21 de setembro de 2011

FOTOS XII JORNADA UERJ 2010


                                            Composição da Mesa na Cerimônia de Abertura


                                       Discurso do Presidente da FAPERJ- Prof.Ruy Marques


                                                              Assistência à Jornada


 Elimar e Juliana - JT










XII JORNADA CIENTÍFICA JOVENS TALENTOS - 2010 - UERJ

Resumos da XII Jornada Jovens Talentos 2010
AQUICULTURA
“Boas práticas e processamento de pescados, controle microbiológico dos produtos, artesanato com escama e mecânica diesel para pescadores da Baixada Litorânea Fluminense”
Dominique Olivar Ribeiro Silva1, Bernardo Alberto Marcussi1, Adriana Paula Slongo-Marcussi1
1IF Fluminense campus Cabo Frio
A pesca artesanal corresponde por 55 % do pescado consumido no país, aproximadamente. Assim, é notável a grande expressividade econômica que esse modo de vida milenar possui. É igualmente notável que as riquezas advindas desta atividade não se concentram nas mãos de poucas empresas, mas sim sustentam milhares de famílias sendo, portanto, marcante o seu papel na distribuição de renda. Todavia, a pesca artesanal está ameaçada, colocando em cheque não só os parâmetros sócio-econômicos acima mencionados, mas, também, ocasionando o desaparecimento de um modo de vida e da cultura que o cerca que, inclusive, faz parte de nossa identidade. A poluição, a pesca predatória e a concorrência com as grandes empresas estão entre as grandes vilãs dessa ameaça. Contudo, podemos realçar, também, a falta de dinamismo, de organização e mobilização da classe pescadora o que pode ter sua origem na baixa oferta de formação humana a essa classe. Assim, este projeto de extensão tem como objetivo oferecer cursos, de maneira a reverter esta baixa oferta, e assessorar a elaboração e implantação de projetos ligados a pesca e aqüicultura artesanais. Desta maneira, pretende-se democratizar o conhecimento de forma que os pescadores artesanais possam contornar velhos problemas do dia a dia e, encontrar alternativas para gerar trabalho e renda, enfrentando os novos desafios que se apresentam a pesca e aqüicultura artesanais. Desta maneira, acredita-se estar contribuindo para aumentar a sustentabilidade da pesca artesanal, e, portanto, para o desenvolvimento do país. Os cursos ministrados foram aqueles que os próprios pescadores e familiares
apontaram, através das pesquisas que foram feitas juntas às comunidades de pescadores dos municípios da baixada litorânea fluminense. Ano passado, foram ministrados os cursos de boas práticas e conservação de pescados, processamento de pescados, mecânica de motores diesel marinizados e transmissão de barcos, GPS, artesanato com pele de peixe, e aqüicultura, além da promoção de uma rodada de palestras e do I encontro sobre pesca e aqüicultura do campus Cabo Frio. Este ano, ampliou-se o mapeamento da necessidade de formação humana e do perfil sócio-cultural e, ministraram-se esses cursos, novamente, atendendo a outras comunidades da mesorregião das baixadas litorâneas fluminense. Também foi realizada mais uma rodada de palestras e o II encontro sobre pesca e aqüicultura do campus Cabo Frio. Houve, ainda, a elaboração de um projeto visando à agregação de valor aos produtos de pesca e aqüicultura artesanais que obteve grande reconhecimento ao ser um dos vencedores do prêmio técnico empreendedor. Para 2011, a novidade ficará por conta da expansão do projeto que passará a ser responsável pela capacitação dos manipuladores de alimentos envolvidos nos diversos festivais de culinária da pesca que ocorrem na região, além de submeter os alimentos servidos a analises laboratoriais de controle de qualidade. Assim, este projeto procura oferecer formação humana desde aquele que está em contato direto com o mar até aquele que vende o produto ao consumidor final, abraçando, ainda esta importante manifestação cultural que são os festivais de culinária da pesca da região. Tem se registrado, ainda, uma grande solicitação, por parte das comunidades, para que realizemos, novamente, os cursos mencionados nas comunidades o que sinaliza mais uma possibilidade de atuação. Assim, este projeto pretende promover a pesca e aquicultura artesanais e, em última instância, colaborar para o crescimento local sustentável.
ARQUEOLOGIA
“Aliança Tecnológica: Informática e Arqueologia”
Luís Felipe V. de Oliveira Martins1, Valter Duarte 2, Nanci Vieira de Oliveira2
1 C. E. José Leite Lopes
2 Laboratório de Antropologia Biológica – UERJ
Diante dos avanços nos meios de comunicação, observamos através de pesquisas em web sites de Arqueologia que não há um uso denso de conceitos e layouts modernos. Devido ao fato do Laboratório de Antropologia Biológica (LAB) encontrar-se em uma situação semelhante, vem sendo desenvolvido um projeto de reformulação dos seus meios de divulgação. Assim, o trabalho que vem sendo desenvolvido tem por objetivo a união da tecnologia com a Arqueologia, fazendo com que o LAB acompanhe os avanços digitais a cada dia, possibilitando a ampliação de o seu publico alvo e uma adaptação para um maior interesse do mesmo.
