que este está bem equilibrado. Essa descoberta, assim como outras, foi obtida a partir de diversas pesquisas, que constituem nosso Projeto. O surgimento do Projeto teve início com a indagação de uma crônica escrita pela Professora de Português Leila Souza, que estava em seu leito de morte, questionando a bióloga Sandra Azevedo: “Onde estão as borboletas?”. Com as pesquisas de campo, bibliográficas, via internet e entrevistas constituímos um acervo de informações sobre lepidópteros que serão usadas para a construção de um Borboletário em uma região do noroeste fluminense, especificamente em Miracema/RJ, visando preservar e catalogar as espécies da região. A princípio, elaboramos um protótipo para melhor exemplificação, no decorrer do trabalho, percebemos o quanto os lepidópteros são imperceptíveis às pessoas, seja pela rapidez do cotidiano ou pela influência mitológica. O borboletário pretende desmistificar a concepção das pessoas a respeito do desprezo pelas lagartas e o apreço pelas borboletas, alertando-as de sua importância, contribuindo para trazer de volta uma biodiversidade regional que se encontra quase extinta, além de formar um ponto de ecoturismo, promovendo estudos e pesquisas a nível local e quem sabe até mesmo a nível global. Buscamos assim de modo geral contribuir para a cidadania e valorização do meio ambiente informando adultos e crianças a respeito da importância desses pequenos seres. Transformar informação em conhecimento é um dos nossos focos, para tanto contamos com confecção de oficinas que possibilitem um maior entendimento dos conteúdos relacionados ao ensino dos lepidópteros com ênfase no processo de metamorfose que favorece a compreensão das diferentes etapas de ciclo e vida.
Palavras-chave: Borboletário, lepidópteros, ensino e visão poética.

Vassouras
“Levantamento de ovos de Aedes albopictus e Aedes aegypti no Município de Vassouras, RJ.”
Marcos da Silva Gonçalves1; Alexandre de Araujo Oliveira2; Marise Maleck de Oliveira Cabral2.
1 C.E. Ministro Raul Fernandes
2 Laboratório de Insetos Vetores, Universidade Severino Sombra, RJ.

Os mosquitos do gênero Aedes, principalmente Aedes aegypti (Linnaeus 1762) são considerados vetores de diversos arbovírus como a febre amarela urbana e a dengue, sendo esta última um dos principais problemas em cidades que possuem um clima úmido e quente. Ae. aegypti tornou-se um mosquito com uma estreita relação com o ser humano, sendo essencialmente urbano, embora encontrado em algumas regiões como zonas rurais afastadas, mas provavelmente introduzidas pelo homem. Aedes albopitcus (Skuse, 1894), é uma espécie silvestre que ficou adaptada aos ambientes rurais, suburbanos e urbanos, embora menos doméstico que Ae. aegypti possui uma maior dispersão de vôo e, ainda não sendo apontado como transmissor da dengue nas Américas. Diante dos consecutivos casos de registro de dengue no município de Vassouras, ocorridos principalmente no período de janeiro a abril, foi necessário realizar coletas em campo que pudesse indicar o comportamento reprodutivo do vetor em diversas épocas do ano e principalmente sua correlação com a espécie silvestre, Ae. albopictus, que é um importante vetor dos ciclos naturais de arboviroses. Este estudo visa averiguar a presença das duas espécies de Aedes no município de Vassouras durante o ano, através da coleta sistemática de ovos de Ae. albopictus e Ae. aegypti nos quatro pontos da cidade, demonstrados pelo projeto anterior, como positivo para as larvas dos mosquitos. O levantamento é realizado, nestes quatro pontos, utilizando-se como armadilhas do tipo “ovitramps” vasos de plantas com um refil de papel do tipo craft, a fim de facilitar a coleta dos ovos. No momento da coleta é verificada a temperatura e a umidade relativa do ar (UR) no ambiente. Após a coleta, os ovos são levados ao Laboratório de Insetos Vetores, onde são quantificados e colocados para a eclosão e desenvolvimento das larvas. As larvas em terceiro estágio (L3) são identificadas em microscópio e quantificadas. Os resultados do período de janeiro a abril, perfazendo quatro meses de coleta, mostraram um percentual de 12,58% (126) de ovos viáveis dos 1001 coletados, com 76,98% (97) de presença de Ae. albopictus e de 23,02% (29) de Ae. aegypti. O entendimento da dinâmica das populações de mosquito necessita da contribuição de estudos entomológicos, principalmente devido às diversas epidemias correlacionadas a estes insetos e tão comuns nos ambientes urbanos atuais. O estudo continua em andamento.
Palavras-chave: Aedes albopictus, Aedes aegypti, ovitramps.
Bolsa de pesquisa: PIBIC/USS, Jovens Talentos/FAPERJ, FUNADESP, FAPERJ



“A reestruturação da carpoteca do Herbário-RFA”
Juliana Silva dos Santos1, Douglas Lopes Ribeiro1, Jorginaldo William Oliveira2

1 C.E. Antônio Gonçalves
2 Universidade Federal do Rio de Janeiro - instituto de Biologia, Departamento de Botânica, CCS, Ilha do Fundão, 21941-590, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, jwo@biologia.ufrj.br

A carpoteca do Herbário-RFA localizada no prédio do Centro de Ciências da Saúde no Instituto de Biologia, Departamento de Botânica da UFRJ na Ilha do Fundão, vem acompanhando o Herbário-RFA ao longo de sua história. Ela foi criada a partir de uma necessidade da acondicionar os frutos que eram coletados em trabalhos de campo ou doados por outras instituições de pesquisa, já que os mesmos, devido ao tamanho, não poderiam ficar junto às exsicatas. Em seu inicio a intenção era de formar uma coleção didática. Com o passar dos anos este objetivo foi alterado, e hoje esta coleção faz parte do acervo científico do Herbário RFA. Hoje se desenvolve o projeto "Restruturação da carpoteca do Herbário RFA", com o apoio de bolsistas do Programa Jovens Talentos da Ciência, e da FAPERJ que auxiliou no processo de informatização a partir de um Edital APQ4. O referido projeto tem como objetivo, a organização, limpeza, informatização e a ampliação do acervo da carpoteca. Para isso utiliza-se uma metodologia, onde os frutos e sementes são limpos com auxilio de pincel, colocados na estufa e depois no freezer, para realização de um choque térmico. Posteriormente os dados contidos nas etiquetas são comparados com os dados das exsicatas do acervo, e desta forma são separados os frutos pertencentes à carpoteca didática e os pertencentes à carpoteca científica. A carpoteca possui,
até o momento, 156 amostras de famílias Botânicas coletadas principalmente no Estado do Rio de Janeiro. Com o desenvolvimento deste projeto já foi possível separar 200 amostras pertencentes à carpoteca didática e 56 a carpoteca científica.
Palavras-chave: Carpoteca, Botânica, Frutos

“Análise morfológica e molecular da tribo Ceramieae (Ceramiaceae, Rhodophyta).”

Camila Pretes Pegoraro1, Caio Berta Bastos2, Maria Beatriz B. de Barros Barreto2

1 Colégio Estadual Antônio Gonçalves– Coelho da Rocha, RJ
2 Instituto Biologia/UFRJ.

As algas vivem em ambientes marinhos, continentais ou de água doce e terrestre. Suas cores e pigmentos podem ser azuis, verdes, vermelhas, pardas, douradas ou castanhas. O tamanho e a forma das algas marinhas podem ser definidas como microscópicas, que só podem ser percebidas ao microscópio; e macroscópica, vista a olho nu. As microscópicas são responsáveis por grande parte da produção de oxigênio utilizado na respiração dos seres vivos. As algas vermelhas, filo Rhodophyta, formam uma das principais linhagens dentro dos eucariotos e apresentam difícil determinação taxonômica, devido à simplicidade de seu talo e a sua grande variação morfológica. Este trabalho tem por objetivo a identificação das diferentes espécies dos gêneros Corallophila, Ceramium, Gayliella, Centroceras, da família Ceramiaceae, a maior dentro da ordem Ceramiales. A primeiramente etapa deste estudo é a coleta das algas, uma parte deste material é mantida em formol a 4 % para a análise morfológica, com uso de lupa e microscópio óptico e posteriormente direcionado para o herbário. Outra parte é utilizada para análise genética, podendo ser armazenada em sílica gel, se houver pouco material, a alga é mantida em cultivo para o seu crescimento e aumento da quantidade de material. No cultivo é realizada a troca semanal da água do mar de onde a amostra foi coletada. Para a análise genética é feita a extração de DNA genômico da amostra coletada ou cultivada. Nesta extração foi usado o kit QIAGEN seguindo o mini protocolo de extração. Após a extração, é realizada a amplificação de uma parte específica do DNA através do processo de Reação em Cadeia da Polimerase (Polymerase Chain Reaction- PCR). Neste estudo, foi utilizado o gene cox1, para a identificação molecular (“DNA barcode”). Após o material ter sido amplificado corretamente, é feito o sequenciamento, onde podemos comparar as sequências obtidas com outras sequências (Genbank, BOLD) pelo método de distância (NJ). Até o momento foram analisadas 43 amostras da tribo Ceramieae (Ceramiaceae) e uma amostra de Herposiphonia (Rhodomelaceae) utilizada como grupo externo. Foram identificadas com base em dados morfológicos 16 indivíduos de Centroceras, 16 de Ceramium, 7 de Gayliella, e 4 de Corallophila. Para análise molecular 12 amostras foram extraídas, 10 amplificadas e 6 foram sequenciadas. Amostras de Corallophila (2) e Centroceras (1) foram mantidas em cultivo para obtenção de material. A análise de identificação molecular confirmou duas espécies de Ceramium e uma de Gayliella. Uma espécie identificada morfologicamente como Ceramium clarionense encontra-se agrupada com Gayliella. Outra espécie identificada morfologicamente como Gayliella posicionou-se fora do clado da tribo Ceramieae, sugerindo ser outro táxon. A análise morfológica juntamente com a identificação molecular possibilitaram a identificação das espécies dos gêneros da tribo Ceramieae.
Palavras-chave: DNA barcode, Ceramieae, cox1, taxonomia


“Inquérito epidemiológico e Análise Microbiológica e Físico Química da água em comunidades como instrumento de construção de conceitos de educação em curso de saúde e preservação ambiental.”
Arão da Silva de Oliveira1, Érika Fernandes Martins2, Bruna Junger Santos2, João Carlos de Aquino Almeida2*
1 Liceu de Humanidades de Campos
2 Laboratório de Fisiologia e Bioquímica de Microorganismos – CBB – UENF
*jalmeidaa@gmail.com

O estudo foi realizado através da aplicação de questionários sócio-econômico e inquérito parasitológico nas comunidades de Matadouro e Goiabal, Campos dos Goytacazes, RJ, investigando as condições de sanidade, além de conceitos e percepções sobre o problema da água. Foram também realizados testes microbiológicos e físico-químicos para avaliar a qualidade da água. Os resultados dos questionários mostraram que 90% da população tem nível fundamental incompleto e renda familiar inferior a 1 salário mínimo mensal. 100% despejam lixo, incluindo fezes humanas e de animais no Rio Paraíba do sul e 100% das casas já foram atingidas por inundações em períodos de cheia. .A Maioria dos moradores consome água in natura de fontes não confiáveis sem nenhum tratamento. Os testes microbiológicos mostraram que a grande maioria da água utilizada é imprópria para consumo. A partir dos resultados obtidos, foram elaborados materiais didáticos inclusivos, com linguagem adequada e voltados para a orientação visando a mudança de hábitos a partir dos principais problemas das comunidades. Devido à baixa escolaridade das comunidades estudadas, e da sua consequente falta de intimidade com a linguagem formal de ensino, optou-se por criar material didático em vídeo, demonstrando por exemplo, como limpar a vela do filtro, como limpar a caixa d’água ou reservatórios de água, entre outros. Para tornar o aprendizado ainda mais atraente, foram realizados também filmes em “stop motion”, um tipo de animação simples que utiliza modelos móveis feitos com massinha de modelar fotografados quadro a quadro em diferentes posições e depois exibidos como um filme. Esses filmes serão mostrados para a comunidade e posteriormente incorporados a um projeto de criação de cursos de Educação à distância do grupo, como parte integrante de cursos na área de saúde para outras comunidades através de um projeto do grupo que prevê a instalação de centros de internet comunitária em comunidades carentes.
APOIO FINANCEIRO: CNPq, FAPERJ e PROEX/UENF (Recurso Descentralizado FAPERJ).

“Utilização da Plataforma AMADEUS no ensino à distância de conceitos de Parasitologia, Saúde e Geração de Renda como fatores de redução de riscos em áreas de vulnerabilidade socioambiental.”
1Andriellen Rangel Vieira,2Estéfany Braz Toledo, 2Tânia Machado de Carvalho, 2Tatiana Andrade Rocha da Silva, 2Marcelo Rodrigues Saldanha da Silva, 1João Carlos de Aquino Almeida, jalmeidaa@gmail.com
1 C.E. Nilo Peçanha
2 Lab. de Fisiologia e Bioquímica de Microorganismos/CBB/UENF; 2Instituto Bem Estar Brasil (OSCIP)
O ensino à distância no país tem se mostrado como uma modalidade promissora na formação de mão de obra qualificada dentro do ensino formal. No entanto, a utilização dessa modalidade em ambientes não-formais tem se mostrado incipiente, apesar do seu grande potencial de promover o acesso a informações relevantes. Outra questão fundamental é a adequação do material didático, que deve ser pedagogicamente apropriado e contextualizado à realidade, como no caso de indivíduos com necessidades especiais, ou em áreas de vulnerabilidade socioambiental. O tema das parasitoses é um dos mais relevantes, devido à prevalência nestas áreas e seu impacto na qualidade de vida dos indivíduos. Este trabalho teve por objetivo realizar a difusão do conhecimento através da utilização da Plataforma AMADEUS no ensino à distância de conceitos de Parasitologia, Saúde e Geração de Renda visando à redução de riscos em áreas de vulnerabilidade socioambiental. Foram realizados cursos sobre “Parasitoses Intestinais”, “Saúde e Prevenção de Desastres Naturais”, “Cuidados com a Água”, “Zoonoses”, “Métodos Contraceptivos e Sexualidade” “Cerâmica Artística para Geração de Renda” e “DST/AIDS” para jovens e adolescentes deficientes visuais e auditivos e terceira idade. A elaboração dos cursos abrangeu a confecção de material didático suplementar e recursos multimídias. A produção de material multimídia consistiu na elaboração de ferramentas colaborativas como vídeos, vídeos-slides, com a finalidade de estabelecer interação entre aluno e professor. Na avaliação prévia dos cursos concluímos que as ferramentas pedagógicas utilizadas, como vídeo e vídeo-slide e animações em stop-motion favorecem a compreensão do conteúdo, contribuindo significativamente no processo de ensino aprendizagem. Dessa forma, cursos de EaD podem ser empregados na educação não formal com a finalidade de oferecer conceitos sobre saúde, prevenção e geração de renda.
APOIO FINANCEIRO: CNPq, FAPERJ e PROEX/UENF (Recurso Descentralizado FAPERJ).
“Desenvolvimento e testagem de engobes a partir de óxidos metálicos para utilização em cerâmica artística”
Bruna Piraciaba Araújo1, Felipe Ribeiro Souza2, Mário Lúcio Evangelista dos Santos3, Tânia Machado de Carvalho3; João Carlos de Aquino Almeida3, *jalmeidaa@gmail.com 1
2 C.E. João Coelho da SIlva
3 Laboratório de Fisiologia e Bioquímica de Microorganismos – CBB - UENF
Os engobes são uma mistura de argila líquida, óxidos e outros componentes. Pode ser aplicada em peças cruas para dar cor. Argilas encontradas na natureza também podem conter óxidos naturais, ou estes podem ser adicionados posteriormente para dar cor à argila. Este trabalho tem como objetivo produzir engobes, tintas para argila, através da mistura de diferentes dosagens e misturas de óxidos, para formar diferentes cores. As peças coloridas com o engobe devem ser queimadas e verificadas características como cor e resistência mecânica. Nos diversos testes feitos em laboratório usamos o óxido de alumínio, carbonato de cobre, óxido de ferro (amarelo), óxido de manganês, óxido de ferro (vermelho), óxido de cobalto (azul), óxido de cromo (verde), óxido de cobre (preto), óxido de zinco e carbonato de bário. Estes foram dosados e misturados, com a finalidade de formar cores diferentes. Como resultado percebemos que o óxido de cromo apresenta variações na tonalidade dependendo da sua quantidade, não sendo diferente com o óxido de cobalto, que quando foi utilizado em menor quantidade, apresentou uma cor azul mais clara. Entretanto, na medida em que a quantidade aumentou foi observada uma mudança do azul claro para azul-marinho. Ainda nessa perspectiva, o óxido de ferro amarelo e o óxido de ferro vermelho apresentaram quase a mesma tonalidade. No engobe feito com o óxido de cobre preto verifica-se uma tonalidade diferente das demais, sua cor ficou sendo considerada areia. Quando aplicamos os engobes produzidos na pintura de peças de argila, observamos que as cores são fidedignas e mantém-se estáveis, não descascando ou saindo com o atrito. Os engobes produzidos são utilizados em trabalhos de arte cerâmica desenvolvidos no educandário para Cegos São José Operário e no Presídio Feminino de Campos dos Goytacazes, sendo avaliada suas características no uso e manipulação das peças produzidas.
APOIO FINANCEIRO: CNPq, FAPERJ e PROEX/UENF (Recurso Descentralizado FAPERJ).


“Desenvolvimento de oficinas de bijuterias e fruteiras em cerâmica para alunos deficientes visuais”
Sabrina Teles1, Bruna Piraciaba Araújo2, Estéfany Braz Toledo3, Laura Porto Soares3, Tatiana Andrade Rocha da Silva3, Mário Lúcio Evangelista dos Santos3, João Carlos de Aquino Almeida3*
*jalmeidaa@gmail.com
1 C.E. João Coelho da Silva
2
3Laboratório de Fisiologia e Bioquímica de Microorganismos/CBB/UENF

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam a existência de aproximadamente 45 milhões de pessoas deficientes visuais no mundo, dos quais 75% são provenientes de regiões consideradas em desenvolvimento. O Brasil, segundo essa mesma fonte, apresenta taxa de incidência de deficiência visual entre 1,0 a 1,5% da população, sendo que a proporção é de 80% de pessoas com baixa visão e de 20% de pessoas totalmente cegas. Apesar desses números, somente a partir da Constituição Federal de 1988, as necessidades e os direitos dos portadores de necessidades especiais, vêm sendo mencionados em leis, estatutos e decretos. A inclusão de alunos portadores de necessidades especiais ou de distúrbios de aprendizagem na rede regular de ensino, em todos os níveis, é assegura por lei, sendo este o princípio da educação inclusiva Lei LDBEN (9.394/96). Este trabalho tem como objetivo desenvolver oficinas de bijuterias e de fruteiras em argila com alunos deficientes visuais no Educandário para Cegos São José Operário, para promover a socialização, processo esse pelo qual contribui na formação do indivíduo, e geração de renda. Nas oficinas apresentamos passo a passo a técnica da confecção de bijuterias em cerâmica e cada aluno é acompanhado individualmente, na qual são feitos diversos modelos de bijuterias e fruteiras. Durante as oficinas observamos o progresso e interesse dos alunos, no entanto, há aqueles que ainda necessitam de mais auxílio para que desenvolvam mais a coordenação motora. Houve exposição das peças produzidas na própria instituição de ensino e na Fundação Oswaldo Cruz-RJ.
APOIO FINANCEIRO: CNPq, FAPERJ e PROEX/UENF (Recurso Descentralizado FAPERJ).