A partir de softwares modernos, pensamos em utilizar novos meios de divulgação: web site feito em Flash (software interativo), cartilha, folder e meios impressos no Adobe Illustrator e Photoshop.
Até o presente momento foram desenvolvidos folders, nova identidade visual com a reformulação da “Logo”, cartilha, marca-páginas, entre outros. As propostas estão baseadas em conceitos, ou seja, o seu por que, para que e quem, por que das cores e outros conceitos básicos do design.
“Caçadores e Coletores do interior do Rio de Janeiro”
Felipe Amaral de Oliveira1, Gleice Ana Alexandre de Freitas1, Charles Bento Gloría1, Nanci Vieira de Oliveira2, Valter Duarte2, Claudia Sá Matos2, Guilherme Vieira de Souza2
1 C.E. Fagundes Varela
2 Laboratório de Antropologia Biológica – IFCH/UERJ
Através do projeto de Arqueologia e Educação Patrimonial foi iniciada pesquisas de campo de forma a colocar em prática os conhecimentos adquiridos durante o curso ministrado em 2009.
Assim, pretendemos apresentar os resultados das pesquisas realizadas na localidade de Getulândia, distrito do município de Rio Claro – RJ.
A metodologia empregada na pesquisa consistiu em entrevistas com moradores, levantamentos de superfície, observação de perfil estratigráfico e prospecção.
A identificação de artefato lítico e os trabalhos de campo indicaram a presença de populações de caçador-coletores, no entanto, o sítio arqueológico encontra-se destruído.
“Patrimônio Arqueológico de Lídice: Uma contribuição para a Preservação”
Lucimara de Paula Massardi1, Rayres Helena Fonseca Vicente1; Paulo Reynaldo da Silva Júnior2, Nanci Vieira de Oliveira3, Valter Duarte3, Guilherme Vieira de Souza31 C.E. Presidente Benes
2 C.E Fagundes Varela
3 Laboratório de Antropologia Biológica – IFCH/UERJ
O presente trabalho pretende apresentar os resultados das pesquisas realizadas no Distrito de Lídice – Município de Rio Claro. As pesquisas tiveram por objetivo a identificação de vestígios arqueológicos e históricos de forma a incentivar possíveis ações de preservação.
Através de entrevistas com moradores e levantamentos de superfície foram identificados uma antiga estrada com calçamento de pedra moleque e ruínas de um casarão do século XIX. Es estruturas foram georreferenciadas, mensuradas e fotografadas.
“Cultura Material e Imaterial: o universo adulto e infantil em uma aldeia Guarani”
Adilson K. T. da Silva1, Fábio Rodrigues1, Jaison Verá Poty da Silva1, Franciane Kerexu Mirim Alves dos Santos1, Claudio Benites1, Nanci Vieira de Oliveira2, Claudia Sá Matos2, Bruna Moura2
1 Escola Indígena, Aldeia Sapukai
2 Laboratório de Antropologia Biológica – IFCH/UERJ
O presente trabalho pretende apresentar os resultados das pesquisas desenvolvidas na aldeia de Bracuí, em Angra dos Reis, como parte do projeto de Arqueologia e Educação Patrimonial (UERJ/ELETRONUCLEAR).
Através de entrevistas com os mais velhos da aldeia foram resgatados aspectos do cotidiano e da memória Guarani. Os temas abordados nas entrevistas realizadas em 2010 foram os utensílios domésticos e brinquedos.
Outras histórias também foram coletadas, histórias importantes para os mais velhos. A pesquisa é importante porque através dela os jovens aprendem muito sobre aspectos da cultura antiga.
“Casa Grande de São Joaquim da Grama: aspectos históricos e arqueológicos”
Raíza Aparecida Nascimento Pedro1, Pedro Henrique Viana1, Nanci Vieira de Oliveira2, Guilherme Vieira de Souza2
1 C.E. Alfredo Punjol
2 Laboratório de Antropologia Biológica – IFCH/UERJ
Na encosta de um vale, vertente do Rio Piraí, sobre uma elevação de terreno, entre as ondulações da Serra do Mar, assenta a sede da maior e mais importante fazenda que já teve o município de São João Marcos, em terras, culturas, gado e casarias. Ali foi edificado pelo Comendador Joaquim José de Souza Breves, o solar de sua família, a conhecida e histórica fazenda de São Joaquim da Grama.
Sede principal da administração de inúmeras outras fazendas, foi um notável estabelecimento, centro de intensa atividade até 1889, quando se extinguiu para sempre a vida de seu proprietário.
Temos por objetivo apresentar os resultados da pesquisa na sede da fazenda. Foram utilizados como para estudo: fontes bibliográficas, documentais, levantamentos de campo e entrevistas.
Na década de 1950 a Fazenda da Grama foi loteada, estando o terreno em volta da mesma toda ocupada por edificações modernas. Somente de uma das fachadas
tem-se uma visão mais descortinada do conjunto. A casa-sede encontra-se em estado de semi-abandono.
Um dos importantes monumentos arquitetônicos para a história de nosso estado, hoje encontra-se no mais completo abandono. Mas história é história e bens culturais em toda sua amplitude devem ser preservados.
“Antigos casarões no Vale do rio Mambucaba: aspectos arqueológicos”
Thainá da Silva Véras1, Alisson Melo Figueira1, Luiz Fernando Paulino Maximiano1, Alexandre H. Kubota2, Maria Regina Candido3, Nanci Veira de Oliveira3, Claudia Sá Matos3, Guilherme Vieira de Souza3
1 CIEP 495
2 ELETRONUCLEAR
3 Laboratório de Antropologia Biológica – IFCH/UERJ
O presente trabalho tem por objetivo apresentar os resultados dos levantamentos de vestígios materiais na margem esquerda do rio Mambucaba, no limite entre os municípios de Angra dos Reis e Paraty.
A metodologia utilizada consistiu em entrevistas com antigos moradores, levantamentos de superfície e georreferenciamento das estruturas arqueológicas identificadas. As estruturas das edificações se encontram em péssimo estado de conservação, tendo apenas conhecimento da localização das mesmas através de antigos moradores da região.
Biologia
“Oficina de cerâmica artística com deficientes visuais: desenvolvendo a psicomotricidade, socialização e gerando renda”
Sabrina Teles de Souza1, Estéfany Braz Toledo1, Fernanda Manhães Alves2, Tatiana Andrade Rocha da Silva3, Mário Lúcio Evangelista dos Santos4, Laura Porto5, João Carlos de Aquino Almeida3
1- Colégio Estadual João Coelho da Silva – São João da Barra – RJ
2- Colégio Estadual Nilo Peçanha – Campos dos Goytacazes - RJ
3- Laboratório de Fisiologia e Bioquímica de Microorganismos - CBB – UENF
4- Artista Plástico
5- Artesã
No Educandário para Cegos São José Operário estamos trabalhando, com a modelagem em argila para o desenvolvimento de materiais didáticos para deficientes visuais. Nesse projeto, será desenvolvido o aspecto lúdico do trabalho com Argila, na criação de fruteiras, travessas, móbiles (trabalho em placas e impressão) e bijuterias (Técnica de escultura manual e plastinação com resina).
Temos como objetivo capacitar os alunos a construir peças que atendam a padrões de beleza estética e que agreguem valor comercial à matéria-prima utilizada. Queremos, também, promover um maior desenvolvimento psicomotor dos participantes, promover a auto-sustentabilidade do projeto através da geração de renda para os seus participantes maiores de idade, além de gerar recursos para a manutenção do projeto que sejam geridos pelos próprios alunos. E, principalmente, aumentar a auto-estima e socialização dos participantes, pela valorização e reconhecimento do seu trabalho.
Trabalhamos com argila (terracota) comprada de cavas legalizadas e produtores de cerâmica da região, queimada em forno de lenha a 6000C (construído lá mesmo). O acabamento do material é feito com engobes coloridos e/ou resinas poliméricas, sprays e lixas.
O deficiente visual tem através do tato a possibilidade de vivenciar o mundo. Através desse sentido, ele é capaz de interpretar, imaginar, classificar, identificar, separar e decifrar diferentes situações. Por isso usamos a argila, que é um material plástico e têm a propriedade de quando misturada com água em devidas proporções, apresentar a possibilidade de ser amassada e trabalhada mantendo a forma que se quer.
Hoje, posso dizer que nos surpreendemos com o desempenho dos alunos nas aulas e percebemos que são tão normais como nós. Encontraram uma grande facilidade a ponto de fazer um objeto por aula. A partir disso, pretendemos, futuramente, desenvolver uma cooperativa ou organização interna dos alunos maiores de idade para geração de renda.
“Elaboração de modelos tridimensionais para o ensino de conceitos sobre sexualidade”
Bruna Piracicaba1, Tatiana Andrade Rocha da Silva2, Mário Lúcio Evangelista dos Santos3, Laura Porto3, João Carlos de Aquino Almeida2
1 - ISEPAM
2 – Centro de Biociências e Biotecnologia – CBB-UENF, Laboratório de Fisiologia e Bioquímica de Microrganismos – LFBM.
3 – Artesãos
No serviço de assistência São José Operário, desenvolvemos material didático para alunos com deficiência visual, com a finalidade de ensinar conceitos sobre sexualidade. Pois, a sexualidade está presente em todas as fases da vida, desde a concepção de um novo ser, dos meses de gestação, até seu nascimento, na infância, nas descobertas da adolescência e da fase adulta. Atualmente, se faz necessário que esse tema seja discutido nas escolas com naturalidade, sem preconceitos, pois ele faz parte de nossa vida, de nossas descobertas e conquistas. Observamos a necessidade de desenvolver material didático sobre esse tema para deficientes visuais pelo fato de não haver material didático sobre esse tema para este público. O material didático é construído a partir da argila e biscuit, confeccionamos torsos com os caracteres sexuais secundários femininos e masculinos e estruturas que compõem órgãos sexuais. Esse material é utilizado em aulas, juntamente com exposição oral sobre puberdade, sexualidade, reprodução humana e cuidados de higiene pessoal. Os alunos através do tato identificam as estruturas.
Observamos que estes materiais atende as necessidades educacionais de alunos com deficiência visual.
“Produção de material didático e paradidático em argila: oficina de produção de instrumentos musicais para deficientes visuais”
Estéfany Braz Toledo1, Tatiana Andrade Rocha da Silva2, João Carlos de Aquino Almeida2, Mário Lúcio Evangelista dos Santos3
1- Colégio Estadual João Coelho da Silva – São João da Barra - RJ
2- Laboratório de Fisiologia e Bioquímica de Microorganismos - CBB – UENF
3- Artista Plástico Voluntário
No Educandário para Cegos São José Operário, estamos desenvolvendo um trabalho didático pedagógico com os deficientes visuais, a partir da construção de instrumentos musicais feitos com argila.