“Organização e Herborização da Coleção de Plantas Arbóreas Nativas de Mata Atlântica”
Ariana Peixoto Norato1, Emanuelle Oliveira Marinho1, Fabriny Gonçalves de Carvalho2, Giselle Barreto4, Matheus Azeredo3, Tatiane Pereira de Souza4 & Marcelo Trindade Nascimento4
1 Liceu de Humanidades de Campos
2 Escola Técnica Estadual João Barcelos Martins
3 Escola Técnica Estadual Agrícola Antônio Sarlo
4 Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF)

A Mata Atlântica é um dos biomas mais ameaçados do mundo encontra-se entre os 25 hotsponts de biodiversidade do planeta. O objetivo das atividades de organização e implementação de herbários, atualmente, não tem sido mais simplesmente colecionar plantas para serem identificadas e catalogadas e sim, conservar os materiais históricos que estão cada vez mais escassos. O Herbário UENF foi criado em 03/06/2005 pelo Conselho do Centro de Biociências e Biotecnologia (UENF), é formado por coleções oriundas das diferentes fisionomias ocorrentes no diversificado e quase desconhecido mosaico que é a região Norte Fluminense, sendo composto pela coleção científica (exsicatas), carpoteca (coleção de frutos e sementes secos) e xiloteca (coleção de madeiras). As atividades desenvolvidas foram: triagem de material e incorporação de exsicatas à coleção científica, passando por várias etapas de preparo do material, incluindo herborização, registro no livro do Herbário UENF, descontaminação quando necessário e montagem, costurando-as em camisas (folhas de cartolina branca de tamanho padrão para herbários) e envolvendo-as em saias (folhas de papel Kraft de tamanho padrão para herbários). O material utilizado no trabalho foi coletado por pesquisadores em várias regiões do Rio de Janeiro, tais como Maciço do Itaoca, Mata do Funil, Mata do Carvão (Estação Ecológica de Guaxindiba), Reserva Biológica União, Trajano de Morais, São José de Ubá e Natividade, sendo quantificado para o acervo, atualmente, cerca de 9000 exsicatas, sendo que 8200 já foram registradas. Praticamente 90% da Mata Atlântica em toda a região brasileira estão destruídas, necessitando de atitudes urgentes de órgãos mundiais de preservação ambiental às espécies que estão sendo eliminadas da natureza em ritmo acelerado. Visto isso, a presença das espécies é notável pela sua importância ecológica, econômica e seu grau de ameaça confirma a grande necessidade da manutenção de coleções botânicas em acervos científicos para consultas e registro da flora de diferentes regiões.
Palavras-chave: Herbário, Coleções Botânicas, Mata Atlântica.

“Propagação da Chromolaena maximilianii”
Bruna Rangel Neves1, Bruna de Melo Reis2, Gloria Cristina da Silva Lemos2, Silvério de Paiva Freitas2; Raquel Rubim Fialho2
1 Colégio Est. Dr. Barros Barreto – Campos dos Goytacazes – RJ
2 CCTA /Universidade Estadual do Norte Fluminense – Campos dos Goytacazes – RJ
A espécie Chromolaena maximilianii (generic SCHRADER ex DC.) R. M. King & H. Rob. (sin. Eupatorium conyzoides var maximilianii (Schrad.) Baker, (Asteraceae), conhecida popularmente como mata-pasto ou arnica, representa uma das plantas daninhas ou invasoras da cultura da erva-doce ou funcho (Foeniculum vulgare L.), devido à vantagem competitiva que causa redução na produção da erva doce e ao risco de contaminação do produto final da erva doce. Como o ciclo da arnica não é bem conhecido para o entendimento da sua regeneração e reprodução, dificultando o manejo, este trabalho teve por objetivo realizar ensaios sobre de propagação da arnica. Para verificar a propagação sexuada da espécie, cento de cinquenta sementes, com um ano, foram distribuídas em seis placas de petri forradas com papel germiteste e mantidas em BOD à 20/30ºC e 16/8h de escuro/luz, e outras sessenta sementes foram cultivadas em areia autoclavada e mantidas no campo sob sombreamento (70%), irrigadas diariamente. A propagação assexuada foi avaliada a partir de três estacas apicais por planta, totalizando dezoito mudas cultivadas nos substratos areia autoclavada, mistura solo:areia:esterco (1:1:1) e substrato industrial (BASAPLANT®Hortaliça) mantidas em campo sob sombreamento (70%). A espécie se propaga seminalmente, apresentando 13% de germinação e 16% de emergência aos quatorze dias pós plantio, e propaga também vegetativamente, apresentamendo melhor pegamento na areia (50%) que na mistura solo:areia:esterco (33%) ou no substrato industrial (17%).

“Plantas medicinais: boldo gambá, boldo miúdo ou boldinho?”
Mônica Gonçalves de Almeida1; Bruna de Melo Reis2; Gloria Cristina da Silva Lemos2, Silvério de Paiva Freitas2
1 CE João Coelho da Silva – São João da Barra – RJ
2 CCTA /Universidade Estadual do Norte Fluminense – Campos dos Goytacazes – RJ
A atribuição de um mesmo nome a diferentes espécies pode levar à utilização equivocada de plantas medicinais e decorre da limitação do vocabulário botânico por parte da população em geral. O reconhecimento das terapias tradicionais pela ONU traz a possibilidade do incentivo à fitoterapia caseira, motivando este trabalho com objetivo de promover o intercâmbio de saberes popular e acadêmico sobre plantas medicinais e seu reconhecimento botânico. Mudas obtidas junto a voluntários do grupo da terceira idade do Centro de Saúde Escola de Custodópolis, na cidade de Campos de Goytacazes, RJ, foram cultivadas e expostas em vasos, após identificação botânica. Entre as vinte e duas espécies relacionadas, a denominação boldinho foi atribuída indistintamente às espécies Plectranthus ornatus e Plectranthus neochilus, citadas na literatura, respectivamente, como boldo miúdo e boldo gambá. Ambas as espécies apresentam filotaxia oposta cruzada, com limbo simples, carnoso, de cor verde brilhante, com forma abovada, base acuneada ou cuneiforme, ápice obtuso e margem crenada, venação geral reticulada do tipo camptódroma. Na P. ornatus, os internódios são curtos e a folha é plana e na P. neochilus, os internódios são longos e a página foliar levemente imbricada. As poucas informações científicas sobre valor medicinal e caracterização botânica destas espécies não são suficientes para afirmar sobre sua ineficácia terapêutica, nem incapacidade de seu uso popular, de modo que estas plantas podem representar novos potenciais etnofarmacológicos úteis à medicina popular ou à pesquisa de novos medicamentos.
Palavras-chave: plantas medicinais; etnobotânica; boldo









CIÊNCIAS AGRÁRIAS

“Atualização de rótulos de produtos cárneos processados e comercializados no IFF – campus Bom Jesus do Itabapoana”
Gabriela Escudini¹ de Oliveira, Edinael Torres Júnior¹, Juliana Gonçalves Vidigal2
1 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense, campus Bom Jesus do Itabapoana
2 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense, campus Bom Jesus do Itabapoana, Av. Dário Vieira Borges, 235 - Pq. do Trevo.

O estudo da rotulagem de alimentos é essencial, uma vez que é por meio das exigências contidas nas normas que a regulamentam que os consumidores têm a garantia de estarem adquirindo produtos adequados às suas necessidades e com maior segurança. Ainda, com a rotulagem correta as empresas têm maior credibilidade junto ao mercado. Os produtos cárneos comercializados no IFF-câmpus Bom Jesus já têm sua qualidade reconhecida pela população local e a sua apresentação em rótulos seguindo as exigências legais possibilitará a expansão da comercialização para outras cidades e estados. A rotulagem de alimentos embalados deve apresentar, obrigatoriamente, as seguintes informações: denominação de venda, lista de ingredientes, conteúdos líquidos, identificação de origem, nome ou razão social, identificação do lote e prazo de validade, instruções sobre o preparo e o uso do alimento (quando necessário), informação nutricional. Neste último item é obrigatório declarar a quantidade de: valor energético/calórico, carboidratos, proteínas, gorduras totais, gorduras saturadas, gorduras trans, fibra alimentar, sódio. São três as formas de se fazer a confecção da tabela de informação nutricional de um alimento, duas utilizando-se tabelas oficiais de composição química (por lista de ingredientes e por composição química do produto pronto) e uma por meio de análises físico-químicas dos produtos. No presente estudo realizou-se a atualização da parte gráfica dos rótulos dos produtos cárneos por meio de uma parceria com estudantes do curso de Design Gráfico do IFF, campus Centro e, para tal, foi feito um levantamento de todas as informações que deviam conter os respectivos rótulos dos produtos de origem suína: carré, lombo, pernil, costela, linguiça frescal e de churrasco, bacon, kit feijoada, linguiça defumada, lombo defumado, costela defumada, copa defumada. A atualização da tabela de informação nutricional foi feita usando informações de composição química destes produtos, contidas em tabelas oficiais da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Apesar de serem mais precisas, não foi possível obter as informações realizando-se análises laboratoriais, uma vez que o Laboratório de Análise Físico-Química de Alimentos do IFF – campus Bom Jesus ainda não dispõe de todos os equipamentos e materiais de consumo necessários para tal. O presente estudo levou à modernização da forma de apresentação dos produtos cárneos aos consumidores e, ao mesmo tempo, permitiu que as embalagens destes produtos fornecessem todas as informações exigidas pela legislação nacional vigente.
Palavras-chave: carne e derivados, rotulagem de alimentos, controle de qualidade.







“Atualização de rótulos de produtos lácteos processados e comercializados no IFF – campus Bom Jesus do Itabapoana”
Amanda Aparecida Sanches de Freitas¹, Drielly Carvalho de Azevedo¹, Juliana Gonçalves Vidiga2
1 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense, câmpus Bom Jesus do Itabapoana
2 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense, câmpus Bom Jesus do Itabapoana, Av. Dário Vieira Borges, 235 - Pq. do Trevo.

O estudo da rotulagem de alimentos é essencial, uma vez que é por meio das exigências contidas nas normas que a regulamentam que os consumidores têm a garantia de estarem adquirindo produtos adequados às suas necessidades e com maior segurança. Ainda, com a rotulagem correta as empresas têm maior credibilidade junto ao mercado. Os produtos lácteos comercializados no IFF-campus Bom Jesus já têm sua qualidade reconhecida pela população local e a sua apresentação em rótulos seguindo as exigências legais possibilitará a expansão da comercialização para outras cidades e estados. A rotulagem de alimentos embalados deve apresentar, obrigatoriamente, as seguintes informações: denominação de venda, lista de ingredientes, conteúdos líquidos, identificação de origem, nome ou razão social, identificação do lote e prazo de validade, instruções sobre o preparo e o uso do alimento (quando necessário), informação nutricional. Neste último item é obrigatório declarar a quantidade de: valor energético/calórico, carboidratos, proteínas, gorduras totais, gorduras saturadas, gorduras trans, fibra alimentar, sódio. São três as formas de se fazer a confecção da tabela de informação nutricional de um alimento, duas utilizando-se tabelas oficiais de composição química (por lista de ingredientes e por composição química do produto pronto) e uma por meio de análises físico-químicas dos produtos. No presente estudo realizou-se a atualização da parte gráfica dos rótulos dos produtos de laticínios por meio de uma parceria com estudantes do curso de Design Gráfico do IFF, campus Centro e, para tal, foi feito um levantamento de todas as informações que deviam conter os respectivos rótulos dos produtos lácteos: queijo minas frescal, queijo mussarela, coalhada, iogurtes (natural, pêssego, coco, morango, goiaba, figo, abacaxi, maracujá), doce de leite. A atualização da tabela de informação nutricional foi feita usando informações de composição química destes produtos, contidas em tabelas oficiais da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Apesar de serem mais precisas, não foi possível obter as informações realizando-se análises laboratoriais, uma vez que o Laboratório de Análise Físico-Química de Alimentos do IFF – câmpus Bom Jesus ainda não dispõe de todos os equipamentos e materiais de consumo necessários para tal. O presente estudo levou à modernização da forma de apresentação dos produtos de laticínios aos consumidores e, ao mesmo tempo, permitiu que as embalagens destes produtos fornecessem todas as informações exigidas pela legislação nacional vigente.
Palavras-chave: leite e derivados, rotulagem de alimentos, controle de qualidade.
“Determinação da qualidade interna e externa
de ovos de consumo”
Elizabeth Ribeiro Rabelo1; Aníbal Joaquim Barroso Neto2; Carla Inês Soares Praxedes3.
1 Curso Técnico em Agropecuária Habilitação em Agroindústria – Campus Bom Jesus do Itabapoana / Instituto Federal Fluminense (IFF) – Bom Jesus do Itabapoana - RJ
2 Curso Técnico em Agropecuária Habilitação em Agropecuária – Campus Bom Jesus do Itabapoana / Instituto Federal Fluminense (IFF) – Bom Jesus do Itabapoana – RJ
3 Docente – Campus Bom Jesus do Itabapoana / Instituto Federal Fluminense (IFF) – Bom Jesus do Itabapoana - RJ
O ovo é um dos alimentos mais completos para a alimentação humana, apresentando uma composição rica em vitaminas, minerais, ácidos graxos e proteínas que reúnem vários aminoácidos essenciais de excelente valor biológico. Assim sendo, o principal objetivo do presente trabalho é avaliar a qualidade interna e externa de ovos de consumo produzidos no campus Bom Jesus do Itabapoana do Instituto Federal Fluminense, tendo como objetivo final padronizar a comercialização dos ovos. Os ovos foram coletados no setor de avicultura de postura, posteriormente enviados ao laboratório de físico-química para serem analisados. Para a avaliação da qualidade externa dos ovos, foram analisados os parâmetros peso, forma da casca, textura e espessura da casca, integridade da casca, limpeza da casca e tamanho da câmara de ar. Para avaliação da qualidade interna do ovo estão sendo analisadas a integridade da câmara de ar, viscosidade e consistência do albúmen, limpidez e transparência do albúmen, pH do albúmen, manchas na gema, cor da gema, tamanho e forma da gema e pH da gema. Os resultados obtidos permitiram observar que o índice de pH da clara variou de 5.20 a 6,30 e o índice de pH da gema variou de 7,50 a 10,30. O peso dos ovos variou de 44 a 82g, e todos apresentaram casca sem sujidades e sem deformações. As análises realizadas comprovaram a qualidade físico-química dos ovos produzidos no setor de avicultura do campus Bom Jesus, permitindo assim, que sejam vendidos e consumidos normalmente.
Palavras-chave: ovo; qualidade; análise físico-química.

“Utilização de diferentes doses de estercos na produção de repolho”
Alan da Silva Domecil1, Bruno Amaral Dias1, Eduardo Moreira Barradas de Souza1, Lucas Bartolazzi da Silva1, Bruno da Silva Rosa2, Alexandro Marinho Soares2, Gian Júnior Vieira de Souza2; Antonio Alonso Cecon Novo1
1 Instituto Federal Fluminense – Campus Bom Jesus do Itabapoana/Rj
2 Instituto de Menores de Bom Jesus do Itabapoana/RJ

Comparou-se a eficácia na utilização de diferentes doses de esterco na produção de repolho. O experimento foi conduzido no Instituto Federal Fluminense – Campus Bom do Itabapoana. O objetivo foi avaliar os efeitos da adubação utilizando diferentes fontes de estercos “cama” de aviário, “cama” de ovinos, “cama” de coelhos e esterco bovinos na produção do repolho, cultivar chato de quintal. O plantio foi no espaçamento de 1,0 x 0,5 m, recebendo uma dosagem equivalente a 0, 1, 2, 3, 4 e 5 L/planta dos respectivos estercos. Sendo a dose zero a testemunha. O delineamento adotado foi o de “blocos ao acaso”, com cinco tratamentos, quatro repetições e seis doses de esterco. Foram avaliados o peso médio e o diâmetro da circunferência da cabeça do repolho. No tratamento utilizando esterco bovino, obteve melhor resultado no peso médio do repolho de 3180 g quando usou 3 L/planta em comparação com dose zero 2048 g. Para o diâmetro não houve grandes variações. No tratamento com esterco de aves, a medida que foi aumentando a dosagem, o peso foi crescendo até a dosagem com 3 L/planta de 3688 g. A partir dessa dosagem ocorreu o inverso, quando colocou 5L/planta obteve o peso de 1413 g e diâmetro também menor 66 cm. No tratamento com esterco de ovinos os melhores resultados de peso médio e diâmetro médio, foram obtidos com a dosagem de 2 L/planta de 3461 g e 88 cm respectivamente. No tratamento com esterco de coelhos a melhor dosagem para obtenção do peso foi com 4 L/planta de 36621 g e para o diâmetro foi com 1 L/planta 86 cm, mostrando neste caso, que o peso não está relacionado com o tamanho do repolho. Com o experimento observamos que para cada tipo de esterco a dosagem para obtenção do peso médio do repolho, houve uma variação, sendo a melhor dosagem para o esterco bovino de 3 L/planta, aves 3 L/planta, ovinos 2l/planta e coelho de 4 L/planta. Podemos observar que os estercos utilizados, provavelmente apresentam diferenciadas concentrações de nutrientes.
Palavras-chave: estercos; nutrientes; brássicas.


“Biodiversidade de artrópodes da macrofauna edáfica em diferentes usos do solo em Pinheiral, RJ.”
Guilherme Alves do Val1, Richard Maximo Farias2, Caio Gomes Souza1, Cassiane da Silva Cardoso2, Daniela Augusto Chaves3, André Barbosa Vargas4
1Discente bolsista, Instituto Federal Tecnológico do Rio de Janeiro, IFRJ, CANP – Pinheiral;
2Estudante bolsista, CIEP 291 Dom Martinho Schlude
3Docente Instituto Federal Tecnológico do Rio de Janeiro, IFRJ, CANP – Pinheiral;
4Discente Programa de Pós-graduação Ciências Ambientais e Florestais – UFRRJ.

O uso do solo, na maioria das vezes, altera consideravelmente a composição e riqueza da fauna edáfica, alterando a cobertura florestal existente. Deste modo, funções ecológicas e biológicas desenvolvidas por estes organismos são afetadas e/ou perdidas. Portanto, os objetivos foram avaliar a biodiversidade de artrópodes em quatro ambientes distintos, no campus do IFRJ, em Pinheral, RJ. Foram instaladas 12 armadilhas no solo do tipo “pitfall” em cada ambiente, espaçadas 10m uma da outra. Foram amostrados 19 grupos de artópodes, sendo 18 ordens e uma família (Formicidae), a qual apresentou 100% de ocorrência em todos os ambientes e períodos de coleta. No período úmido foram coletadas 16 ordens e no período seco 14. No período úmido o eucalipto apresentou maior número de ordens (14), seguido de Pasto (9), Goiaba (8) e Mata com (6). No período seco se observou um resultado contrário com o ambiente de Mata apresentando 13 ordens, seguido de Goiaba (11), Eucalipto (8) e Pasto com (6). Entretanto, estas variações não foram significativas entre os ambientes e entre os períodos de coleta. Os índices de diversidade não apresentaram diferenças significativas entre os ambientes, mas sim para os períodos de coleta. A ordenação mostrou agrupamentos dos blocos, separando os ambientes. Portanto, a biodiversidade de artrópodes apresenta diversidade distinta para os ambientes. Os resultados também sugerem que a macrofauna edáfica pode ser utilizada como indicadora de biodiversidade, sendo formigas as mais abundantes.