Com o objetivo de desenvolver a Psicomotricidade, ou seja, contribuir de maneira expressiva para a formação e estruturação do esquema corporal, eles, além de se divertirem, criam, interpretam e se relacionam com o mundo em que vivem. Dessa forma, o manuseio de diferentes materiais possibilita o treinamento da percepção tátil, facilitando a discriminação de detalhes e suscitando a realização de movimentos delicados com os dedos.
Começamos com a moringa, um instrumento de percussão, em seguida, incluímos a confecção de outros instrumentos, entre eles o chocalho, o reco-reco e a maraca. Eles são feitos com argila terracota comprada de cavas legalizadas e produtores de cerâmica da região, queimados em um forno à lenha a 600°C (construído lá mesmo). Esses instrumentos já estão sendo usados pelos próprios alunos, em aulas de música com a professora Fernanda.
Apesar de todas as potencialidades da linguagem, parece que existem áreas nas quais a ela é inapropriada ou insuficiente, especialmente num relacionamento comunal. A linguagem não dá conta de tudo o que queremos transmitir. A idéia de incomunicabilidade pode assustar, e desse sentimento compartilham os deficientes. Para os videntes, conhecer implica em ver, o que não serve para os cegos. Eles precisam tatear, e por conseqüência, explorar os objetos, assim, a função háptica (tátil) substitui a visual na comunicação e no conhecimento de mundo. Dessa forma a construção de instrumentos musicais os ajuda a crescer e a se desenvolver social e sensorialmente.
Enfim, trabalhar com deficientes visuais é um exemplo de vida, onde nós os ensinamos a se estabelecer na sociedade e eles nos ensinam a ter garra e força, pois eles sofrem muito com o preconceito, mais até do que com a própria deficiência.
“Organização e Herborização da coleção de plantas arbóreas nativas de Mata Atlântica no Herbário UENF.”
Yrexam Rodrigues de Souza Ribeiro1, Amanda Braga Pereira2, Emanuelle Oliveira Marinho³, Ariana Peixoto Norato³, Pamela Correa da Fonseca¹, Tatiane Pereira de Souza4, 6 & Marcelo Trindade Nascimento5,6
1. Bolsista Jovens Talentos I, Colégio Estadual Nilo Peçanha, 2. Bolsista Jovens Talento I, Colégio Estadual Felix Miranda 3. Bolsista Jovens Talentos I, Liceu de Humanidades de Campos 4- Bolsista Universidade Aberta, Herbário UENF, 5. Orientador, Professor do
Laboratório de Ciências Ambientais (LCA) e Curador do Herbário UENF e 6. Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF)
Atualmente, o objetivo da organização de um herbário não é mais simplesmente colecionar plantas para serem identificadas e catalogadas e sim, conservar os materiais históricos que estão cada vez mais escassos, pois praticamente 90% da Mata Atlântica em toda a região brasileira estão destruídas, necessitando de atitudes urgentes de órgãos mundiais de preservação ambiental às espécies que estão sendo eliminadas da natureza aceleradamente. O Herbário UENF foi criado em 03/06/2005 pelo Conselho do Centro de Biociências e Biotecnologia (UENF), é formado por coleções oriundas das diferentes fisionomias ocorrentes no diversificado e quase desconhecido mosaico que é a região Norte Fluminense, sendo composto pela coleção científica (exsicatas), carpoteca (coleção de frutos e sementes secos) e xiloteca (coleção de madeiras). As atividades desenvolvidas foram: triagem de material e incorporação de exsicatas à coleção científica, passando por várias etapas de preparo do material, incluindo herborização, registro no livro do Herbário UENF, descontaminação quando necessário e montagem, costurando-as em camisas (folhas de cartolina branca de tamanho padrão para herbários) e envolvendo-as em saias (folhas de papel Kraft de tamanho padrão para herbários). O material utilizado no trabalho foi coletado por pesquisadores em várias regiões do Rio de Janeiro, tais como Mata do Imbé (área do entorno do Parque Estadual do Desengano), Mata do Funil, Mata do Carvão (Estação Ecológica de Guaxindiba), Reserva Biológica União, Trajano de Morais, São José de Ubá, Morro do Itaoca e Natividade, sendo quantificado para o acervo, atualmente, cerca de 6000 exsicatas, sendo que 5562 já foram registradas. Também foram realizadas atividades de campo em três microbacias hidrográficas Valão de Santa Maria (São José de Ubá, RJ), Caixa d`água (Trajano de Morais, RJ) e Brejo da Cobiça (São Francisco do Itabapoana, RJ) sobre o uso de plantas medicinais por produtores rurais constatando que, de maneira geral, não há mais um vinculo tão forte com a utilização destas plantas. Foi apontado pelos produtores o uso de plantas como Só Sofre do Rim Quem Quer (doença dos rins), Pacová (dores musculares), Arnica (antiinflamatória) e dentre outros. A crescente ampliação do acervo vem dando forças para a consolidação do Herbário UENF e consequentemente para seu reconhecimento. A presença das espécies é notável pela sua importância ecológica, econômica e seu grau de ameaça confirma a grande
necessidade da manutenção de coleções botânicas em acervos científicos para consultas e registro da flora de diferentes regiões.