Palavras-chave: fauna edáfica; macrofauna; biodiversidade


“Avaliação da previsão de precipitação pluvial
para Pinheiral- RJ”
Alan da Silva1, Raiane Feliciano Ouverney1, Marcelo Carazo Castro2 –
1 IFRJ campus Nilo Peçanha – Pinheiral/RJ
2 IFRJ campus Nilo Peçanha – Pinheiral/RJ
A precipitação pluvial é uma das mais importantes variáveis meteorológicas que interfere em diversas atividades do agronegócio. Apesar das inúmeras ferramentas atualmente disponíveis para sua previsão, a mesma ainda não pode ser feita com elevada confiabilidade para a grande maioria dos municípios brasileiros utilizando-se os recursos da internet, dada ao fraco amparo técnico de apoio à esta atividade. Assim este trabalho objetivou conhecer melhor as características destas previsões para o município de Pinheiral-RJ, comparando-as com os valores de chuva registrados na estação meteorológica automática do IFRJ campus Nilo Peçanha, em Pinheiral-RJ. Para isso, foram consultados diariamente três sítios, pela manhã e à noite, entre 01/09/2010 e 31/08/2011, a saber: www.tempoagora.com.br, www.climatempo.com.br e www.portaldotempo.com.br, respectivamente sítios 1, 2 e 3 de análise. Obtiveram-se previsões de precipitação com até 10 dias de antecedência, para os sítios 1 e 2, e com até 4 dias para o sítio 3. Em geral, observou-se que: 1) as previsões conjuntas de chuva e de não chuva ficaram acima de 80% de acerto nos três sítios, sendo que o índice específico de acerto de não chuva foi de pelo menos cinco vezes superior ao índice específico de acerto de chuva; 2) existiu uma tendência a superestimativa de chuvas em todos os sítios; 3) não houve diferenças relevantes na previsibilidade matutina e noturna nos sítios 1 e 2, porém a previsão noturna no sítio 3 apresentou melhores resultados que suas previsões realizadas pela manhã; 4) os melhores resultados da previsibilidade ocorreram para menores intervalos de tempo (menores antecedências de previsão); 5) para previsibilidade de chuva com até quatro dias de antecedência, o sítio 1 apresentou os melhores resultados.
Palavras-chave: chuva, internet, previsão, meteorologia, planejamento agrícola



“Biodiesel: alternativa energética para o noroeste fluminense”
Lucas Nascimento Navega1, Adriano Henrique Ferrarez1
1 Instituto Federal Fluminense – IFF – Campus Itaperuna.

Atualmente o mundo é muito dependente do petróleo e este é um recurso finito, com isso cada vez mais vem sendo utilizadas novas fontes de energia. Diferentemente do petróleo, essas novas alternativas energéticas são recursos renováveis e de grande importância para a sustentabilidade do planeta. Dentre as alternativas encontra-se o biodiesel que pode substituir o diesel convencional reduzindo a emissão de gases que acentuam o efeito estufa. Além do caráter ambiental, o biodiesel tem um viés socio-econômico podendo ser a principal fonte de renda para famílias de agricultores. O governo federal tem incentivado a produção e o uso do biodiesel por meio do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel, uma ação interministerial que visa beneficiar principalmente a produção de oleaginosas na agricultura familiar, assim diminuindo as desigualdades regionais. Outra grande contribuição desse recurso é a redução na emissão de gases poluentes, que de acordo com a matéria graxa pode variar. Segundo estudos realizados por órgãos internacionais de pesquisa, o biodiesel reduz em 78% as emissões líquidas de CO. Observa-se também que a substituição do óleo diesel mineral pelo biodiesel resulta em reduções de emissões de 20% de enxofre, 9,8% de anidrido carbônico, 14,2% de hidrocarbonetos não queimados, 26,8% de material particulado e 4,6% de oxido de nitrogênio, como mostram pesquisas do laboratório de Desenvolvimento de Tecnologias Limpas. A partir dos dados expressos acima pode-se perceber a importância da implantação do projeto de biodiesel, objetivando uma melhor qualidade de vida em nossas cidades. A proposta do trabalho foi fazer um levantamento do consumo de diesel fóssil pela empresa concessionária do transporte coletivo na cidade de Itaperuna e dos impactos que a adoção do biodiesel pela frota da empresa traria para a região. Ademais foram levantados os possíveis impactos da produção de oleaginosas para a produção de biodiesel pelos agricultores da região. Os resultados que essas medidas trariam para a comunidade seriam: (i) melhoria da qualidade do ar na cidade; (ii) oportunidade de renda para a população; (iii) Substituição do consumo, pela concessionária de transporte coletivo, dos atuais 960.000 litro de diesel fóssil/ano por biodiesel.




“Biodigestores: energia e sustentabilidade”
Israel Tavares Campos Costa1, Fábio Barbosa de Oliveira1, Adriano Henrique Ferrarez2
1 Colégio Agrícola de Itaperuna – Itaperuna / RJ
2 Instituto Federal Fluminense – IFF – Campus Itaperuna.

O biodigestor é um equipamento usado para efetuar a decomposição de matéria orgânica, realizada através de bactérias anaeróbias. Trata-se de uma câmara fechada onde os dejetos, após serem diluídos em água, são depositados para sofrerem a ação dos microrganismos. Os biodigestores são classificados como contínuos ou de batelada. Os contínuos são os que recebem a carga continuamente em pequenos intervalos de tempo, já os de batelada são os que recebem a carga e permanecem com ela até sua total digestão. Os produtos da biodigestão são: biogás e biofertilizante. O biogás é constituído de vários gases como metano, gás carbônico, nitrogênio, hidrogênio, oxigênio, e gás sulfídrico. As formas mais comuns de utilização do biogás são: (i) em fogões a gás, substituindo o gás de cozinha (GLP); (ii) em lampiões; (iii) no acionamento de motores e geradores, substituindo a gasolina, o álcool ou o diesel. O projeto de biodigestão foi realizado no CIE de Agropecuária de Itaperuna. Os objetivos desse projeto foram: a) realizar a produção experimental do biogás; b) comprovar a eficácia dos biodigestores na produção de biogás; c) apresentar uma forma de tratamento e aproveitamento de dejetos orgânicos. O biodigestor empregado foi construído de PVC, possuindo uma câmara interna de 0, 0098125 m³. Sua carga foi feita usando fezes de suínos diluídas em água, com uma proporção de duas partes de água para uma de fezes. Ao todo foram utilizados 0, 002187 m³ de biomassa. A biomassa foi depositada no biodigestor no dia 09/09/2011. Depois de um período dentro da câmara, a matéria orgânica começou a ser decomposta. Para haver a digestão total dos dejetos são necessários 60 dias de espera, porém após dez dias de carga já ocorreu a produção de biogás. No dia 19/ 09/ 2011, o registro de gás do biodigestor foi aberto e sua mangueira direcionada para um recipiente com água, gerando borbulhas na água, comprovando a saído do gás. As principais conclusões do projeto foram: (i) os biodigestores promovem redução na poluição do meio ambiente causada por dejetos de animais; (ii) o biogás pode representar uma solução energética para a suinocultura.
“Biofertilizante: solução de baixo custo para a agricultura orgânica”
Aline Helena Vieira1, Lucylla Rezende Braga1, Adriano Henrique Ferrarez2
1 Colégio Agrícola de Itaperuna – Itaperuna / RJ
2 Instituto Federal Fluminense – IFF – Campus Itaperuna/RJ.
O biofertilizante é o material resultante da fermentação anaeróbia que ocorre dentro do biodigestor e que após ser fermentado, poderá ser usado como adubo natural. Trata-se de um produto rico em matéria orgânica que possui, praticamente, todos os nutrientes que os dejetos tinham antes da biodigestão. E que com ajuda das bactérias podem se tornar ainda mais ricos após serem fermentados. O biofertilizante contém várias vantagens em seu uso, tais como: (i) após a biodigestão os nutrientes são reduzidos o que torna a abosorção pelas plantas, mais fácil; (ii) não polui o meio ambiente; (iii) não possui o mesmo cheiro desagradável dos dejetos. É uma fonte renovável, mais barata e ecológica para a fertilização do solo. A experiência foi realizada no CIE de Agropecuária de Itaperuna/RJ. O experimento foi realizado em 5 etapas sendo: 1ª etapa: Foi escolhida uma área para a preparação de dois canteiros, as hortaliças escolhidas foram: CENOURA e ALFACE. A área foi capinada, limpa e adubada com esterco bovino e no dia 09/09/2011 foram plantadas a alface e a cenoura. Devido á época do plantio, a alface ficou sobre a proteção do sombrite para evitar o ressecamento. As hortaliças foram regadas todos os dias de manhã e à tarde. 2ª etapa: O biofertilizante foi feito logo assim que plantamos as hortaliças, foi feito com uma bombona pequena, foi adicionado 1 Kg de dejeto suíno, e 5 L de água. Amarramos a boca da bombona com um arame bem forte, para o ar não vazar. Assim que adicionamos água, misturamos bem e deixamos fermentar por 30 dias em temperatura ambiente. 3ª etapa: Adição do biofertilizante. Quando as hortaliças estavam da idade de duas semanas começamos a aplicação, durante 1 mês e uma proporção de 1/5 L de biofertilizante a 2L de água. Essa foi uma proporção aplicada a cada canteiro, duas vezes na semana, durante 1 mês. 4ª etapa: Observação final – Passados 1 mês e 10 dias, observamos somente a ALFACE. Avaliamos que o adubo do biofertilizante faz com que a planta cresça mais e fique mais firme. Apesar de não ter dado tempo de colher a CENOURA, podemos observar que a adição do biofertilizante na mesma proporção adicionada na ALFACE, ajudou no seu crescimento. Ao longo da experiência foi notado algumas vantagens: (i) as hortaliças podem ser plantadas ao longo de todo o ano e aplicado o biofertilizante em qualquer hortaliça; (ii) o crescimento da planta mesmo com a adubação de dejetos bovinos se torna ainda maior; (iii) a adubação por biofertilizante é uma opção que além de natural e barata, ajuda a diminuir a poluição atmosférica.












EDUCAÇÃO


“Relações de gênero e de trabalho no espaço escolar”
Grazielle Delfino1, Jennefer Barbosa1, Juliana Santos Silva2, Laís Freire e Silva2 ; Julieta Ferreira2
1 CIEP Dom Martinho Schlude – Pinheiral
2 IFRJ campus Nilo Peçanha - Pinheiral
3 IFRJ campus Nilo Peçanha - Pinheiral
No universo dos estudos de gênero a conciliação entre trabalho e família se destaca como um dos pontos mais complicados para a inserção das mulheres no mercado de trabalho, o que causa um impacto direto na forma como se dá esse processo. A responsabilidade de cuidar dos filhos e organizar as tarefas domésticas acaba interferindo na forma como as mulheres se inserem no mundo do trabalho e, consequentemente, na forma como são remuneradas. A presente pesquisa tem como objetivo analisar como se dá o processo de conciliação entre trabalho e família de mulheres que trabalham em instituições de ensino. A escolha desse ambiente justifica-se pela flexibilidade da carga horária de trabalho e pela grande presença de mulheres no quadro de funcionários das duas instituições analisadas, o CIEP 291 Dom Martinho Schlude e o IFRJ- Campus Nilo Peçanha, ambas localizadas em Pinheiral, Rio de Janeiro. Foram entrevistadas 40 mulheres, com filhos dependentes de até 16 anos e trabalhadoras destas instituições. As entrevistas tiveram como objetivo explorar as percepções que as mulheres têm do casamento/co-habitação, paternidade, maternidade, relações com o mercado de trabalho, com o dinheiro, a família e a comunidade e também verificar a existência de conflitos entre estas dimensões. Nossas análises demonstraram que a estrutura e organização da vida familiar de nossas entrevistadas estão fortemente relacionadas à participação delas no mercado de trabalho, e que a articulação entre a vida profissional e a responsabilidade com o cuidado com os filhos é ainda um empecilho no cotidiano de nossas entrevistadas. Os dados encontrados mostraram que o cuidado com os filhos não é um fator que limita a participação das mulheres no mercado de trabalho, no entanto, a presença deles acaba alterando a forma como as mulheres organizam as suas jornadas de trabalho e significam suas carreiras, uma vez que o cuidado com os filhos aparece como uma prioridade em suas vidas.
Palavras-chave: gênero, família, trabalho.




Ana Carolina Alves Tassinari1, Jessica da Silva Rebouças1, Manuel Gustavo Silva Izaias2, Renato dos Santos Gonçalves Matias2; Prof. Dra. Alessandra Ciambarella Paulon2.
Alunos voluntários no projeto: João Gabriel Alvarenga de Souza, Wanderson Ribeiro e Rachel Duarte.
Equipe docente de apoio ao longo do projeto: Prof. MS. Danilo Caruso, Prof. MS. Dilma Figueiredo, Prof. Pablo Cunha, Prof. Alex Moreira.
1 CIEP Dom Martinho Schlude
2 IFRJ- campus Nilo Peçanha - Pinheiral
O presente projeto teve por finalidade desenvolver um conjunto de atividades de ensino, pesquisa e extensão, promovidas por uma equipe docente e discente interdisciplinar nas áreas de História, Artes, Língua Portuguesa e Informática, que culminaram na construção do site “LUZ, CÂMERA, EDUCAÇÃO: A ESCOLA VAI AO CINEMA... O CINEMA FAZ EDUCAÇÃO – CINECLUBE CANP”, realizado com a participação de alunos dos 2o e 3o anos do Ensino Médio do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro – Campus Nilo Peçanha/Pinheiral (IFRJ – CANP/Pinheiral) e alunos do 2o ano do Ensino Médio do Centro Integrado da Educação Pública Dom Martinho Schlude – 291 (CIEP 291). Como fio norteador deste projeto, buscou-se avaliar as relações e a importância do uso dos recursos audiovisuais como elementos fundamentais na construção do conhecimento dialógico na sala de aula.
PALAVRAS-CHAVES: História, Cinema, Educação, Memória, Sala de Aula, Conhecimento, Ensino, Pesquisa e Extensão.




“Quem são e o que buscam os/as educadores/as que
promovem visitas de seus grupos ao Museu Nacional?”

Jade de Almeida Moreira1, Alexander W.A. Kellner2, Andréa F. Costa3
1 Colégio Pedro II – Unidade Realengo II
2 Departamento de Geologia e Paleontologia (DGP); Museu Nacional/UFRJ
3 Seção de Assistência em Ensino (SAE); Museu Nacional/UFRJ

O Museu Nacional – MN/UFRJ é um locus privilegiado de produção e disseminação do conhecimento científico amplamente frequentado pelo público escolar. Com o intuito de favorecer a elaboração de um programa educativo com maiores chances de promoção da cooperação entre educação formal e não formal, optamos por desenvolver uma pesquisa que busca traçar o perfil dos educadores que promovem visitas programadas ao MN, identificando seus interesses e objetivos. O levantamento de dados se deu por meio da aplicação de um questionário auto-administrado aos educadores responsáveis por grupos em visitas programadas ao MN. No período de maio a outubro de 2011 foram aplicados 507 questionários, dos quais 316 foram tabulados e analisados utilizando o aplicativo Google Forms. Destacamos aqui alguns dos resultados obtidos. A maior parte dos respondentes é do sexo feminino (75%) e possui entre 30 e 49 anos (66%). Destes, 54% eram responsáveis por escolas públicas, 40% por escolas particulares, 3% por ONGs e 3% por outros tipos de instituições educacionais. No que diz respeito à função/ocupação, a maioria informou atuar como professor (n=179 em 288); seguida por coordenadores pedagógicos (n=59 em 288) e diretores (n=33 em 288). Dentre os que ministram aulas, observa-se que a parcela mais expressiva é composta por aqueles que atuam no segundo segmento do Ensino Fundamental – EF (n=119 em 268) e depois por aqueles que atuam no primeiro segmento do EF (n=60 em 268) e no Ensino Médio (n=58 em 268). Foram menos frequentes aqueles profissionais que atuam na Educação Infantil (n=18 em 268) e no Ensino Superior (n=13 em 268). No que diz respeito a formação desses profissionais, a maior parte dos respondentes informou possuir alguma Licenciatura, com exceção de Pedagogia (n=135 em 309), sendo seguidos por Pedagogos (n=77 em 309) e depois por graduados com outras habilitações (n=68 em 309). Acerca da realização de cursos de pós-graduação, 100 dos respondentes informaram ainda não terem realizado ou concluído esse tipo de curso. Dentre os que já realizaram, a maior parte se referiu a cursos de especialização (n=133 em 175) e, em menor número, mestrado (n= 26 em 175), doutorado (n=8 em 175) e atualização (n=8 em 175). A metade dos respondentes informou que não era a primeira vez que traziam estudantes ao MN (n=146 em 291) e que além do MN visitariam no mesmo dia outro(s) espaço(s)/instituição (n=146 em 286). Dentre os principais motivos da visita, os mais citados foram: a) o fato de o museu ser um espaço de ampliação da cultura em geral, e da cultura científica em particular (n=125 em 342) e b) complementar a educação formal, visando a melhor sedimentação dos conteúdos trabalhados (n=120 em 342). Ressaltamos que os respondentes puderam assinalar mais de uma opção e, por isso, o número de ocorrências é maior do que o de respondentes. Os dados apresentados e sua posterior discussão orientarão a elaboração de projetos e ações educativas capazes de aprofundar a relação do Museu Nacional com os educadores e com as escolas que o frequentam, contribuindo para ampliação do alcance social da instituição.
Palavras-chave: estudo de público em museus; relação museu-escola; educação não formal


“Práticas pedagógicas na construção do conhecimento”

Matheus Benásio Ribeiro¹, Wellington Carreiro Campos²

¹Colégio Estadual Deodato Linhares
²IFF – Itaperuna Msc. Adriano Henrique Ferrarez
³FAETEC - CVT MIRACEMA Msc. Sandra Maria Gomes de Azevedo

Este trabalho é resultado da observação cotidiana a partir da nossa experiência em sala de aula ou no laboratório, além das leituras, debates e pesquisas de campo. Temos observado que a maioria dos alunos quase sempre apresenta dificuldades de aprendizagem em relação aos conteúdos de ciências, uma vez que acredita que somente através da memorização podem compreender a quantidade de expressões novas e complexas características dessa disciplina. Também foi observada a dificuldade dos alunos das séries iniciais, em transpor os assuntos apresentados em sala de aula para o seu cotidiano. Desta forma surgiu a necessidade de desenvolver atividades que dinamizassem o processo ensino-aprendizagem demonstrando que os conteúdos de ciências estão presentes em nossas vidas e que a aprendizagem pode e deve ser feita através da construção do conhecimento com os colegas e com o professor de forma criativa e dinâmica, sem a necessidade de atividades de memorização. Embora exista uma diversidade de estratégias que possam contribuir com aprendizagens significativas, resolvemos utilizar uma atividade lúdica em que os alunos representam o que aprenderam através de maquetes, oficinas modelos, proporcionando o diálogo e a interatividade entre alunos e professor a respeito do assunto em foco. A partir da linha pedagógica de Paulo Freire, e de alguns trabalhos da Professora Marly Veiga do Departamento de Ensino de Ciências e Biologia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro- UERJ, da Professora Dra Myriam Krasilchik da Faculdade de educação da Universidade de São Paulo-USP entre outros, compreendemos que é importante que aluno e professor vivenciem o processo de construção do conhecimento na elaboração das atividades promovendo a interlocução entre os grupos (entre os pares iguais e diferentes). A metodologia está ligada á criação de oficinas e materiais didáticos que possibilitarão uma melhor compreensão dos conteúdos abordados, que abrange diversas séries do ensino fundamental e do ensino médio, objetivando maior entendimento e interação na sala de aula.Levando-se em conta o saber do aluno através da confecção dos materiais, a troca compartilhada entre os alunos e professor, permitiu que o aluno, além de aprender o novo conceito desenvolvesse o espírito de observação, a curiosidade e a criatividade passando a ver a Ciência, não como algo distante e sim, inserida no seu contexto.
Palavras-chave: ensino de ciências; processo investigativo; aprendizagem.

ENGENHARIA

“Produção de pastilhas de NiO-CDG para utilização como suporte (anodo) de uma PaCOS”
Nayra Viana de Azevedo1; Josemar de Souza2; Herval Ramos Paes Junior2
1 ETE João Barcelos Martins
2 UENF
Pilhas a combustível de óxido sólido (PaCOS) têm atraído a atenção devido sua elevada eficiência de conversão de energia, baixa emissão de poluentes e flexibilidade para uso de vários combustíveis. A redução da temperatura de operação de PaCOS para temperaturas intermediárias (entre 500 e 700 °C) pode melhorar a estabilidade dos componentes, ampliar a seleção de materiais e consequentemente reduzir o custo e tempo de duração das PaCOS. Uma PaCOS suportada pelo anodo tem se mostrado eficiente na redução da temperatura de operação, pois permite a produção de eletrólitos densos na forma de filme. Com essa perspectiva, anodos a base de NiO-CDG (Óxido de níquel – Cério dopado com gadolínio) têm se mostrado promissores, pois apresentam elevados valores de condutividade iônica e eletrônica em temperaturas intermediárias (entre 500 e 700 °C).
Objetivos
O principal objetivo deste trabalho será produzir pastilhas NiO-CDG para utilização como suporte mecânico (anodo) de uma PaCOS.
Os objetivos específicos deste trabalho são destacados a seguir:
• Produzir pastilhas de NiO-CDG com porosidade adequada (entre 30 e 40%) para utilização como anodo em PaCOS e quantificar essa porosidade.
• Investigar a influência da adição de amido em diferentes proporções na porosidade das pastilhas de NiO-CDG.
• Investigar as propriedades estruturais das pastilhas produzidas.
• Investigar as propriedades elétricas das pastilhas produzidas.

Metodologia
As pastilhas de NiO-CDG serão preparadas por prensagem a seco na proporção de 60-40% em peso de NiO e CDG, respectivamente, utilizando-se nanopós de NiO e CDG, com adição de 6% em peso de amido. As pastilhas serão prensadas utilizando uma tensão de 100 Mpa e posteriormente serão tratadas termicamente a 1000°C por 6h em um forno mufla marca EDG, modelo F-3000 L 3P. A caracterização estrutural foi realizada por meio de difração de raios-X utilizando o difratômetro de marca Shimadzu, modelo XRD 7000. As análises de microscopia serão realizadas pelo microscópio Zeis, modelo DSM 962. A condutividade elétrica das pastilhas será medida utilizando o método tradicional de duas pontas acoplado a um multímetro.
Referências Bibliográficas
 De Souza, J., da Silva, A. G. P., Paes Jr, H.R. (2007), Journal of Materials Science : Materials in Electronics 18, 951-956.
 Souza, J. de ; Paes Jr., H. R. (2007), Matéria (UFRJ) 12, 39 – 43.
 Rupp, J. L. M., Gauckler, L. J. (2006), Solid State Ionics 54, 1721-1730.
 Zhen, Y.D., Tok A. I. Y., Jiang, S. P., Boey, F.Y.C. (2008), Journal of Power Sources 178, 69–74.



FÍSICA

“Iniciação aos Elementos de Astronomia e a Mecânica Celeste no Ensino Médio”
Daniela Polido Teixeira1, Uilla Fava Pimente2 e Rodrigo Lacerda da Silva3
1Aluna do curso agroindústria
2Aluna do curso agropecuária
3Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense – campus Bom Jesus do Itabapoana. Av. Dário Vieira Borges, 235 Parque do Trevo Bom Jesus do Itabapoana – RJ

A beleza e o mistério das estrelas levaram os humanos a observarem o céu, surgindo assim o interesse pela Astronomia, ciência que se dedica a observação dos astros celestes que etimologicamente significa “leis das estrelas”, o que era considerada pelos povos antigos como um ensinamento vindo das estrelas. O projeto visa analisar, compreender melhor os astros celestes e a por uma temática na forma de observações, captura de vídeos e meios de exposição de dados para difundir o conhecimento astronômico aos alunos e comunidade em geral. Para alcançar os objetivos propostos, o estudo foi dividido em etapas: Inicialmente foi um estudo sistemático de conceitos e teorias promovendo assim a familiarização com termos usados em astronomia e uma maior compreensão do universo. A outra parte está na vivência com instrumentos astronômicos e a criação de catálogos, com as posições dos principais astros celestes, sendo este auxiliado com um programa de computador em código livre, tal como: Stellarium. Após o planejamento das atividades, a seqüência as teorias estudadas foram colocadas em prática, comprovando e adaptando a realidade do desenvolvimento do projeto, juntamente com as filmagens dos astros celeste obtendo assim um extenso banco de dados. Nessa etapa, realizou-se o processo chamado de “empilhamento de imagens” com o auxílio de outro software em código livre: RegiStax em diferentes versões, gerando belas e exclusivas imagens. E por fim as experiências práticas acumuladas juntamente com novos conceitos, idéias e materiais obtidos (Imagens e vídeos) foram agrupadas e resultaram em apresentações. Desta forma, o projeto proporciona a socialização do saber oferecendo uma oportunidade de divulgação da Astronomia entre os alunos, que não se limita aos integrantes do grupo e podendo sim, abrange toda a escola, a comunidade e a região.
Palavras-chave: Astronomia, processamento de imagens, RegiStax, Stellarium.
“Introdução à Astronomia Observacional com uso de Modernos Telescópios”
Angel Maria. Balbi Martins1, Anna Carolina Cerqueira Neves1;Rodrigo Lacerda da Silva2
1Alunas do curso agroindústria
2Docente: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense – campus Bom Jesus do Itabapoana. Av. Dário Vieira Borges, 235 Parque do Trevo Bom Jesus do Itabapoana – RJ

O ser humano sempre buscou compreender o funcionamento do Universo. Desde a antiguidade, os povos observavam as estrelas, cometas e planetas para tentarem desvendar os mistérios do espaço, além de ser uma imensidão admirada por todos, devido sua beleza incomparável. A astronomia é hoje uma ciência que se abre em inúmeras categorias complementares aos interesses da física, da matemática, da biologia e da química, assuntos que são abordados nas aulas em nível de ensino médio. Este estudo tem como objetivo mostrar o grande leque instrumentos com possibilidades para: observação, coleta, tratamento e análise de dados; e previsibilidade na posição dos corpos celestes com a utilização de softwares e modernos telescópios, assim, criando um senso crítico de observações aos fenômenos astronômicos. O projeto discorre sobre o uso de telescópios de alta tecnologia, dentre eles o renomado CPC 800 Series da Celestron, que nos capacita de forma a capturarmos vídeos cada vez melhores e conseqüentemente imagens de excelente qualidade e com maior conforto, uma vez que envolve uma série de equipamentos tais como: GPS, notebooks e câmera digital, tudo controlado remotamente, para obter a filmagem dos astros a serem observados. Através do estudo, foi possível compreender o processo de montagem, calibragem e funcionamento dos telescópios utilizados, habilitando-os ao trabalho da observação astronômica e suas atividades, de forma precisa e correta. Portanto, este estudo possibilitou a obtenção de conhecimentos e conceitos astronômicos e uma maior compreensão do espaço em que nos vivemos.
Palavras-chave: Astronomia, Instrumentação Científica, posicionamento global, Física Geral.

“Alunos do Ensino Médio atuando como monitores da Casa da Descoberta”
Monique Silva de Oliveira1, Vanessa Gomes dos Santos Almeida1, Phâmella Dumard Saroldi Ribeiro1, Mariana Ferreira Gonçalves1, Renato Cardoso dos Santos2, Wanda da Conceição de Oliveira2.
1Colégio Estadual Aurelino Leal / Niterói R.J.
2Casa da Descoberta -Instituto de Física/UFF

A Casa da Descoberta é um centro de divulgação de ciências que está localizado no Instituto de Física da UFF e que conta com um acervo de experimentos interativos de aproximadamente 50 experimentos sendo em sua grande maioria de Física. As visitas são guiadas por monitores de diversos cursos da UFF, responsáveis por explicar os experimentos de forma lúdica e divertida. Conseqüentemente, a Casa da Descoberta tem-se destacado como uma entidade integradora entre a comunidade acadêmica e a sociedade, conduzindo para além dos muros da Universidade os conhecimentos científico e pedagógico, produzidos por seus professores e pesquisadores. No ensino médio, os conceitos de Física e de Química são geralmente introduzidos teoricamente através de equações e fórmulas, freqüentemente sem as práticas de laboratório correspondentes. Isto dificulta o relacionamento dos conceitos teóricos com os fenômenos diários e, portanto, o aprendizado da Ciência. Um dos objetivos deste projeto, iniciado em 2003, é complementar as atividades didáticas destes alunos. Outro enfoque do projeto é fazer com que os alunos acreditem na própria capacidade e se tornem divulgadores de ciências atuando como monitores na Casa da Descoberta.
Palavras-chave: centro de ciência, experimentos de Física, ensino médio.

“Eletrização por Atrito”
Phâmella Dumard Saroldi Ribeiro1, Mariana Ferreira Gonçalves1, Wanda da Conceição de Oliveira2.
1Colégio Estadual Aurelino Leal / Niterói R.J.
2Casa da Descoberta -Instituto de Física/UFF

A eletrização por atrito é a transferência de elétrons de um corpo para outro, quando são atritados simultaneamente. A experiência mostra que, após o atrito, os corpos passam a manifestar propriedades elétricas que se caracterizam pela atração ou repulsão de alguns corpos de acordo com a Lei de Coulomb. O experimento da Casa da descoberta que explica o fenômeno da eletrização por atrito é constituído de uma caixa de acrílico possuindo no seu interior um conjunto de pequenas bolinhas de isopor de diferentes dimensões. Inicialmente, considere que a tampa de acrílico da caixa seja atritada por um pedaço de papel ambos simultaneamente neutros. Nesse caso, houve perda de elétrons do papel, que ficou então, carregado positivamente, pois a carga dos prótons passou a prevalecer a dos elétrons. Já a tampa de acrílico ganhou esses elétrons, e, portanto ficou com excesso de cargas negativas, pois o número de elétrons ficou maior que o número de prótons, em conseqüência atraindo por indução elétrica as bolinhas de isopor de menores dimensões que estavam imóveis dentro do recipiente.
Palavras-chave: experimento de Física, cargas elétricas, Lei de Coulomb

“Pilha humana”
Monique Silva de Oliveira1, Vanessa Gomes dos Santos Almeida1, Wanda da Conceição de Oliveira2.
1Colégio Estadual Aurelino Leal / Niterói R.J.
2Casa da Descoberta -Instituto de Física/UFF
A Pilha Humana é um dispositivo constituído de duas placas metálicas, em geral usa-se uma placa de cobre e a outra de alumínio. Nos dois pólos: negativo (alumínio) e positivo (cobre) ocorrem as semi-reações de oxidação e redução, respectivamente. A pilha entra em funcionamento quando o circuito é fechado, isto ocorre no momento em que sobre as diferentes placas metálicas uma pessoa coloca suas duas mãos. Os sais presentes no suor das mãos estão dissociados em íons que são responsáveis pelo transporte da corrente elétrica que atravessa o corpo da pessoa, esta funciona como um resistor num circuito. Essa corrente pode ser medida através de um amperímetro colocado em série no circuito. Um fato interessante também pode ser observado neste experimento quando duas ou mais pessoas se dão às mãos participando do circuito, simulando um circuito em série com um aumento da resistência e conseqüentemente mede-se a diminuição da intensidade de corrente elétrica no amperímetro.

Palavras-chave: experimento de Física, circuito em série, corrente elétrica.
b

“Blog do Clube de Astronomia do Noroeste Fluminense (CARONTE): astronomia, informação e popularização da Ciência na rede mundial de computadores”
Isaack Esdras de Negreiros Encarnação1, Antônio Paulo Pimentel da França1, João Vítor de Souza Boechat1, Adriano Henrique Ferrarez1
1Instituto Federal Fluminense – IFF – Campus Itaperuna.
A vida do homem é definida pelo dia e a noite, as horas, o calendário. O Sol é quem determina uma série de compromissos, tarefas ou atividades que fazemos. A Lua exerce influência nas plantações e animais quando reflete mais a luz solar na fase de lua cheia, determina as marés, inspira poetas e amantes. Os grandes deslocamentos, em terra ou mar, são determinados pelos movimentos do céu. As estações do ano, verão, inverno, primavera e outono que tanto afetam nossas vidas são determinados por eventos astronômicos. Como podemos ver a Astronomia influencia diretamente em nossas vidas e também é por ela que se abrem as portas para as outras ciências. Com o intuito de levar a Astronomia a todos os cantos de Itaperuna e região foi criado o Clube Caronte de Astronomia do Noroeste Fluminense (CARONTE), que levou esse nome devido ao barqueiro, que atravessa as almas para a o outro mundo, o que é também objetivo do clube, transportando a população para a luz da ciência. Este trabalho tem por objetivo divulgar o blog do CARONTE que possui o endereço na rede mundial de computadores: http://caronteiff.blogspot.com/. O Blog da equipe Caronte apresenta diversos dados, publicados em postagens rotineiras, imagens e vídeos. Tudo isso organizado de forma dinâmica e de fácil acesso na página do blog. Os visitantes podem deixar seus comentários sobre cada uma das postagens, além de haver um local unicamente destinado a críticas e sugestões. As postagens do blog, quando não se referem a notícias e divulgação de eventos, estão vinculadas a séries de postagens, para melhor acessibilidade aos visitantes. Uma dessas séries traz todas as informações sobre nosso Sistema Solar. O foco das séries é fornecer dados para pesquisas escolares, voltadas para ciência astronômica nas escolas do país e do mundo. O blog tem sido divulgado em eventos no IFF, nas escolas onde o Clube Caronte realiza suas palestras e seminários, em nossas observações públicas e em outros sites na internet. Com o blog o Clube Caronte vem conseguindo divulgar a Astronomia, disponibilizando diversos dados relevantes do meio científico em questão.
“Projeto Astronomia na Praça do IF-Fluminense Campus Itaperuna: Astronomia e Popularização da Ciência”
João Vítor de Souza Boechat1, Isaack Esdras de Negreiros Encarnação1, Antônio Paulo Pimentel da França1, Adriano Henrique Ferrarez2
1 Instituto Federal Fluminense – Campus Itaperuna.
2 Instituto Federal Fluminense – Campus Itaperuna
Endereço: BR-356 Km 03 Oeste S/N - Bairro Cidade Nova - Itaperuna – Rio de Janeiro - CEP: 28.300-000 – Brasil – Tel.: (22) 8826-0795
E-mail: caronte.iff@gmail.com
A Astronomia foi uma das primeiras ciências desenvolvidas pelo homem. Foi a partir da Astronomia que vários campos da Física e da Matemática tiveram origem. A noção de tempo e espaço, as bases para o desenvolvimento da astronáutica, os conceitos e ferramentas para a espectroscopia da luz, da fusão nuclear, da física das partículas elementares são alguns exemplos das contribuições dadas pela Astronomia para o desenvolvimento da percepção do homem acerca do Universo. Educar cientificamente é uma tarefa fundamental para elevação da percepção e compreensão do homem de sua realidade. Nossa vida se baseia em princípios tecnocientíficos, mas a formação do povo brasileiro nesses princípios é muito deficiente o que compromete o exercício de nossa cidadania. Como instituição educadora, O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense tem a função de contribuir no sentido de ofertar oportunidades para melhoria da educação científica e tecnológica. E o ensino de Astronomia dado o grande espectro de influência dessa ciência pode desempenhar um papel importante. Com o intuito de levar a Astronomia a todos os cantos de Itaperuna e região foi criado o Clube Caronte de Astronomia do Noroeste Fluminense (CARONTE), que levou esse nome devido ao barqueiro, que atravessa as almas para a luz do outro mundo, o que é também objetivo do clube, transportando à população a luz da ciência astronômica. Um dos projetos desenvolvidos pelo CARONTE é o “Astronomia na Praça”, no qual levamos nosso telescópio junto às comunidades com o objetivo de divulgar a astronomia para a população. Esse trabalho tem por objetivo apresentar os resultados obtidos nas observações públicas promovidas pelo CARONTE.
O Projeto “Astronomia na Praça” ocorre em parceria com associações de moradores, movimentos culturais e sociais, escolas, etc. Consiste na montagem do telescópio do Clube de Astronomia do Noroeste Fluminense (CARONTE) em uma comunidade da região noroeste proporcionando à população a observação da Lua, dos planetas do Sistema Solar e estrelas. Nas observações públicas é aplicado um questionário para as pessoas que participam do evento com o objetivo de colher informações sobre os seus conhecimentos de Astronomia e Ciência.
A extensão promovida pelo Projeto “Astronomia na Praça” se mostra extremamente importante para a comunidade do Noroeste Fluminense, fortalece a interação com a comunidade e o cumprimento do compromisso do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia no sentido de promover a difusão científica e a cidadania.

“O uso do fogão solar na cocção de feijão”
José Victor Albrussezze da Silva1, Adriano Henrique Ferrarez1
1Instituto Federal Fluminense – IFF – Campus Itaperuna.
Com o crescimento da população mundial a demanda energética também aumenta e surge daí a de se aproveitar as fontes alternativas de energia. O uso do fogão solar surge nesse contexto como opção de energia renovável e não-poluente na cocção de alimentos. Os materiais utilizados para sua construção são o papelão e o papel alumínio, o que acarreta um baixo custo. Sua construção é simples e seu manuseio e transportes fáceis. O fogão solar atinge temperaturas permitindo que processos, como pasteurização da água, que necessita de uma temperatura de 72°C, sejam realizados diminuindo o risco de doenças causadas por bactérias e microorganismos. O fogão solar pode ser utilizado junto com instrumentos que utilizam outra fonte de energia, ou para substituí-los, reduzindo o consumo de combustíveis como o GLP (gás de cozinha) e evitando que árvores sejam cortadas, além de diminuir o risco de doenças oculares e respiratórias provocadas pelo contato com a fumaça produzida pela queima da lenha. Os experimentos foram realizados no Campus do Instituto Federal Fluminense, localizado no município de Itaperuna/RJ. O município se encontra a 108 metros acima do nível do mar e possui as coordenadas geográficas: Latitude: 23°00'24" S e Longitude: 44°19'05" O. Sua população é de aproximadamente 103.000 habitantes (IBGE, 2010). Itaperuna usufrui de uma excelente irradiação solar, que se estende praticamente pelos 365 dias do ano (CRESESB, 2010). Devido à este fator, a utilização de energia solar para a cocção de alimentos através do fogão solar apresenta-se como uma solução viável. O fogão solar utilizado no experimento foi do modelo Painel de Conjunto Duplo feito de papelão e papel alumínio. Foram realizados 5 ensaios nas seguintes datas: 1) 19/07/2011; 2) 26/07/2011; 3) 16/08/2011; 4) 19/08/2011; e 5) 30/08/2011. A temperatura no interior da panela chegou a 90°C, o tempo de cocção do feijão foi de aproximadamente 4 horas e o custo do fogão solar é em média R$ 3,60.