Palavras-chave: Herbário, Coleções Botânicas, Mata Atlântica.
. “Caracterização da escala de cor da casca do mamão por análise de imagem”
Maykson Dias Reis1, Letícia Morais Laurindo1, Eder Dutra de Resende 2
1 Bolsista, Programa Jovens Talentos - Faperj, Colégio Estadual Dr. Félix Miranda, Rua Rio Bonito, 352, Parque Guarus, Campos dos Goytacazes (RJ).
2 Professor Associado, Laboratório de Tecnologia de Alimentos, Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf), Av. Alberto Lamego, 2000, Parque Califórnia, Campos dos Goytacazes, RJ, CEP:28013-602, e-mail: eresende@uenf.br
INTRODUÇÂO
A cor é considerada o atributo mais importante na avaliação da aparência de alimentos (FRANCIS e CLYDESDALE, 1975), especialmente quando ela é associada com outros aspectos de qualidade dos alimentos, como no amadurecimento de frutos ou na deterioração visível por fungos. Cada produto tem uma faixa aceitável de cor que depende de uma série de fatores que incluem a diversidade entre os consumidores, idade e origem étnica, e natureza física do ambiente no momento de análise (FRANCIS, 1999). Os recentes avanços na instrumentação têm aumentado o uso de medidas de cor para o controle de qualidade e otimização dos processos. Existe uma variedade de métodos e instrumentos de medida de cor na indústria de alimentos. Este trabalho tem como objetivo desenvolver um protocolo de análise dos padrões de coloração da casca para avaliar o processo de amadurecimento do mamão.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Foram analisados os lados exposto e não-exposto ao sol de mamões Golden realizando o processamento das imagens pelo software QUANT v.1.0.1 (VALE et al.; 2002) e caracterizando os resultados pelas percentagens de áreas da casca com os padrões RGB de cor verde e amarela característicos de diferentes estádios de maturação. Os resultados parciais das análises de imagens de alguns estádios de maturação dos frutos estão mostrados na Tabela 1, representando os valores médios de 7 repetições para as faces expostas e faces não-expostas dos frutos, pertencentes aos estádios de maturação dos frutos verdes até estádios parcialmente amarelados.

CONCLUSÕES
As análises preliminares permitiram identificar os padrões básicos dos parâmetros de cor RGB da casca do mamão nos diferentes estádios de maturação. A metodologia desenvolvida neste trabalho representa uma ferramenta útil e de baixo custo para a caracterização de protocolos de classificação e controle de qualidade dos mamões
“Atividade antioxidante frente ao radical livre óxido nítrico: padronização do experimento e atividade dos extratos dos frutos da aroeira (Schinus terebenthifolius)”
Sanderson D. Calixto1,2, Thatiana L. B. Ventura2, Natália R. Bernardes2, Daniela B. de Oliveira2, Michelle F. Muzitano3.
1Colégio Estadual Nilo Peçanha, 2Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF) 3Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ-Macaé).
Campos dos Goytacazes - RJsandersoncalixto@yahoo.com.br
Os frutos da aroeira (Schinus terebenthifolius Raddi), espécie endêmica da região de
Campos dos Goytacazes (Rio de Janeiro), possuem propriedades medicinais, como: antidiarréica, antiinflamatória e febrífuga. Pesquisas recentes da nossa equipe mostram que os extratos dos seus frutos inibem a produção de óxido nítrico (NO) por macrófagos estimulados por LPS. O NO exerce funções importantes no sistema imunológico, mas a produção aumentada deste provoca lesão tecidual e agravamento de patologias. Os antioxidantes exógenos, como flavonoides, são capazes de neutralizar radicais livres podendo ser aplicados com sucesso na minimização dos danos causados em quadros inflamatórios. O objetivo deste trabalho foi padronizar o ensaio antioxidante utilizando nitroprussiato de sódio (SNP), uma substância doadora de NO em meio aquoso, e verificar se os extratos da aroeira são capazes de sequestrar o NO liberado no meio. Para tal, foram avaliadas diferentes condições experimentais como variadas concentrações de SNP (5, 10, 15, 20 e 25 mM), diferentes tempos de incubação (60, 90, 120, 150 e 180 min) e controles positivos (quercetina e rutina). O experimento foi realizado em triplicata na presença e ausência de incidência direta de luz. Posteriormente, os extratos da aroeira foram avaliados nas concentrações 20,100 e 500 μg/ml. A concentração de NO no meio foi medida, indiretamente, através da concentração de nitrito pelo método colorimétrico de Griess. As melhores condições experimentais encontradas foram: 5mM de SNP, 120 min de incubação, rutina como controle positivo e presença de luz. Nestas condições padronizadas, os três extratos da aroeira - aquoso, metanólico e apolar (hexano, acetato de etila, etanol 50:25:25) – foram capazes de sequestrar o NO gerado no meio pelo SNP nas três concentrações testadas. A atividade observada para os extratos da aroeira foi semelhante à obtida para o flavonoide padrão utilizado no experimento, a rutina. A capacidade de sequestrar o radical livre NO intensamente é uma das