“Conforto térmico e eficiência energética:
estudo de caso do
Instituto Federal Fluminense – campus Itaperuna”
Gabriel dos Santos Nunes1, Adriano Henrique Ferrarez1
1Instituto Federal Fluminense – IFF – Campus Itaperuna.
A demanda por energia vem crescendo no mundo todo, com isso é necessário que se produza mais energia. No Brasil o setor que mais consome energia é o industrial responsável por 42% do consumo, logo depois vem o setor residencial responsável por 28 % do consumo nacional e os setores comercial e rural consomem 15% cada. Dos gastos energéticos do setor comercial 48% são gastos com os condicionadores de ar. Com esse gasto expressivo com os condicionadores de ar, medidas como o melhor aproveitamento da ventilação natural podem diminuir as despesas com conforto térmico. Desde a fase de projeto as medidas de eficiência energética na construção devem ser tomadas. Uma dessas medidas é a escolha correta da orientação do prédio, para que se tenha a menor incidência possível de raios solares na casa. Durante a construção do edifício, pode-se utilizar materiais de construção que, no verão, evitem a entrada de calor no ambiente e que, no inverno, evite a saída de calor. Recomenda-se também utilizar recursos para aproveitar a ventilação e iluminação externa, em algumas construções são feitas aberturas nas fachadas para aproveitar os ventos do verão e barreiras para bloquear os ventos do inverno e também protetores solares para evitar o excesso de insolação, chamados de dispositivos de sombreamento (brises). Uma maneira muito importante de economizar com o ar-condicionado é comprar o aparelho de maior eficiência energética, que é classificado pelo PROCEL (Programa Nacional de Conservação de Energia - Eletrobrás) com etiqueta “A”, seu preço de compra pode ser mais elevado do que um de eficiência mais baixa, porém o aparelho tipo A gera uma economia considerável nas taxas mensais de energia elétrica. No Instituto Federal Fluminense – Campus Itaperuna, apenas 16% dos aparelhos de ar condicionado têm etiqueta A. Se todos os aparelhos fossem de alta eficiência a economia de energia elétrica seria da ordem de 18% considerando os atuais valores de consumo. Outras maneiras simples de reduzir os custos com os ar-condicionado, é o uso de sensores de presença que desligam o aparelho quando o ambiente está vazio. É importante também a realização de limpezas periódicas no aparelho, visto que a sujeira atrapalha o seu desempenho.











FITOTERAPIA


“Avaliação de efeitos biológicos de extratos aquosos de plantas medicinais em marcadores inflamatórios de sangue de ratos Wistar”
Daniel Basílio dos Santos1, Gesiane de Souza Vitor1,Juliana de Souza Oliveira Batista1, Mauro dos Santos Silva Júnior2, Sebastião David Santos-Filho3
1Escola Ministro Raul Fernandes – Centro – Vassouras
2Colégio Estadual Santa Rita – Paulo Torres - Vassouras
5Laboratório de Biofísica e Fisiologia, Departamento de Ciências da Saúde,
Universidade Severino Sombra/USS.

As plantas medicinais vêm sendo cada vez mais utilizadas em diversos países para o tratamento de diferentes doenças. Os fitoquímicos presentes nessas plantas medicinais seriam os responsáveis pelos efeitos biológicos produzidos pelos extratos das plantas medicinais e que vêm despertando grande interesse na área médica. Por outro lado, dados sobre os efeitos adversos destas plantas, como a genotoxicidade e a sua citotoxidade, não estão disponíveis ou são ainda incompletos. O estudo dos efeitos de extratos aquosos de plantas medicinais a nível molecular vem sendo utilizado para avaliação dos efeitos biológicos destes produtos naturais. O Objetivo do projeto é estudar os efeitos biológicos agudos e crônicos de extratos aquosos de plantas medicinais através de metodologias a nível celular e molecular. Para tal o presente relatório pretende apresentar os parâmetros físicos do extrato de produto natural avaliado através de espectro de absorção na faixa de 400 a 700nm. Os efeitos de extratos aquosos de diferentes espécies de plantas medicinais: (1) no hemograma completo, (2) nas alterações metabólicas, (3) na toxicidade hepática, (4) na toxicidade pancreática e (5) na toxicidade renal, pelo uso de marcadores inflamatórios encontrados no sangue de ratos Wistar previamente tratados ou não com esses extratos aquosos de produtos naturais poderão, em uma segunda etapa de experimentos, trazer informações de grande relevância sobre os efeitos biológicos, tais como: (i) potencial redox e, (ii) potencial genotóxico, ainda escassos ou ausentes, de plantas medicinais, que vêm sendo cada vez mais utilizadas pela população, inclusive com a prescrição e distribuição por parte dos órgãos oficiais de saúde.
Palavras-chave: plantas medicinais, marcadores cardiovasculares, inflamação, efeito biológico













GEODÉSIA


“Avaliação do posicionamento absoluto com receptores GPS não diferenciais”
Paulo Ricardo de Sousa Madureira1, Paulo Vitor Soares Moreira2, Antonio Passos Portilho3, Marcelo Carazo Castro3
1 IFRJ campus Nilo Peçanha – Pinheiral/RJ
2 CIEP 291 Dom Martinho Schlude - Pinheiral/RJ
2 IFRJ campus Nilo Peçanha – Pinheiral/RJ
O Sistema de Posicionamento Global (GPS) tem se tornado cada vez mais utilizado pelos segmentos da sociedade que requerem solução para problemas de localização, distâncias e áreas, entre outros, encontrando grande aplicação tanto no meio rural quanto no urbano. Apesar de todo o avanço tecnológico observado neste setor, existem poucos trabalhos que se preocupem com a real identificação dos erros cometidos ao longo do tempo com o tipo de receptor mais utilizado atualmente, os receptores de navegação ou não diferenciais. Assim, esta pesquisa objetivou estudar o erro de posicionamento com receptores GPS de navegação em Pinheiral-RJ. O trabalho consistiu em 235 dias de posicionamento entre 06/08/2010 e 29/07/2010, com duração média diária de uma hora e 52 minutos, totalizando pouco mais de 440 horas, com dois receptores GPS de navegação marca Garmin, modelo Etrex Venture, simultaneamente em dois marcos de coordenadas conhecidas no IFRJ, campus Nilo Peçanha, em Pinheiral-RJ, distantes 236m entre si. Configurou-se os receptores GPS para gravar as coordenadas a cada 10 segundos, as quais eram posteriormente descarregadas em microcomputador com o software Trackmaker® e exportadas para o microsoft Excel®, para fins de obtenção do erro de posicionamento a partir da comparação das mesmas com os valores conhecidos das coordenadas dos marcos. Observou-se em um dos aparelhos um erro médio de posicionamento 2,551m, com valor mínimo de 0,134m, máximo de 37,940m, desvio padrão de 1,676m e erro máximo de 5,836m em 95% das medições; no outro aparelho, observou-se um erro médio de posicionamento de 2,318m, com valor mínimo de 0,617m, máximo de 84,751m, desvio padrão de 1,423m e erro máximo de 5,107m em 95% das medições. Estes resultados são bem melhores do que os especificados pelo fabricante (de acurácia máxima de 15m em 95% das medições), possibilitando uma utilização mais confiável destes receptores.
Palavras-chave: sistema de posicionamento global, geodésia, topografia expedita












HISTÓRIA

“Escravidão e Liberdade: Cartas de Alforria na Província do Rio Grande de São Pedro
(ALEGRETE, 1810-1888)”

Gabriela Nicodemos da Silva 1;Camila Almeida de Lima2;Graciela Bonassa 31

1CIEP General Osório – Nova Iguaçu
2 CIEP General Osório – Nova Iguaçu
3 UFRRJ – Nova Iguaçu
Em meados do século XIX a escravidão estava em crise no Brasil: senhores e escravos perceberam isso e tentaram, cada grupo segundo os seus interesses, se adaptar ao novo contexto social que se apresentava. Todos teceram estratégias, os senhores para manter sua escravaria e os escravos, por sua vez, para conquistar a liberdade. Homens e mulheres nascidos escravos poderiam se tornar legalmente livres através de um documento chamado carta de alforria. Diversos caminhos poderiam levar a uma alforria, mas quase todos dependiam do desejo do senhor (proprietário de escravos), que deveria registrar sua vontade em um cartório. Assim, através desses registros de 150, 200 anos atrás, podemos nos aproximar da realidade daquelas pessoas, das suas lutas, fracassos e conquistas. O senhor poderia conceder gratuitamente uma carta de alforria e muitos fizeram isso em “consideração aos serviços prestados” pelo escravo. Também poderia cobrar por isso e nesse caso o escravo deveria pagar por sua própria liberdade ou pela de seu filho, por exemplo. Havia uma terceira possibilidade, a mais comum no final do período escravista: o senhor concedia a carta de alforria condicionando a liberdade do seu escravo à prestação de serviços por um período que ele estipulava: 2, 3 e até 7 anos, ou mesmo até o fim de sua vida. Assim, o escravo recebia a carta, mas continuava trabalhando para o mesmo senhor até o fim desse prazo. Ao perceberem que o fim da escravidão estava próximo, os senhores tentaram garantir a permanência de seus escravos concedendo cartas de alforria condicionais. No período pesquisado (1810-1888), centenas de cartas de alforria foram registradas nos cartórios dos municípios de Alegrete, Rosário do Sul e Quaraí, localizados na Província de Rio Grande de São Pedro (atual estado do Rio Grande do Sul). A pesquisa busca, por meio desses documentos, explicar as muitas formas possíveis de um escravo conquistar sua liberdade através de uma alforria nas últimas décadas do período imperial, em uma região específica da Brasil. As cartas de alforria compõem um conjunto documental muito importante a ser investigado, no sentido de que revela as estratégias dos senhores e dos escravos frente ao fim iminente da escravidão. A compra da liberdade pelo escravo, ou a concessão da alforria condicional, por parte do senhor, com inclusão de cláusula de prestação de serviços por vários anos consecutivos são faces de um mesmo processo de rearranjo onde cada grupo social busca garantir vantagens, a partir de seus limites e possibilidades, em um contexto de profundas transformações.
Palavras-chave: escravidão, pecuária, alforrias

“O Rio de Janeiro da Belle Epoque: modernização da estrutura urbana.”
Nery, Rodrigo1; Souza, Natalia3 & Silva, Lúcia4.
1 Colégio Estadual Milton Campos;
2 Colégio Estadual CIEP General Osório;
3 Professora do curso de História do Instituto Multidisciplinar, Campus Nova Iguaçu.
O Rio de Janeiro no início do século XX passou por uma profunda transformação em sua materialidade. Nos livros didáticos pode ser visto nos capítulos da Revolta da Vacina ou da Reforma de Pereira Passos (1902/1906) essa grande mudança na estrutura urbana. O que hoje parece antigo era concebido como o mais moderno na época. Conhecer o passado permite que se entenda e valorize o que hoje se percebe como antigo.
Este trabalho sobre modernização da estrutura urbana ocorrida na Reforma Passos insere-se no projeto “De Cidade Nova à Pequena África: processo histórico de constituição de um território étnico na cidade do Rio de Janeiro, 1870/1945”. A pesquisa gira em torno de dois processos que aparentemente não se entrecruzaram: discussões urbanísticas promovidas pelos engenheiros e a constituição e destruição da Pequena África, comunidade chefiada pelas mães de santo baianas na Cidade Nova.
A partir das fontes utilizadas na pesquisa é possível perceber as preocupações de logística e de infra-estrutura entre os engenheiros através dos artigos da revista do Clube de Engenharia, enquanto o código de posturas utiliza-se de termos técnicos para defender soluções acerca dos problemas urbanos ao mesmo tempo em que permite visualizar as forças políticas do momento da reforma. Foi nesse ambiente que Pereira Passos iniciou sua reforma, destruindo cortiços, abrindo ruas, modernizando o porto e transformando parte do centro no que ele é hoje.
Francisco Pereira Passos, engenheiro formado pela Escola Central do Exército foi prefeito da cidade entre os anos de 1902 e 1906. Com o auxilio do governo federal ele promoveu a retificação e a modernização do Porto, e abriu a Avenida Central, atual Rio Branco, no centro do Rio. Esse período ficou conhecido como a Era das demolições
Palavras-chave: urbanismo, modernização, engenharia.




MATEMÁTICA


“Álgebra Linear com aplicações para o Ensino Médio”
Caio Nilton Lemos Barroso1; Lanna Germano Peixoto1; Layra de Oliveira Silva1; André Soares Velasco2.
1 Bolsistas Jovens Talentos: Instituto Federal Fluminense campus Campos-Guarus.
2 Orientador: Instituto Federal Fluminense campus Campos-Guarus
Para quantificar determinadas situações práticas, muitas vezes a informação é apresentada disposta em linhas e colunas de uma tabela. Esta tabela é denominada matriz e pode estar associada, em diversos contextos, a modelos matemáticos no formato de sistemas de equações lineares. A solução para estes modelo pode ser obtida por técnicas que admitem, inclusive, uma abordagem computacional, e executam operações adequadas nas matrizes associadas aos respectivos sistemas. No entanto, o papel das matrizes não se restringe apenas a um instrumento relevante para resolução dos modelos citados e, num plano mais geral, são encaradas como objetos matemáticos que possuem seus alicerces na área bem estruturada da Álgebra Linear.
O trabalho tem por finalidade relacionar os conceitos de Álgebra Linear apresentados no Ensino Médio, fundamentados na teoria clássica do estudo das matrizes, determinantes e sistemas lineares, e algumas das suas aplicações práticas nos campos de conhecimento das Ciências e das Engenharias. Interessado em preparar os alunos do ensino médio para as diversas e cada vez mais abrangentes aplicações da Matemática, o mesmo deseja estimular a formação científica, contribuindo assim, para a melhor comunicação entre a pesquisa e o ensino.
Das atividades desenvolvidas neste trabalho, Operadores Lineares de R2, Caracterização Geométrica dos Determinantes, Alocação de Tarefas, etc., destacam-se os Problemas de Programação Linear e o Método Gráfico, e o Ajuste Linear de Mínimos Quadrados, além do uso de recursos computacionais na resolução dos problemas. A utilização dos softwares Matlab, Scilab e Lindo deve-se, principalmente, a intenção de validar as soluções obtidas sem o recurso computacional.
É importante ressaltar que os resultados apontados ao final deste trabalho, a partir da modelagem de um problema de relevância local e da sua resolução, no formato de um artigo científico, não só servirão como um instrumento que permite engajar estes estudantes à pesquisa científica, mas também proporcionarão uma visão mais ampla das possibilidades de aplicações da Matemática nos problemas cotidianos.
Palavras Chaves: Matrizes, Determinantes e Sistemas Lineares.


“Fractais – uma abordagem em sala de aula com o auxílio do geogebra”

Tamires Aparecida C. Furtado1, Erick Ricardo dos S. Gonçalves1, 2Elizabeth M. de Oliveira.
1Colégio Estadual Ministro Raul Fernandes, Vassouras, RJ.
2Curso de Licenciatura em Matemática, Univ. Severino Sombra, Vassouras, RJ.
Neste trabalho, apresenta-se a fase avançada do Projeto Jovens Talentos, desenvolvido com alunos de iniciação científica da Escola Estadual Raul Fernandes localizado na cidade de Vassouras – RJ com fomento FAPERJ. O presente trabalho é uma proposta de ensino de geometria com a fundamentação teórica baseada na Geometria Fractal em um ambiente de Geometria Dinâmica amparados pelo software livre Geogebra. A ideia de estudar a Geometria Fractal se deve ao fato dela ser mais precisa para descrever a natureza do que Geometria Euclidiana, já que esta não é capaz de descrever as formas encontradas na Natureza, como as nuvens, as montanhas, as flores, as árvores etc. Assim fazendo uma abordagem sobre o estudo dos fractais como um saber científico, estudando as características, classificações e suas principais propriedades, nos possibilita entender como eles podem ser trabalhados como um saber escolar. Ao introduzirmos o estudo da Geometria Fractal na sala de aula, os alunos têm, por meio dele, a oportunidade e a capacidade de investigar tópicos da Matemática Tradicional por um novo ângulo, de fazerem conexões tanto dentro da própria Matemática e o mundo da Natureza e do Homem, e de explorarem a Matemática por caminhos não-analíticos. Desse modo serão propostas atividades para a construção dos fractais aos alunos do Projeto Jovens Talentos utilizando uma ferramenta do próprio software Geogebra que fornece um recurso de iteratividade e uma análise das peculiaridades dos diversos fractais. Contudo se permite aos alunos uma aprendizagem de conceitos da Geometria Euclidiana, da Geometria Fractal e relacioná-las com a álgebra e aritmética. Assim, ao se utilizar o software Geogebra percebe-se a facilidade para a construção de figuras geométricas e o aluno pode fazer e refazer as atividades, ao mesmo tempo em que vai internalizando os conceitos e as propriedades inerentes a cada construção. Enfim, ao observar o resultado do trabalho realizado, proporciona uma satisfação indescritível e prazerosa e o aluno pode fazer descobertas, conjecturas, explorações, investigações, contribuindo para um ensino significativo, porém também cabe ressaltar que a informática seja apenas uma das maneiras de mediar o ensino de geometria e que são necessárias reflexões sobre a prática pedagógica para superar as dificuldades de aprendizagem de geometria.
Palavras-chave: Educação Matemática, Ensino de Geometria, Geometria Fractal.

“Implantação da matemática financeira no Ensino Médio”
Luiz Filipe de Souza Matos Lopes de Castilho , Marcelo Wernec Junio , Wellington de Souza Fraga dos Santos ,Vanessa Pereira de Souza ,Luccas McCartney Demamann e Almeida 5; Profª Drª Estela Kaufman Fainguelernt6
Alunos do Projeto Jovens Talentos
6 Universidade Severino Sombra
Este projeto nasceu coordenado pelas diversas instituições do Estado e da sociedade civil, cujo objetivo é promover desde a escola básica a educação financeira tentando estender este ensino aos demais níveis da população brasileira.A disciplina Matemática Financeira até o momento só é oferecida nos cursos de graduação das universidades. Esse projeto esta sendo implantado experimentalmente em escolas estaduais do município de Vassouras. Uma das escolas selecionadas foi o Colégio Estadual Santa Rita. No Projeto eram considerados como sujeitos das pesquisas somente os alunos da segunda série do Ensino Médio. No segundo semestre de 2010, na escola citada acima foi escolhida a turma 2003. Dois alunos dessa turma foram selecionados para participar do Projeto Jovens Talentos da Universidade Severino Sombra- USS, e escolheram o tema de pesquisa: Matemática Financeira. Foram distribuídos livros para todos os alunos da turma escolhida. O Banco Mundial financiou e publicou o livro EDUCACÃO FINACEIRA NAS ESCOLAS - Ensino Médio. Na Apresentação do livro distribuído aos alunos, esta como um dos objetivos: “Tal estratégia tem os objetivos de promover e fomentar a cultura da educação financeira no país, ampliar a compreensão do cidadão, para que seja capaz de fazer escolhas conscientes quanto à administração de seus recursos, e contribuir para a eficiência e solidez dos mercados financeiros, de capitais, de seguros, de previdência e de capitalização”. Como exemplo de atividade proposta neste projeto, apresentaremos uma delas a seguir: Elaborar o orçamento de uma família que constava de um casal mais dois filhos em idade escolar e moravam em casa alugada. O salário do pai eram dois salários mínimos e a mãe não trabalhava. Ouve um debate sobre o que significava orçamento familiar, foram simulados orçamentos familiares onde foram trabalhadas despesas fixas variáveis e inesperadas. Inicialmente foram consideradas as seguintes despesas como fixas: Luz, água, gás, alimentação, aluguel mais condomínio. Despesas variáveis: Roupas, calcados, lanche, cinema, condução e etc. Despesas inesperadas: Hospital, remédios, etc. Despesas supérfluas: vestimentas da moda, compra de objetos não necessários, entre outros.Após a realização da atividade os alunos compararam as despesas com as realizadas em suas próprias casas durante um mês e identificaram, por exemplo, desperdício de luz e água acarretando uma conta alta. Com a conscientização desses fatos conseguiram diminuir as despesas fixas o que acarretou uma pequena economia, que foi colocada em uma poupança.
Palavras-chave: Matemática Financeira, economia, cidadania.
Área de Atuação: Educação Matemática
“Lógica matemática utilizando triângulos e quadrados mágicos”
Luana Daniel da Silva1, Rafaela Oliveira da Silva Maltez1, Júlio César Da Silva2
1 Instituto de Educação Thiago Costa, Vassouras-RJ
2 Universidade Severino Sombra, Vassouras-RJ
Algumas pesquisas desenvolvidas no campo de Matemática têm a finalidade de estimular o raciocínio lógico, com o intuito de auxiliar na construção do conhecimento. Com o intuito de proporcionar esta construção do conhecimento foram desenvolvidas atividades com quadrados e triângulos mágicos em sala de aula com alunos do ensino fundamental. Alem disso, alguns exemplos das olimpíadas de Matemática e de Informática foram utilizados a fim de auxiliar no processo de ensino-aprendizagem de lógica Matemática. Com o decorrer das aulas, criamos várias atividades como base em quadrados e triângulos mágicos, para testar o nível de raciocínio lógico nas atividades desenvolvidas. Estamos aplicando tais atividades desenvolvidas no Colégio de Aplicação da Universidade Severino Sombra (CAp / USS). Antes de tudo o aluno deverá primeiro estar interessado nos conhecimentos lógicos de Matemática, para obter um bom desempenho, com isso propõe aos alunos alguns jogos que exigem raciocínio lógico, aumentando a motivação deste para participar das tarefas propostas. As atividades foram desenvolvidas utilizando os quadrados e triângulos mágicos, com círculos nos vértices e na mediana de cada lado, em nível crescente de dificuldade, da seguinte forma: (i) Preencher os círculos usando números de 0 a 5 de forma que a soma de cada lado seja igual a 7; (ii) Preencher os círculos usando números de 0 a 5 de forma que a soma de cada lado seja igual a 8; (iii) Preencher os círculos usando números de 0 a 5 de forma que a soma de cada lado seja igual 9; (iv) Preencher os círculos usando números de 0 a 6 de forma que a soma de cada lado seja igual a 10. Por fim, estamos desenvolvendo um instrumento de medida para avaliar os alunos, baseado na forma como estes desenvolvem as atividades propostas. Um estágio posterior a este trabalho será a utilização de animações para auxiliar na compreensão e correta solução dos problemas propostos.
Palavras-chave: Lógica, Matemática, Triângulos, Quadrados, Mágicos



“A Trigonometria: ontem e hoje”
Amanda da Silva Sant'Anna1;Andreza Vital de Almeida1 ;Wanderson Daniel de Miranda1;Bruno Batalha Carvana do Valle1; Gustavo Aguiar Santiago1;Lucia Maria Aversa Villela2

1 Bolsistas JT da USS
2 Universidade Severino Soimbra
Trata-se de uma pesquisa em História da Educação Matemática, que foca como vem se processando o ensino das noções de Trigonometria em alguns livros didáticos produzidos no período de 1970 a 2010. Objetiva não só mostrar o quanto e como a cultura escolar muda através do tempo, como desenvolver habilidades de estudos consultando livros didáticos.
Para a XIII Jornada dos Jovens Talentos, da FAPERJ, trazemos uma pesquisa em História da Educação Matemática, que foca como tem se processado o ensino das noções de Trigonometria em alguns livros didáticos produzidos no período de 1970 a 2010. De posse da base teórico-metodológica da História Cultural, mais particularmente pautados em Choppin (2004), analisamos doze exemplares de livros didáticos que atendem ao período destacado: quatro do atual nono ano do Ensino Fundamental, quatro de primeira e quatro de segunda série do Ensino Médio. Objetiva não só mostrar o quanto e como a cultura escolar muda através do tempo, incluindo-se tópicos abordados, recursos gráficos e metodologias, como desenvolver habilidades de estudos, consultando livros didáticos. Atuamos em resposta à necessidade do grupo, alunos da Rede Estadual de Educação do Rio de Janeiro, cuja Secretaria de Educação recentemente fez adaptações na proposta curricular da rede. Isto deixou evidências de que os alunos componentes da equipe, cursistas de segunda ou terceira série do Ensino Médio, ficariam com alguns conteúdos de Matemática a descoberto. Visando sempre o trabalho com os conceitos trigonométricos, cruzamos o que encontramos nos referidos livros com documentos tais como os descritores propostos para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), as Propostas Curriculares do Novo Ensino Médio (PCNEM) e possíveis programas dos exames vestibulares de instituições públicas. Concluímos que a cultura escolar muda e, por conseguinte a escola muda. Nessas mudanças há enfoques que são abandonados ou tornados mais “práticos”, embora com isso tenha-se perdido algo que contribuiria em muito à construção de conceitos.
Palavras-chave: História da Educação Matemática, Cultura Escolar, Trigonometria, Livros Didáticos de 1970 a 2010.





















MEIO AMBIENTE



“Mapeamento das ações municipais de tratamento de esgoto sanitário e da coleta seletiva de lixo: em busca de uma maior qualidade de vida”
Acácio Bastos Dias1, Cilimar Azeredo Pereira Filho2, Michelle Pinheiro Dias2, Juliana da Silva3, Maria Helena de Souza Curti3, Rosane Chaves Cavalcante Guinatios3, Veronica Terra Clima3, Maria Goretti Andrade Rodrigues3, Roman Goldenzweig3
1Escola Estadual Almirante Barão de Tefée – Santo Antônio de Pádua - RJ
2Escola Municipal João Maurício Brum – Santo Antônio de Pádua - RJ.
3Instituto do Noroeste Fluminense de Educação Superior – UFF.
O Plano Diretor é um documento que tem como função direcionar a política urbana e a gestão do território. Trabalhando com pesquisa documental no projeto, nos deparamos com essa importante ferramenta de trabalho para análise da dimensão da ecologia humana no município de Santo Antônio de Pádua. Estudamos as partes relacionadas a meio ambiente e saneamento do plano diretor e bibliografia que discute tal plano. Nessa pesquisa, o objetivo principal foi introduzir a discussão de conceitos relacionados à política pública com alunos do ensino médio e graduandos de pedagogia, como controle social, plano diretor, política local de meio ambiente, noção de território, entre outros, para possibilitar a vivência de trabalho intersetorial universidade-prefeitura-escola com a finalidade de exercitarem o lugar de atores sociais participativos. Nossa proposta inicial de mapeamento dos impactos ambientais no destino do lixo foi substituída pelo mapeamento das ações realizadas a partir do termo de ajustamento de conduta na política municipal de meio ambiente. O problema do esgoto traz vários problemas nocivos à saúde e ao bem estar da população, não encarar esse problema com seriedade é uma ação criminosa. Como resultados da pesquisa, descobrimos que o atual governo municipal se compromete com a questão ambiental visando a saúde e o bem estar do munícipe no referido termo de ajustamento de conduta, e apresenta plano para o desenvolvimento de ações no que se refere ao tratamento de esgoto sanitário do município bem como à coleta de lixo seletiva. O programa de educação ambiental relacionado ao saneamento sanitário do município em escolas públicas, que envolve a maior parte dos jovens e adolescentes na conscientização do programa de tratamento de esgoto do município, é uma das ações que tem caminhado a contento.
Palavras-chave: plano diretor; meio ambiente; saneamento básico.



“Poluição atmosférica gerada pelo sistema de transporte brasileiro”
Rafaella Nogueira de Brito1, Marcelo Silva Sthel2

1 Colégio Estadual São Francisco de Paula
2 Universidade Estadual Norte Fluminense (UENF)
A poluição atmosférica consiste em uma das mais graves ameaças à sociedade moderna. A extensão das consequências advindas com as diferentes formas de poluição atmosférica varia da escala local à global, tendo profundos impactos sobre o clima, o ambiente e a saúde humana. Fenômenos como aquecimento global, formação de smog fotoquímico, chuva ácida e depleção da camada de ozônio estratosférico estão fortemente relacionados com o aumento das concentrações na atmosfera de certas espécies gasosas. Neste trabalho foi utilizada as técnicas eletroquímicas para avaliar as emissões de gases poluentes proveniente da exaustão de veículos movidos a gasolina, álcool e diesel. Foram detectados os gases, tais como CO, NO, NO2 e SO2 que são gases poluentes agressivos a saúde humana e produtores de chuva ácida. As técnicas eletroquímicas constituem poderosas ferramentas na detecção de espécies gasosas, especialmente por causa de algumas características vantajosas como a elevada sensibilidade das determinações, portabilidade, facilidade de automação, possibilidade de miniaturização e baixo custo. As mesmas permitiram a detecções dos gases citados acima na faixa de ppmv.
Palavras-chave: Poluição, atmosférica, transporte, brasileiro



“Energia em evolução: uma proposta tecnológica a favor da sustentabilidade”
José Junior Guimarães de Sousa¹ Vitor Melo Erse Cyrino²; Msc. Adriano Henrique Ferrarez; Msc. Sandra Maria Gomes de Azevedo

¹ Colégio Estadual Deodato Linhares/Miracema
² IFF – Itaperuna
³ FAETEC - CVT Miracema

A energia elétrica foi uma das maiores descobertas tecnológicas da história da humanidade e este recurso vem sendo muito utilizado na atualidade, pois supre muitas necessidades do ser humano. Este projeto tem como base despertar o interesse sobre o tema energia e mostrar que a implantação e utilização de fontes renováveis podem trazer mais benefícios à sociedade e auxiliar na conservação do meio ambiente. Também buscamos esclarecer os diferentes tipos de energias alternativas que estão sendo utilizadas no estado do Rio de Janeiro, em outros estados do Brasil e em outros países. Analisamos como é distribuída a energia no município de Miracema (RJ) por meio de pesquisas, entrevistas, fotografias e outros métodos investigativos e verificamos diferentes locais onde são utilizadas energia solar e outras fontes renováveis. Buscamos focalizar na pesquisa os tipos de energia mais utilizadas como a eólica, solar, nuclear e hidráulica e apresentamos outras fontes de energia limpa, que são aquelas que não liberam ou liberam poucos gases ou resíduos que contribuem para o aquecimento global e que poderiam ser utilizadas em maior escala. Atualmente, 74% da energia consumida no Brasil provêm das usinas hidrelétricas, instaladas em diversos rios do Brasil. Já os combustíveis fósseis (derivados de petróleo e gás) são responsáveis por apenas 6% da produção de energia elétrica do país. O projeto alerta ainda para as conseqüências da má utilização da energia elétrica e os danos que pode causar ao meio ambiente. Esperamos contribuir para o desenvolvimento de uma consciência mais sustentável, estimulando o uso da energia associada à preservação do planeta, objetivando melhor qualidade de vida para todos nós, cidadãos.
Palavras–Chave: Energia; Fontes renováveis; Meio ambiente; Desenvolvimento sustentável



“Desmatamento e biodiversidade: em busca do racionalismo ambiental e cultural.”
Lucas Campos Crisostomo¹, Rodolfo Gomes Araujo1; Sandra Maria Gomes de Azevedo2
¹ Colégio Estadual Deodato Linhares
² FAETEC CVT- Miracema

Um dos grandes problemas que o homem vem enfrentando nas últimas décadas é o desmatamento. A ganância de uma minoria faz com que os recursos naturais se tornem cada vez mais escassos e isso ameaça diversas formas de vida no planeta. As florestas vêm perdendo cada vez mais espaço e vão sendo dizimadas aos poucos, diversas espécies perderam seu habitat natural e são obrigadas a disputar espaço com o homem dentro das cidades. Segundo Genebaldo Freire Dias (2002) “O ambiente, em vez de ser visto como fonte de vida, era visto apenas como recurso a ser explorado cada vez mais intensamente.” A exploração descontrolada dos recursos naturais traz sérios problemas como alterações climáticas e perdas irreparáveis para a biodiversidade genética de diversos ecossistemas. Várias atividades essenciais para a manutenção da vida humana estão ligadas ao desmatamento; a agricultura e a pecuária são exemplos dessa afirmativa, afinal, seria inviável economicamente falando, proibir esses tipos de atividades que são tão lucrativas para nossa economia. Mas é possível conciliar o investimento agropecuário com a preservação ambiental? A resposta é sim, e um exemplo disso é a Fazenda Santa Inês, situada na zona rural de Paraíso do Tobias, distrito de Miracema, que tem uma enorme importância cultural, pois mantém em sua arquitetura, traços do Brasil do século XIX, um período em que nossa economia era regida pelos grandes cafeeiros. Além dos ideais de preservação cultural, o advogado e proprietário da fazenda, Dr. Roberto Monteiro Coimbra Lopes herdou do pai, o Capitão Antônio Ventura Lopes, os ideais de preservação ambiental e mantêm em seus quase 1000 hectares de fazenda, diversas espécies de plantas e animais. Durante nossas visitações a fazenda, pudemos perceber que é possível conciliar preservação ambiental com atividades agropecuárias, desde que o proprietário use suas terras de forma racional e ética. Convém ressaltar que o nosso trabalho identifica espaços e ações ambientais, estabelecendo um contraponto entre o real e o possível.

Palavras-chave: Desmatamento, Agropecuária, Preservação ambiental.

“Empreendedorismo e divulgação de pedras ornamentais: uma questão econômica e ambiental”
Jessica Soares de Paula¹, Túlio da Silva Resende²; Msc. Sandra Maria Gomes de Azevedo
¹ Colégio Estadual Deodato Linhares
² FAETEC-CVT Miracema /
O Brasil é um dos maiores produtores de rochas ornamentais do mundo, fato desconhecido pela maioria da população. Trazendo isso a nossa realidade, a região Noroeste Fluminense tem grande potencial na extração, produção e utilização de rochas ornamentais. Esse recurso é extraído em nossas pedreiras, muitas vezes de forma inadequada, com a utilização equivocada de dinamites, promovendo uma quantidade muito grande de descarte de resíduos que passam a poluir o ambiente, afetando rios, plantações e comprometendo a saúde da população. A partir de nossas observações foi possível identificar uma grande quantidade de pessoas que vivem economicamente desse tipo de atividade, por outro lado a forma através da qual essas rochas são retiradas colocam em risco a integridade física desses trabalhadores, uma vez que esse trabalho é realizado sem qualquer tipo de proteção. Muitas vezes as pedreiras até possuem os equipamentos de proteção, mas a grande maioria dos funcionários resiste em utilizá-los por acharem incomodo na realização das tarefas. Em 2001 a professora Mestre Sandra Azevedo realizou uma pesquisa na FAETEC – Santo Antônio de Pádua/RJ – junto aos alunos do normal superior que culminou em 2003 com uma monografia de especialização na Fiocruz, e um curso de Educação Ambiental para trabalhadores e donos de pedreiras além da inauguração de uma Pedreira Escola em Santo Antônio de Pádua, que com a mudança da política no município o equipamento de alta tecnologia encontra-se semi-utilizado. Na época aconteceu também um seminário com a participação de um grupo de profissionais vindos da Itália para apresentar a forma adequada da retirada dos blocos através do uso do fio diamantado que trás um dano muito menor ao meio ambiente, mas que gera outro problema: é muito dispendioso. Se por um lado a retirada das rochas trás um problema social: o desemprego. Há de se conciliar ações que possam equilibrar essa situação. O nosso objetivo, além de divulgar a atividade promovida por esse tipo de mineral é fazer uma releitura de todo trabalho iniciado há 10 anos, verificando que ações foram desenvolvidas a partir desse projeto inicial.
PALAVRAS-CHAVE: Rochas Ornamentais; Economia; Segurança; Educação.