propriedades que junto com outras mostradas em trabalhos da nossa equipe fazem do extrato da aroeira candidato promissor no tratamento de processos inflamatórios. Palavras-chave: Nitroprussiato de sódio; Óxido nítrico; Schinus terebenthifolius
Etnobotânica do Herbário da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (RBR)”
Jéssica Almeida da Silva1, Inês Machline Silva2
1Colégio Estadual Professor Waldemar Raythe – Seropédica
2Instituto de Biologia Profa. Inês Machline Silva/UFRRJ
A etnobotânica é considerada uma disciplina chave que representa uma ponte entre o saber popular e o científico estimulando o resgate do conhecimento tradicional, a conservação dos recursos vegetais e o desenvolvimento
sustentável, especialmente nos países tropicais e subtropicais. Uma das maneiras de se preservar o conhecimento é através de coleções botânicas chamadas herbários, que são constituídos por amostras secas de plantas coletadas em diferentes ecossistemas e também por plantas cultivadas. O Herbário do Departamento de Botânica da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (RBR) foi fundado em 1916 e possui cerca de 40.000 exsicatas. Este trabalho tem como objetivo organizar a coleção etnobotânica desse acervo, acessar as informações relacionadas aos usos das espécies, bem como verificar os grupos de maior destaque. As exsicatas foram limpas, remontadas e desinfetadas, por congelamento em freezer, no mínimo por 48 horas. O sistema adotado, para organização das famílias, foi o APG II. Foram contabilizadas 77 famílias botânicas, 232 gêneros e 356 espécies. As famílias que mais se destacaram, em número de espécies, foram Asteraceae (57); Lamiaceae (29); Fabaceae (23); Bignoniaceae (14); Malvaceae e Euphorbiaceae (13 cada), correspondendo a 41,6% do total. Oito categorias de uso foram citadas nas etiquetas sendo que a medicinal a que mais se destacou (212 indicações), seguida de ritual (47) e condimentar (12). As espécies que se sobressaíram em número de exsicatas foram Lippia alba (Mill.) N.E.Br (erva-cidreira); Ageratum conyzoides L.(erva-de-são joão); Eugenia uniflora L. (pitanga); Bidens pilosa L. (picão); Schinus terebinthifolia Raddi (aroeira); Piper mollicomum Kunth (jaborandi); Piper hoffmanseggianum Roem. & Sch. (guiné); Petiveria alliacea L. (guiné-pi-piu). O grande número de espécimes depositado na coleção é fruto de pesquisas desenvolvidas no Departamento e demonstra o interesse dos pesquisadores pela etnobotânica. Essa coleção tem funcionado também como um centro de prestação de serviços à comunidade em geral.
Palavras-chave: coleções científicas; plantas medicinais; botânica
“Estudo de Compostos com Ação Leishmanicida”
Alexandre Soares Fernandes1,3, Fernanda da Rocha Araújo1,3, Christian Ferreira2 Deivid Costa Soares2 , Elvira M.Saraiva2
1-Instituto de Bioquímica Médica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ
2-Instituto de Microbiologia Prof Paulo de Góes, Rio de Janeiro, RJ
3-Instituto Nacional de Educação de Surdos
Leishmaniose é considerado um problema de saúde pública que atinge milhões de pessoas no mundo todo. A cada ano 2 milhões de novos casos surgem. A causa dessa doença ocorre pelo parasita do gênero Leishmania que ao entrar em um hospedeiro vertebrado é capaz de e replicar dentro do Monócito desse hospedeiro. A leshimaniose apresenta diversos sintomas e manifestações clinicas como: lesões na pele, nariz, boca e garganta. As drogas mais utilizadas no tratamento da leishmaniose são Antimoniais pentavalentes. No entanto essas drogas costumam promover efeitos colaterais graves, como insuficiência renal, prancreatite, anemia, dor abdominal, mialgia dentre outros.
A busca por novos quimioterápicos mais eficazes e que produzam menos efeitos coloraterais é uma das linhas de estudo de quem trabalha com esse parasita. Neste trabalho analisamos dois tipos de substâncias capazes de inibir a sobrevivência do parasita. A primeira substância Anfotericina B (Antiamonial), já conhecido por seu uso a mais de 70 anos, utilizamos como um controle positivo para o experimento. A segunda substância utilizada é proveniente do extrato da planta da família Apocynaceae – Himatanthus sucuuba. Os resultados mostraram uma atividade anti-parasitária do extrato da Himatanthus sucuuba na infeccção de leishmania Amazonensis em macrófagos peritoneais de camundongos BALC/C.