“O estudo das emanações e radiações naturais do solo: do Empirismo à Ciência”
Matheus Gonçalves Gussani Gabry1, Patrick Soares1, Drª Ana Lúcia Lima da Costa2, João Leitão3, José Viana3, Pedro Santos3.
1 FAETEC/ Secretaria Municipal de Educação de Miracema/Departamento de Cultura 1 C.E. Deodato Linhares
2 Orientadora/Departamento de Cultura de Miracema.
3 Equipe de Terapeutas Naturais


A Terra é um ser vivo e, como tal, emana uma série de energias próprias a partir do seu centro subindo verticalmente à superfície. Por outro lado, o campo magnético a volta da Terra é cortado por linhas de força de alto poder vibracional na direção dos pontos cardeais. Então, há energia sendo emanada do centro do planeta e chegando até a superfície vinda de fora dele. A Radiestesia entende que vivemos em um universo energético e que esse campo possui graus diferentes. Quando um ambiente possui fortes energias e ficamos ali por muito tempo podemos absorver tais vibrações. Essa energia pode ser identificada e medida através de instrumentos como o pêndulo. A partir de 1970, surgiu uma nova ciência que se preocupou em estudar as diferentes relações entre o meio e a saúde dos seres vivos: a geobiologia. Essa ciência busca a geração da Casa Saudável, com enfoque nos efeitos positivos sobre o bem estar e a qualidade de vida dos habitantes, considerando que toda construção é um ser vivo e que como nós tem características anatômicas e fisiológicas que conferem características saudáveis ou não ao ambiente.
Palavras-chave: energia, radiestesia, geobiologia, qualidade de vida

“Fuga de energia e seus embates:
o caso Miracema”

Matheus Gomes Botagio Dias1, Lucas Tuzze de Oliveira1, Drª Ana Lúcia Lima da Costa2, João Leitão3, José Viana3, Pedro Santos3.
1 FAETEC/ Secretaria Municipal de Educação de Miracema/Departamento de Cultura
1 C.E. Deodato Linhares
2 Orientadora/ Departamento de Cultura de Miracema.
3 Equipe de Terapeutas Naturais


O campo magnético formado à volta do globo terrestre é cortado por linhas de força em forma de rede de alto poder. Os cruzamentos dessas linhas potencializam a força e são prejudiciais à saúde dos organismos vivos quando ficam expostos a ela por muito tempo e o efeito nocivo pode ser aumentado se esses cruzamentos estiverem situados sobre falhas geológicas ou água subterrânea. Esse aporte teórico serviu de base à pesquisa de campo empreendida nesse trabalho sobre a cidade de Miracema, no interior do Estado do Rio de Janeiro. Com auxílio do Grupo de Terapia Natural foi verificado o espaço físico da cidade que sofre de muitos males de origem física e psicológica. Identificados os pontos geopatogênicos passamos aos estudos dos métodos de harmonização de energias como o Feng Shui, o uso de pedras e outros objetos com poder harmonizador a fim de colocarmos em prática os estudos teóricos e garantir maior qualidade de vida aos miracemenses.
Palavras-chave: energia, harmonização, Miracema, qualidade de vida


“Subprojeto Caminho das águas de Pádua-RJ”
Thais das Graças Sanches; Thaynara da Silva Ferreira; Kátia Maria Ferraz Delgado; Michaela Souza Santos; Ariele Rocha Freitas; Luana Mota Kort Kamp; Gabriel Antunes Leal Miguel Chiapin; Marcelle Souza Pereira; Anne Elias Resende; Bruna Gama Ferraz; Paulla Cunha Camacho;Célia Maria Lira Jannuzzi1, Vitor Manoel Rodrigues do Nascimento1, Dácio Vivas de Castro Neto2
1 Departamento de Educação Matemática – Instituto do Noroeste Fluminense de Educação Superior da Universidade Federal Fluminense (GEM / INFES / UFF).
2 Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal Fluminense (PROEX / UFF)

Santo Antônio de Pádua é uma cidade da Região Noroeste Fluminense, que tem sua economia fortemente baseada na extração mineral, sendo conhecida atualmente com a “Cidade das Rochas”. Contudo, ela já foi uma estância hidromineral, possuindo águas cuja composição química e a raridade das mesmas a tornou conhecida nacional e internacionalmente. Quatro dessas fontes tiveram uma produção comercial: a Pajé, a Farol, a Iodetada (única na América Latina) e a Solu (naturalmente gasosa). A atividade de explotação das águas entrou em decadência e em 1984 a cidade teve o título de estância revogado por decreto estadual.
Pádua conta atualmente com cerca de 40.000 habitantes e foi construída na planície de inundação do Rio Pomba, que abastece a mesma através de uma concessionária local. Este rio tem sido alvo ao longo dos anos de ações que resultam na poluição do mesmo, como despejo de esgoto in natura, lixo, e de contaminação por efluentes industriais provenientes de outros locais com foi o caso dos arrombamentos dos diques da indústria Cataguazes em Minas Gerais.
Ao perceber o estado de degradação do rio, a população recorre imediatamente as fontes de águas subterrâneas, conhecidas como “biquinhas”. Essas ocorrências são condicionadas pela geologia local, constituída por rochas metamórficas denominadas de gnaisses miloníticos, com cerca de 500 milhões de anos, em cujos planos de foliação e fraturas, se alojam as águas das precipitações (aquíferos fraturados ou fissurais), um dos elementos importantes da geodiversidade local. Contudo, até o início deste trabalho, não havia um conhecimento sobre a quantidade, localização e características dessas águas que vem sendo consumidas por boa parte da população, mesmo fora daquelas condições impróprias do rio.
Este trabalho pretende resgatar um passado onde as águas de Pádua tinham grande importância para o município, para isso iniciou-se no âmbito desse subprojeto um inventário das ocorrências mais utilizadas pela população. A metodologia consistiu de quantificação e localização com uso de GPS, descrição das condições de cada local e entrevistas para obtenção de históricos das fontes. Os bolsistas do Projeto Jovens Talentos receberam conhecimentos acerca de geologia, águas subterrâneas, legislação ambiental, geoconservação, entre outros. A fase seguinte são as coletas para análises químicas e microbiológicas. Parte das análises químicas foi realizada no âmbito de uma trabalho de conclusão de curso (TCC) do curso de Geologia da UFRRJ, com a participação ativa dos Jovens Talentos. As biológicas estão em fase de execução. Assim, espera-se reunir as diversas informações e em conjunto com a Prefeitura local elaborar um roteiro geoturístico (o Caminho das Águas de Pádua) onde a população e os visitantes terão acesso as a informações obtidas, para que todos saibam as características das águas que são consumidas. O final desse trabalho deverá ser concluído com a implantação do Museu das Águas de Pádua, local que abrigará todas as informações sobre as diversas ocorrências e se constituirá em um centro de divulgação científica, visitação geoturística e memória para o município.
Palavras-chaves: caminho das águas; Pádua; roteiro geoturístico, geodiversidade, Museu das Água.














MICROBIOLOGIA

“Avaliação da qualidade microbiológica da água para consumo humano do campus Nilo Peçanha - Pinheiral do IFRJ”
Vanessa Ferreira Soares1, Raiane F. Rosa1, Thainara Sousa Martins2, Gracielle Policarpo de Assis2, Allana de Sousa Izidório³, Cristiane Melo Silva de Oliveira4

1 CIEP Dom Martinho Schlude - Pinheiral
2 Campus Pinheiral - IFRJ.
3Colaborador - Servidor técnico-administrativo do Campus Nilo Peçanha - Pinheiral - IFRJ.
4Orientador - Professor\Servidor do Campus Nilo Peçanha - Pinheiral - IFRJ.

A água potável não deve conter microorganismos patogênicos e deve estar livre de bactérias indicadoras de contaminação fecal. Os indicadores de contaminação fecal, tradicionalmente aceitos, pertencem a um grupo de bactérias denominadas coliformes, sendo o principal representante desse grupo a Escherichia coli. O objetivo do estudo foi avaliar a qualidade microbiológica da água para consumo humano, captada do Ribeirão Cachimbal e posteriormente tratada na ETA (Estação de Tratamento de Água) dentro do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro – Campus Nilo Peçanha – Pinheiral, quanto à determinação/contagem de bactérias heterotróficas e pesquisa de coliformes totais e fecais. Foram analisadas amostras em vários pontos de distribuição, sendo que cada amostra de 100 ml foi analisada em triplicata e foram feitos testes que determinam a presença ou ausência de coliformes totais e fecais, através de substrato cromogênico, o Colilert, a contagem de bactérias heterotróficas através do método contagem padrão em placas, com Ágar Padrão para Contagem (PCA). Os resultados obtidos foram satisfatórios, de com a legislação que estabelece os padrões de potabilidade, com exceção de um dos bebedouros que necessitou ser higienizado, sendo posteriormente confirmada a eficiência da limpeza através de nova análise.
Palavras chave: Água, Escherichia coli, Coliformes.




“Detectando bolores e leveduras em alimentos”
Raquel Soares de Moraes¹, Paula Aparecida Martins Borges Bastos²

¹ Instituto Federal Fluminense - campus Bom Jesus do Itabapoana;
² Laboratório de Microbiologia de alimentos/IFF – campus Bom Jesus do Itabapoana.

Os fungos são seres heterótrofos que se nutrem por absorção dos alimentos, podendo ser saprófitos, parasitas ou ainda viver em mutualismo. Por gostarem de ambientes úmidos e relativamente ácidos, e com condições de temperatura próximas à temperatura ambiente, muitas espécies de fungos fazem dos alimentos um ambiente ideal para seu crescimento, podendo causar perdas nutritivas nestes ou intoxicações nos consumidores. O projeto teve como objetivo saber quando ocorrem os fungos, identificando, quando possível, os gêneros presentes em cada um dos seguintes alimentos: milho em grão, café em grão, amendoim cru e japonês, iogurte e orégano. Esses dados podem identificar falhas na condução de atividades pós-colheita e em processamentos posteriores. Foram utilizadas placas de petri esterilizadas com meio de cultura Agar Batata Dextrosado (comum ou acidificado), indicado para contagem de bolores e leveduras. As análises com grãos foram feitas com o método de superfície, onde os grãos eram colocados imediatamente sobre o meio após passarem por uma limpeza em solução clorada por dois minutos. No caso do iogurte foram feitas as devidas diluições (-1; -2 e -3), com pipetas esterilizadas e solução salina peptonada. Eram feitas em média duas placas para cada tipo diferente de amostra. As placas eram colocadas na estufa por sete dias em temperaturas entre 25 e 27o C. Após esse tempo as colônias foram fotografadas e comparadas com as descritas na literatura científica. Foi constatada presença de fungos em todas as análises. No milho foram encontrados basicamente os gêneros Mucor, Penicillium e Aspegillus. No amendoim houve crescimento do gênero Aspergillus no tipo japonês, no cru também houve presença do gênero Penicillium. No iogurte ocorreram principalmente leveduras, altamente encontradas pelas condições favoráveis. Já no café uma maior variedade de gêneros estava presente, pois nele podem ocorrer além de Penicillium e Aspergillus, também o gênero Fusarium. O orégano contou com colônias de levedura, e algumas do gênero Penicillium. O gênero Aspergillus deve ser evitado, pois sua espécie A. flavus produz uma perigosa micotoxina, causadora de intoxicações.
Palavras-chave: fungos; milho; iogurte; amendoim; café



“O leite e a riqueza microbiana”

Lorena Assis de Oliveira1 Paula Aparecida Martins Borges Bastos2

1 C. E. Euclides Feliciano Tardin– Bom Jesus do Itabapoana
2 Instituto Federal Fluminense - Campus Bom Jesus do Itabapoana

O leite é um alimento rico em proteínas de alto valor biológico e várias vitaminas. Estes nutrientes contribuem para o desenvolvimento de crianças e adolescentes, sendo também consumido em todas as idades. O objetivo desse trabalho foi analisar a microbiota e a qualidade do leite cru estocado no tanque de expansão do IFF Campus Bom Jesus. Foram analisados microoganismos aeróbicos mesófilos em 15 amostras de leite cru. O leite foi retirado do Tanque de Expansão do IFF- Campus Bom Jesus com os devidos processos de higienização, e transportado de imediato em caixa isotérmica ao laboratório. Fez-se a primeira diluição (10-1) a partir de 1 mL do leite cru em 9 mL de Solução Salina Peptonada (SSP), sempre perto do bico de Bunsen. A partir desta diluição (10-1), fizeram-se as próximas (10-2; 10-3). Para o cultivo de mesófilos o meio de cultura usado foi o Agar Padrão para Contagem (APC) através da técnica de profundidade. Após a mistura do Agar com a diluição, esperou-se sua solidificação. Após incubação em estufa com temperatura de 35°C a 37°C por 48 horas, foi feita a contagem, para obter resultado em Unidade Formadora de Colônia por mL do leite. Algumas colônias com aspectos diferenciados foram selecionadas. A partir dessas colônias foi feito esfregaço e em seguida realizada a coloração de Gram. As contagens de mesófilo do leite analisado variaram de 2,9x103 a 1,0x105 UFC/mL estando todas dentro dos padrões estabelecidos pela Instrução Normativa nº 51 que define a padronização do leite cru. Em relação às colônias, observou-se que os resultados mais freqüentes com relação às características macroscópicas foram colônias arredondadas, variando entre amareladas, brancas e/ou leitosas, as bordas eram definidas ou espraiadas, não havendo relação entre as cores da colônia e suas formas. Observando-se ao microscópio, as características morfo-tintoriais foram bastante variadas. Apenas em duas amostras as colônias selecionadas foram exclusivamente bastonetes. Nas demais se encontrou colônias tanto de cocos quanto de bastonetes. A relação entre aspecto da colônia e característica da bactéria não pode ser confirmada nesse estudo. Quanto à coloração, apenas em uma amostra as colônias selecionadas foram de bactérias exclusivamente Gram positiva. As demais amostras apresentaram os dois tipos de Gram. O tamanho das bactérias observadas também foi muito variável, o que pode indicar a grande diversidade de microorganismos presentes no leite. A pesquisa confirma, assim, que o leite é um alimento riquíssimo em microorganismos, o que pode ser explicado, em parte, por seu alto conteúdo de nutrientes.

Palavras chave: Leite cru, Técnica de profundidade, mesófilos, características morfo-tintoriais

“Avaliação da acidez e da contagem bacteriana total do leite mantido sem resfriamento”
Guilherme Mendonça Lepre1, Thais Romano de Vasconcelos e Almeida1, Paula Aparecida Martins Borges Bastos1, Abner Luiz Castelão Campos da Fonseca1, Daniel da Fonseca Roseira Vargas1
1Campus Bom Jesus do Itabapoana/Instituto Federal Fluminense – RJ

A qualidade do leite é de extrema importância, para as indústrias, produtores e consumidores, sendo definida através de suas características sensoriais e composição físico-químico. O controle das características físico-químicos do leite tem como objetivo principal estabelecer bases para o pagamento do produto (leite), e apurar possíveis fraudes (adição de água, leite desnatado, amido ou urina). O produtor deve seguir todas as normas vigentes, desde o manejo com as vacas em lactação até a entrega do leite, seja respeitando o período de carência de medicamentos, trabalhando com higiene ou não alterando o estado natural do leite. A avaliação da acidez é indicativa de adequada higiene do leite, sua conservação após a ordenha e baixa contagem de microorganismos. No presente trabalho foram coletadas amostras quinzenais do leite imediatamente após a ordenha da manhã, manual e mecanicamente, sendo o leite mantido sem resfriamento, em local sem incidência de sol, nas quais foram realizadas o teste do alizarol e determinados o pH, a acidez titulável (Dornic), densidade e contagem bacteriana total. Na primeira fase do estudo as análises foram realizadas nos tempos 0, 2 e 4 horas após a ordenha, e na segunda fase, nos tempos 0, 4 e 8 horas após a ordenha. Observou-se que o leite apresentou-se normal no teste de alizarol, bem como apresentou-se com pH e acidez Dornic dentro dos padrões vigentes, até 8 horas após a ordenha, independente do tipo de ordenha, em temperatura média de 24,7oC. No entanto, a contagem bacteriana total do leite apresentou correlação positiva com o tempo após a ordenha, aumentando significativamente e em maior proporção na ordenha manual. Tais resultados evidenciaram a importância do resfriamento do leite após a ordenha e do tipo de ordenha na qualidade final do produto.
Palavras-chave: análise físico-química; contagem bacteriana total; qualidade do leite

















MUSEOLOGIA



“Para manter a memória viva: entrevistando professores, alunos e funcionários do Colégio Rio Branco”
Laís Barros de Oliveira1; Renan Torres da Silva Pereira1; Paula Aparecida Martins Borges Bastos2
1 Colégio Estadual Euclides Feliciano Tardin – Bom Jesus do Itabapoana - RJ
2 Campus Bom Jesus do Itabapoana / Instituto Federal Fluminense – Bom Jesus do Itabapoana - RJ

A memória oral merece destaque no processo de reconstrução do passado e através da junção dos relatos de cada indivíduo é possível conhecer o passado de um grupo. Esse é o caso de alguns museus que buscam preservar a história de grupos sociais específicos, como por exemplo, os grupos escolares. Em Bom Jesus do Itabapoana, isso pode ser observado através do Espaço Cultural Luciano Bastos (ECLB), que usou as lembranças do período escolar do Colégio Rio Branco, para transformá-las em museu, visando preservar essas memórias. Pretendeu-se com o presente trabalho apontar, através de entrevistas, as experiências escolares de alunos, professores e funcionários que passaram pelo Colégio Rio Branco da cidade de Bom Jesus do Itabapoana. Estabeleceu-se para as entrevistas um questionário seguindo um roteiro com uma introdução identificando o entrevistado, um desenvolvimento relatando a trajetória escolar e uma conclusão apontando observações sobre o assunto. Foram estipulados três tipos de entrevistas: a primeira em que foram formuladas uma série de perguntas ao entrevistado que por sua vez passou as respostas para o papel; outra em que as respostas colhidas foram transcritas pelo próprio entrevistador; e por fim a entrevista filmada, que foi desenvolvida por meio de gravações em uma câmera digital profissional. Após este processo estas entrevistas passaram a compor o Arquivo sobre a memória escolar no Espaço Cultural Luciano Bastos. Foram entrevistadas 30 pessoas. Seis dessas entrevistas foram filmadas e vinte e quatro escritas. O período em que essas pessoas estudaram no Colégio Rio Branco abrange desde 1950 indo até 2003. Cada indivíduo enaltece algumas de suas melhores lembranças da vida escolar, sendo possível observar que o momento destacado, seja do aluno, do professor ou do funcionário é para eles inesquecível, pois se trata de uma fase que foi especial na vida destas pessoas. Muitos dos entrevistados destacam também as relações entre os professores e os alunos, a qualidade de ensino que era transmitida pelo Colégio Rio Branco, a amizade entre os colegas, e as características mais marcantes da classe. Como foi um Colégio que atendeu grande parte da população bonjesuense durante décadas, observa-se a importância de manter e preservar as lembranças, pois é através delas que a memória se torna viva no cotidiano.
Palavras-chave: memória escolar; memória oral; Espaço Cultural Luciano Bastos; museu

“Fotos que contam História"
Thais Cerqueira Faria1; Claudia Pereira Moutinho1; Paula Aparecida Martins Borges Bastos2
1 Colégio Estadual Euclides Feliciano Tardin – Bom Jesus do Itabapoana
2 Campus Bom Jesus do Itabapoana / Instituto Federal Fluminense – Bom Jesus do Itabapoana - RJ

A fotografia compõe um excelente acervo de museus, pois suas imagens podem revelar fatos passados, e ajudam a compor a história que se pretende preservar. Em Bom Jesus, existiu um colégio chamado Rio Branco, que funcionou de 1920 a 2010. Era uma escola antiga e cheia de histórias, pois o ex-diretor do colégio, o senhor Luciano Bastos guardou durante anos, muitos documentos referentes à região, dentre os quais muitas fotos. Em sua homenagem o antigo prédio escolar transformou-se em Espaço Cultural Luciano Bastos (ECLB), incluindo todo seu acervo documental e mobiliário. O presente trabalho teve por objetivo a digitalização de fotografias que compõem o acervo museológico do Espaço Cultural Luciano Bastos. Para fazer esse trabalho foram digitalizadas fotos utilizando a câmera de modelo Sony, DSC – HX1 com 9.1 megapixieis. Com a digitalização, parte delas foi utilizada para a montagem de um slide a ser usado em uma sala de exposição do ECLB. Observou–se que as fotos originais do acervo encontram-se bem preservadas. Estima-se que haja aproximadamente 10 mil fotos. Dessas foram digitalizadas 446 fotografias, sendo utilizadas 136 delas para a montagem do slide. O slide está fazendo parte de uma das salas de exposição da memória escolar do Colégio Rio Branco no Espaço Cultural Luciano Bastos, onde deu-se ênfase à lembrança escolar através de fotos. Durante a inauguração do ECLB e em visitas de ex-alunos, muitos se emocionaram quando observaram suas fotos expostas na sala de exposição. São fotos de alunos em sala de aula, em desfiles escolares, formaturas e até de alguns lugares da cidade, que abrangem um longo período, indo desde a década de 20 até o início de 2000. A fotografia é de grande ajuda, quando se trata de uma restauração da memória social e local, sendo uma excelente ferramenta para restauração desse passado, por isso sua importância. É essencial o conhecimento do nosso passado, para se ter uma resposta para o presente e para o futuro.
Palavras-chave: fotografia; Espaço Cultural Luciano Bastos; memória; museu


MÚSICA

“Papéis das mulheres na música: reprodução da dominação masculina, ou ruptura para atingir a igualdade?”
Ana Paula da Silva Lima1, Ana Carolina da Silva Vieira2, Arícia de Souza Vidal3, Betina Lima da Costa1, Dallila Carlos de Souza4, Ediane Oliveira do Nascimento2, Elias de Lima Mota2, Flávio dos Santos de Queiroz4, Gabriela Gomes da Costa5, Larissa Barros4, Rebeca Cardoso Luciano6, Renata Alves Gomes7, Suelen Alexandre da Silva7, Sulamita Caroline Melo de França4, Adriana B. N. Pinheiro8, Bárbara Macedo Mendonça8, Bernardo Bahia Cesário8, Dayana Lima da Silva8, Diogo B. do Nascimento8, Elizabeth Moura de Oliveira8, Elza Mª Cristina L. de Carvalho8, Fabio Monteiro de Melo8, Julia Mendes Selles8, Kleber Merlim8, Mariluci Correia do Nascimento8, Schneider F. R. de Souza8 –
1Colégio Estadual Professor Clóvis Monteiro – Higienópolis
2Colégio Estadual Bahia – Maré
3Colégio Estadual Maria Lurdes de Oliveira Lavôr – Ilha do Governador
4Colégio Estadual Visconde de Cairu – Méier
5Colégio Estadual Compositor Luiz Carlos da Vila – Manguinhos
6Colégio Estadual Heitor Lira – Penha
7Colégio Estadual Lélia Gonzales – Ramos
8Laboratório de Etnomusicologia/UFRJ

Este trabalho tem como objetivo, questionar os papéis cumpridos pelas mulheres na música, com base no questionário sobre as práticas musicais no bairro Maré, concebido e aplicado pelo coletivo de pesquisa Musicultura em 2006. Questões como os lugares assumidos pelas mulheres em diferentes práticas musicais, como pagode, rock, forró, samba, funk e gospel, a freqüência das mulheres em eventos culturais, o número de mulheres que tocam um instrumento musical, ou que se apresenta em público, e as artistas mais citadas pelas mulheres no questionário serão avaliadas para melhor compreender as diferentes formas de dominação masculina, manifestadas no campo da música. Para tal, será feita uma autocrítica sobre o questionário, problematizando em que medida o debate sobre gênero foi desconsiderado na própria elaboração do mesmo. Ao questionar os papéis assumidos pelas mulheres na música, pretendemos identificar as subjetivações geradas sobre a figura feminina (FOUCAULT, 1999) nas práticas musicais, e em que medida esses papéis e subjetivações podem significar reforço à dominação masculina, ou uma mudança no papel social da mulher no sentido de se atingir a igualdade entre os indivíduos, independente de suas funções reprodutivas, contribuindo para a construção de uma sociedade mais democrática.
Palavras-chave: gênero, música e democracia














NUTRIÇÃO

“Produção de Jogos Didáticos para uso em Educação Nutricional”
Jennefer Rodrigues Alves1; Lucas Francisco Moreira dos Santos1, Gabriela Iris Gomes1

1 IFRJ – campus Volta Redonda
Atualmente existe um grande número de informações científicas disponíveis sobre a relação dos alimentos com a saúde e a doença. Apesar disso, pesquisas demonstram que é crescente o número de crianças e adolescentes com sobrepeso e obesidade. Além disso, as crianças e adolescentes brasileiros têm uma dieta desequilibrada do ponto de vista nutricional. Os adolescentes por motivos psicológicos e sociais apresentam padrões alimentares inadequados, que podem repercutir, em longo prazo, na saúde futura do indivíduo maduro. A escola tem o papel de trabalhar junto com a família na educação alimentar dos adolescentes, através da pesquisa e difusão dos conhecimentos científicos junto aos jovens. Uma importante ferramenta que auxilia no processo de ensino-aprendizagem é o uso de jogos didáticos que relacionem conteúdos com a realidade dos alunos. Assim, este projeto visa à construção de jogos didáticos que possam ser utilizados como ferramentas no ensino de conteúdos de nutrição e bioquímica dos componentes celulares, essenciais em um processo de educação nutricional. Até o momento foram produzidos, pelos alunos bolsistas deste projeto, três jogos que envolvem os temas de bioquímica celular e nutrição. No jogo da Pirâmide Alimentar, em sua primeira etapa, cada aluno anota em um diário as porções de alimentos consumidas em três dias de uma única semana. Em seguida, levam seus resultados para a sala de aula, e cada aluno constrói sua pirâmide alimentar. Os alunos que tiverem sua pirâmide diferente do que é padronizado para sua faixa etária, recebem como missão deixá-la adequada. Para isso, devem responder a perguntas sobre bioquímica celular. Para cada acerto, devem fazer uma alteração em sua pirâmide. O aluno que conseguir adequar primeiro sua pirâmide, vence o jogo. Além disso, foi confeccionado um jogo de Super Trunfo. Neste jogo, cada carta corresponde a um alimento comum e/ou importante na alimentação do adolescente. Cada carta possui os seguintes itens relacionados ao valor nutricional do alimento: Energia (kcal), proteína (g), lipídios (g), colesterol (mg), carboidratos (g), cálcio (mg), magnésio (mg), ferro (mg), zinco (mg), retinol (mcg), tiamina (mg), vitamina C (mg). Também foi construído um jogo de tabuleiro que envolve o tema de interação entre nutrientes. Para participar deste jogo, o aluno previamente deve estudar uma apostila sobre interação entre nutrientes. Formam-se grupos de 5 alunos, sendo que um não participa jogando, pois é o juiz. No momento do jogo, cada aluno, em sua vez, retira duas cartas (cada carta possui o nome de uma vitamina ou mineral). Ele deve dizer como é a interação entre os nutrientes das duas cartas quando são ingeridos na mesma refeição. O aluno juiz decide se a resposta está certa ou errada. Se certa, o jogador anda uma casa no tabuleiro, se errada, volta uma casa. Vence quem chegar primeiro ao final do tabuleiro. Pretende-se utilizar esses três jogos nas aulas de Biologia do primeiro período do curso de Automação Industrial a partir de 2012.
Palavras-chave: Jogos Didáticos, Nutrição, Bioquímica Celular.




QUÍMICA

“Determinação da concentração micelar crítica (CMC) de detergentes”

Ywllin Reis de Paula1, Rayzza de Souza Ribeiro1 ,Patrícia Maria Nassar1
1IFRJ-Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro - Campus Volta Redonda

Detergentes são considerados como substâncias anfifílicas, pois apresentam regiões distintas e características como hidrofóbicas e hidrofílicas. Em solução aquosa, as moléculas de detergente encontram-se na forma de monômeros e a partir de uma determinada concentração de detergente, denominada de concentração micelar crítica (cmc), tem início o processo de micelização. As micelas são agregados muito empregados nos processos industriais e biológicos, graças à função solubilizadora que podem exercer. A cmc é importante para qualquer processo que empregue um detergente, visto ser uma propriedade intrínseca e característica do mesmo. Desta maneira, o presente trabalho teve como objetivo determinar a cmc de detergentes iônicos e estudar o efeito de compostos orgânicos e inorgânicos sobre esses sistemas. Considerando-se que a mesma pode ser obtida pela descontinuidade nas propriedades físicas da solução, algumas técnicas puderam ser usadas para determiná-la como a condutividade e a tensão superficial, a partir de medidas realizadas em diferentes concentrações de detergente. Os valores encontrados mostram que a cmc é influenciada pelo tipo de detergente e pela presença de aditivos. Neste último caso, os resultados sugerem que a presença de tais compostos na região do grupamento iônico (região hidrofílica) diminui a repulsão entre os monômeros do detergente, estabilizando as micelas e reduzindo assim, o valor da cmc.
Palavras-chave: detergente, micela, concentração micelar crítica.





“Obtenção de corante por via microbiana usando matérias-primas de baixo custo”
Thales Simião da Silva Graciano¹, Thaís Abrantes Rodrigues2, Eliana Flavia Camporese Sérvulo2–
1CIEP 386 Guilherme da Silveira Filho – Jardim Bangu
2Escola de Química/UFRJ.
Os corantes naturais são substâncias, de origem animal ou vegetal, de grande importância na indústria alimentícia para alterar ou intensificar a coloração de alimentos e bebida visto que, ao contrário dos corantes artificiais, não são prejudiciais à saúde. Dentre os diversos tipos de corantes naturais, despontam os carotenóides, sendo o β-caroteno o principal representante pela sua potencial característica como precursor da vitamina A. Os pigmentos carotenóides podem ser sintetizados por diferentes micro-organismos como algas, bactérias, e fungos, a partir de diferentes matérias-primas, inclusive rejeitos industriais, o que possibilita minimizar tanto a poluição ambiental quanto os custos de produção. O presente trabalho teve como objetivo a produção de carotenóides pela levedura da espécie Rhodotorula marina empregando rejeitos gerados em grandes quantidades no nosso país - glicerol (co-produto da síntese do biodiesel) e levedura residual cervejeira (LRC). Nos ensaios esses rejeitos foram usados como principais fontes de carbono e de nitrogênio em diferentes concentrações. Com este fim, o meio de produção foi preparado e devidamente esterilizado e inoculado com a cultura microbiana metabolicamente ativa obtida a partir do cultivo prévio da cultura estoque em agar Sabouraud por 72 h a 30ºC. Os meios de produção foram inoculados de forma que a concentração celular inicial fosse 106 células/mL. Para tanto, as células foram quantificadas através da contagem em câmera de Neubauer com auxilio de microscópio óptico. Para a produção microbiana do corante, os meios inoculados foram incubados em agitador rotatório (150 rpm) à temperatura de 30ºC. Decorridas 96 h, foram feitas as determinações de biomassa, pH e dos bioprodutos intracelulares (carotenóides). Também foi feita a análise microscópica de amostras dos cultivos por coloração de Gram, com o objetivo de garantir a pureza da cultura durante os experimentos. Em relação aos resultados obtidos, foi observado que não houve variação expressiva da biomassa ao final do processo, cuja concentração ficou ao redor de 108 células/mL. O pH do meios fermentados se manteve em torno de 6,0. Só foi possível quantificar os carotenóides totais e β-caroteno na menor concentração de LRC. Porém, pôde-se evidenciar o efeito estimulante deste rejeito industrial, na síntese de pigmentos carotenóides.
Palavras-chave: Micro-organismos; carotenóides; β-caroteno; matérias-primas de baixo custo; glicerol; levedura de cervejaria







SERVIÇO SOCIAL



“Inserção do bolsista Jovens Talentos em um espaço acadêmico”
Lislane Rosa da Fonseca de Menezes1, Ana Maria de Vasconcelos2
1Colégio Estadual Professor Murilo Braga – São João de Meriti
2Faculdade de Serviço Social/UERJ.

“A prática do Serviço Social: Cotidiano e Alternativas no enfrentamento da questão social” é um projeto de ensino/pesquisa/extensão que integra o Núcleo de Estudos, Extensão e Pesquisa em Serviço Social. O aluno Jovens Talentos tem uma primeira aproximação com a investigação ao se deparar com o papel da universidade: possibilita a relação entre ensino, pesquisa e extensão. Diante desta inserção e dos assuntos tratados na pesquisa, realizamos um estudo com turmas de 6º período do curso de Serviço Social da Faculdade de Serviço Social da UERJ. Como base empírica, utilizamos questionário, com 21 variáveis, abertas/fechadas, respondidos por alunos de graduação da Disciplina Processo de Trabalho III/FSS/UERJ (2009/2 e 2010/1- 2). As variáveis utilizadas foram: participação nos fóruns democráticos da faculdade, por que; participação no movimento estudantil, por que; consequências da participação ou não nestes movimentos. Quando perguntados sobre a sua participação nos fóruns democráticos da faculdade, 49% afirmam que é um espaço de conhecimento, mas a maioria (51%) não participa, alegando falta de interesse e falta de disponibilidade de horário. Nestes espaços são discutidos assuntos definem questões da formação, como: implantação de novo currículo, eleições do quadro de gestão da faculdade, etc. Quando perguntados sobre a participação no movimento estudantil, a maioria (91%) não participa por falta de tempo – alguns alunos trabalham - ou por não concordarem com o movimento estudantil. Perguntados sobre a consequência da sua participação ou não nesses espaços, 30% entendem que é um espaço importante para se entender a sociedade; 24% afirmam que amplia o conhecimento; 11% não acreditam no movimento. A Faculdade de Serviço Social defende uma formação – tanto no ensino médio, como na graduação – crítica, reflexiva e articulada com os movimentos sociais para atender os interesses da classe trabalhadora.
Palavras-chave: Formação profissional; Universidade; Serviço Social; Movimentos sociais










SOCIOLOGIA



“Representações sociais, a quebra de paradigmas”
Juliane de Lima Souza¹, Leon Lima e Silva²; Msc: Sandra Maria Gomes de Azevedo
¹ Colégio Estadual Deodato Linhares
² FAETEC - CVT Miracema /
Com base em inquietações suscitadas por uma visão estereotipada da comunidade diante dos cientistas, fomos instigados a pesquisar sobre a teoria das Representações Sociais, que foi desenvolvida por Serge Moscovici que procura compreender como algumas crenças, idéias e opiniões são formadas por um grupo a partir de determinadas concepções e situações, tendo origem nos mesmos princípios do preconceito, uma opinião generalizada sobre situações, conceitos e percepções. Foram realizadas pesquisas em que alunos, da Educação Infantil até os do Ensino Superior, expressavam através de um desenho sua visão de como viam um cientista, os resultados mostraram que a maioria dos alunos acreditava que o cientista é um ser divino que possui o poder de realizar qualquer feito sobrenatural usando o seu intelecto. O projeto mostra o lado da visão pré conceitual como a realidade do cientista, apresentando-o como uma pessoa normal que difere dos demais apenas em sua profissão. A mídia possui um grande poder de persuasão contribuindo indiretamente para uma visão distorcida do cientista tratando-o como pessoa superior,especial e acima das regras morais que são perceptíveis em filmes, seriados,programas de TV e até mesmo propagandas,onde são caracterizados como personagens excêntricos e de índole duvidosa. Esse tipo de temor provocado na comunidade não acadêmica só atrapalha na evolução do conhecimento e nos benefícios que o convívio entre os cientistas e a comunidade poderia trazer. O objetivo maior do trabalho é provocar discussões, discordâncias, diferentes leituras ampliando a visão de mundo do homem dos nossos dias sobre a ciência e o fazer científico.
Palavras-Chave: visão estereotipada, cientista e representações.















VETERINÁRIA


“Conhecendo, sentindo e preservando o mundo animal”

Larissa Ellen Figueiredo3; Carolina Gonçalves Nolasco¹; Rafael de Paiva Nascimento e Oliveira1; Ramon Bouças Rocha e Silva2; João Carlos de Aquino Almeida4; Adriana Jardim de Almeida5; Ana Bárbara Freitas Rodrigues 5
1C.E.João Coelho da Silva; 2- Bolsista de Universidade Aberta (Médico Veterinário); 3- Bolsistas da Seção de Anatomia do Laboratório de Morfologia e Patologia Animal (LMPA) do Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias (CCTA) da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF) carolinanolasco@gmail.com / faelpaiva@hotmail.com;;4- Docente do LFBM do CBB/ UENF; 5-Docentes do LMPA e LCCA/CCTA/UENF
A relação entre indivíduo e o meio ambiente necessita de mudanças necessárias. Foi esta preocupação que nos orientou para o desenvolvimento dos trabalhos de educação ambiental junto aos alunos portadores de necessidades especiais da Apoe - Associação de Proteção e Orientação aos Excepcionais, e a Apae - Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, ambas localizadas no Município de Campos dos Goytacazes-RJ O projeto visa à inclusão dos alunos portadores de necessidades especiais em atividades de educação ambiental e investe na reflexão do cidadão frente à realidade dos problemas ambientais. A parceria da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, em especial, a Seção de Anatomia do Laboratório de Morfologia e Patologia Animal, a APAE e a APOE reforça a iniciativa que educação ambiental é respeito ao próximo e convívio harmônico com as diferenças. O projeto consiste na confecção de diferentes espécimes de animais por intermédio da técnica de taxidermia. Todos os espécimes montados foram levados a APAE e APOE e incorporados ao conteúdo didático que é trabalhado nas instituições. Os estudantes tiveram contato com diversas espécies de animais e puderam refletir sobre a importância da sua conservação. Essas ações visam construir junto aos estudantes especiais o real significado da relação homem-ambiente, para que estes possam ser orientados e adotem ações que diminuam os impactos causados pelo homem ao meio ambiente. Os alunos foram orientados quanto ao papel individual do cidadão na preservação ambiental.



“Incidência de verminose em ovinos”

Abner Luiz Castelão Campos da Fonseca1, Daniel da Fonseca Roseira Vargas1, Thais Romano de Vasconcelos e Almeida1, Guilherme Mendonça Lepre1
1Campus Bom Jesus do Itabapoana/Instituto Federal Fluminense – RJ

Dentre as espécies de mamíferos domésticos, a espécie ovina é a mais suceptível à infestação por vermes. Ovinos de todas as idades podem ser ameaçados pela verminose, doença causada por diversas espécies de parasitos, causando mortalidade em animais jovens e reduzindo a produtividade dos animais adultos. Em conseqüência da infestação de ovinos com a verminose têm sido constatadas perdas econômicas na atividade. Entre os vermes encontrados parasitando ovinos, a espécie Haemonchus contortus é o mais importante por causar um quadro agudo de anemia das mucosas aparentes (ocular, vulvar e oral) além de provocar diminuição do apetite, emagrecimento, pêlos arrepiados e sem brilho e edema na região da mandíbula (queixo) dos animais. O método Famacha, é um método seletivo para identificar animais infectados, visando medicar apenas estes animais. Consiste em um recurso que os produtores podem adotar para fazer o controle eficiente da verminose, sendo indicado para rebanhos pequenos. No presente trabalho a verminose foi determinada pelo método famacha, no qual utiliza-se um cartão com imagens da mucosa dos olhos dos pequenos ruminantes com diferentes tons de cores que variam do vermelho robusto até a palidez, representada pela cor branca. Os animais foram separados em adultos e filhotes e tiveram sua coloração de mucosa ocular comparada com os padrões de cores do cartão, mensalmente, sendo classificado em 1 dos 5 grupos. Foram considerados infectados animais classificados nos grupos 3, 4 e 5. Entre os animais jovens a incidência de verminose foi maior quando comparados com os animais adultos e no verão a incidência foi superior em relação ao inverno, independente da idade dos animais. A utilização do método reduziu o número de doses de vermífugo por ano e conseqüentemente, os custos de produção. A identificação da incidência da verminose é um dado essencial para escolha de um método eficaz de controle nas propriedades, evitando gastos elevados injustificados com uso indiscriminado de vermífugos, que podem levar ao desenvolvimento de resistência parasitária, e em conseqüência, obter melhores índices de produtividade dos rebanhos ovinos.
Palavras-chave: famacha; opg; sanidade animal


Dezembro de 2011
Prof. Jorge Belizario