Palavras chaves: Leishmania, macrófagos, atividade anti-parasitária
“Ensinando Microorganismos através de experimentos”
Deleon Baptista Ferreira1,2, Anderson Gonçalves Brandão de Carvalho1,2, Alexandre Soares Fernandes1,2, Evely da Silva Cazé1,2, Fernanda da Rocha Araújo1,2, Bruno Baptista dos Santos1,2, Lorena Assis Emidio 1,2, Flavio Eduardo Pinto Silva1
1- Instituto de Bioquímica Médica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ
2- Instituto Nacional de Educação de Surdos, Rio de Janeiro, RJ
A importância de um entendimento sobre microoorganismos não se restringe ao conhecimento biológico, mas também envolve implicações diretas sobre a nossa vida. Os alunos surdos do quinto ano do ensino fundamental do Instituto Nacional de Surdos (INES) ignoravam totalmente a possibilidade de existirem seres microscópicos, não sabiam da existência de bactérias, patogênicas ou não. Como parte do projeto “A inclusão do Surdo através do conhecimento científico”, os alunos Surdos de nível médio bolsistas Jovens Talentos e cursando o Curso de Extensão em Biociências da UFRJ, ofereceram aos alunos do ensino fundamental um curso experimental com a temática de Microorganismos. Esse tipo de curso é mais um passo na busca da autonomia do Surdo. A própria comunidade surda sendo capazes de informar seus pares sem a barreira lingüística. O curso, com duração de 4 dias distribuídos em 2 semanas, foi desenvolvido em várias etapas: primeiro foi necessário conscientizar os alunos do fundamental da existência de “seres invisíveis”, a seguir os alunos do fundamental apresentavam uma série de questionamentos que eram discutidos, a partir de então os alunos eram divididos em grupos e procuravam responder seus questionamentos através de experimentos medindo o crescimento de microorganismos em placas de cultura. Foram capazes de demonstrar que o ar possuía microorganismos e que o ar da rua era mais contaminado que o da sala de aula, que as mãos também carregam microorganismos e compararam mãos lavadas, mãos com álcool e mãos sem lavar. Compararam também material obtido da orelha e do nariz. Estudaram se limpar os alimentos diminuiria a quantidade de microorganismos. Compararam maçã lavada e não lavada, alface lavada e sem lavar. Ao verificar o crescimento na fruta e na alface (principalmente nas “sujas”) chegaram a conclusão que existem microorganismos em todas as partes, que frutas e legumes carregam microorganismos provavelmente do ar e das mãos dos próprios vendedores. Verificaram também que a limpeza dos alimentos permite eliminar uma parte dessa contaminação.
Palavras chaves: alunos surdos, microorganismos, curso experimental
“Estendendo o conhecimento – desenvolvimento de uma oficina de DNA na Semana de Ciência e Tecnologia de 2009”
Vera Lúcia Pereira da Silva1,2, Anderson Gonçalves Brandão de Carvalho1,2, Alexandre Soares Fernandes1,2, Fernanda da Rocha Araújo1,2, , Deleon Baptista Ferreira1,2, Bruno Baptista dos Santos1,2, Flavio Eduardo Pinto Silva1
1- Instituto de Bioquímica Médica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ
2- Instituto Nacional de Educação de Surdos, Rio de Janeiro, RJ
A divulgação científica pode ser atingida de várias maneiras. Nos últimos anos foi instituída uma Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, envolvendo vários setores relacionados à área científica, tecnológica e universitária. A SNCT tem uma abrangência muito grande com a visitação de um grande número de escolas, alem das visitas individuais. Na SNCT 2009, como parte do projeto “A inclusão do Surdo através do conhecimento científico”, os alunos Surdos de nível médio bolsistas Jovens Talentos e cursando o Curso de Extensão em Biociências da UFRJ, ofereceram uma oficina “O que você sabe sobre DNA”, em que mostraram sucessiva vezes a purificação de DNA de diversas plantas, frutas, alimentos etc. explicavam, com a ajuda de um intérprete, o que era DNA para o público e como era possível purificá-lo e visualizá-lo. Houve um grande interesse por parte de vários alunos e professores de escolas para ouvintes, que aprenderam através de demonstração prática o que era o DNA e onde podia ser encontrado. O stand também foi visitado por alunos do Instituto Nacional de Educação de Surdos, que se sentiram gratificados ao ver outros surdos explicando para surdos e ouvintes aquilo que sabiam.
Palavras chave: alunos surdos, divulgação científica, DNA
“Contextualização do conhecimento - aprendendo sobre coagulação e hemofilia. Uso do teatro”
Evely da Silva Cazé1,2, Vera Lúcia Pereira da Silva1,2, Anderson Gonçalves Brandão de Carvalho1,2, Alexandre Soares Fernandes1,2, , Fernanda da Rocha Araújo1,2, , Deleon Baptista erreira1,2, Bruno Baptista dos Santos1,2, Lorena Assis Emidio1,2,Felipe Giraud1, Flavio Eduardo Pinto Silva1
1- Instituto de Bioquímica Médica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro,RJ
2 - Instituto Nacional de Educação de Surdos, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ
O aprendizado deve ser contextualizado sempre que possível. A experiência de um grupo de alunos surdos vivenciando um curso experimental sobre coagulação,
mostrou que era importante aproximar o problema de defeitos na cascata de coagulação a realidade do aluno. Através da utilização do exemplo da hemofilia, desenvolveu-se a idéia de criar uma revista em quadrinhos que trouxesse a hemofilia como exemplo e que ao mesmo tempo fosse capaz de, utilizando uma abordagem lúdica, trazer informações históricas interessantes que aumentassem a cultura do jovem surdo, que carece de informação. Criou-se então a revista RASPUTIN, com desenhos e roteiro de Diego de Almeida. A partir desse roteiro os alunos Surdos de nível médio bolsistas Jovens Talentos e cursando o Curso de Extensão em Biociências da UFRJ, decidiram transformar a revista em uma peça de teatro para outros surdos. A peça tem encontrado grande aceitação, e despertado a curiosidade para uma série de aspectos históricos até então desconhecidos por essa comunidade.
Palavras chave: alunos surdos, teatro
“Ensinando Embriogenese através de experimentos”
Anderson Gonçalves Brandão de Carvalho1,2, Alexandre Soares Fernandes1,2, Evely da Silva Cazé1,2, Fernanda da Rocha Araújo1,2, , Deleon Baptista Ferreira1,2, Bruno Baptista dos Santos1,2, Flavio Eduardo Pinto Silva1
1- Instituto de Bioquímica Médica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ
2- Instituto Nacional de Educação de Surdos, Rio de Janeiro, RJ
O ensino de embriogenese para alunos do curso fundamental seria possível e despertaria o interesse dessa faixa etária? Com isso em mente e como parte do
projeto “A inclusão do Surdo através do conhecimento científico”, os alunos Surdos de nível médio bolsistas Jovens Talentos e cursando o Curso de Extensão em Biociências da UFRJ, ofereceram aos alunos Surdos do quinto ano do ensino fundamental do INES um curso experimental com a temática Embriogenese. O curso, com a duração de 2 dias, apresentou a embiogenese de forma experimental com os alunos abrindo ovos de galinha com diferentes dias de gestação (sem conhecimento prévio do dia que estavam abrindo) observando os detalhes dos embriões através de uma lupa, tentando ordenar o tempo de gestação baseado no desenvolvimento observado, para finalmente o tempo de gestação da galinha, e, através de discussões, verificar processos semelhantes em mamíferos e no homem. O tema, apesar de complexo desperta grande interesse e tem grande apelo visual, mostrando ser possível aborda-lo mesmo entre alunos bastante jovens.
Palavras chaves: alunos surdos, embriogenese, aves
“Aprendendo Biociências na UFRJ - Curso de extensão em Biociências para jovens surdos”
Bruno Baptista dos Santos1,2, Vera Lúcia Pereira da Silva1,2, Anderson Gonçalves Brandão de Carvalho1,2, Alexandre Soares Fernandes1,2, Evely da Silva Cazé1,2, Fernanda da Rocha Araújo1,2, Deleon Baptista Ferreira1,2, Lorena Assis Emidio1,2, Flavio Eduardo Pinto Silva1, Vivian M Rumjanek1
1- Instituto de Bioquímica Médica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ
2- Instituto Nacional de Educação de Surdos, Rio de Janeiro, RJ
Nosso grupo vem, nos últimos anos se preocupando com a questão do jovem surdo na nossa sociedade. Essa comunidade é linguística e socialmente marginalizada quanto à educação em amplos aspectos, principalmente na área científica. No decorrer de 2009, foi implantado no Instituto de Bioquímica Médica (IBqM), em parceria com o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), um curso de Extensão em Biociências totalmente inovador para o ensino de estudantes surdos.
Para isso criou-se uma ementa integrativa separada em módulos, abrangendo várias áreas da biologia em um curso com duração de um ano, todas as manhãs. Não existem aulas teóricas e todo o curso é baseado em experimentos buscando responder as perguntas dos próprios alunos naquela temática. Os alunos surdos, bolsistas Jovens Talentos, estudantes do ensino médio do Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES) participaram como discentes deste curso. Resultados preliminares demonstraram que os 7 estudantes que chegaram ao curso sem nenhuma noção de conhecimento científico, começam a adquirir conceitos e procedimentos, nunca antes adquiridos por um estudante surdo dessa comunidade. Verificamos também que os módulos levam mais tempo que o originalmente previsto. Isso porque os temas despertam uma série de questionamentos não imaginados que necessitam ser verificados. A língua portuguesa continua a ser a maior barreira encontrada, dificultando inclusive a consulta posterior dos alunos aos livros textos. Um novo tipo de linguagem foi adquirido por esses alunos, incorporando ao seu cotidiano novos sinais em relação a ciências, na sua primeira língua (LIBRAS). Verificamos que depois de realizar experimentos em um determinado tema os alunos acessavam espontaneamente a internet, jornais e revistas na busca de mais informação, que agora era mais clara para eles pois a haviam vivenciado. Mudanças comportamentais também foram observadas, o que
mostra que o conhecimento adquirido por esses alunos, vai além dos temas propostos e passa influenciar a sua vida fora do Curso. Esse estudo mostrou que é perfeitamente capaz de conseguirmos colocar alunos surdos e ouvintes na mesma sala de aula, sem grandes necessidades de adaptações, conseguindo assim a eficácia da tão discutida palavra Inclusão.
Palavras chaves: alunos surdos, biociências, ensino-aprendizagem.
“Informatização do Herbário Rfa.”
Douglas Lopes Ribeiro1, Juliana Silva dos Santos1, Tamires Guedes Farias2, Jorginaldo William de Oliveira3, Rosana Conrado Lopes3
1 - Colégio Estadual Antônio Gonçalves
2 - Colégio Estadual. Júlia Kubitschek
3 - Instituto de Biologia, Departamento.de Botânica, Herbário, UFRJ
Em 1954 o Profo Paulo Occhioni iniciou a coleção do Herbário RFA e procurou introduzir neste uma metodologia de organização moderna cientificamente estruturada para atender ao ensino e a pesquisa. Hoje a atual Curadora Rosana C. Lopes dando continuidade a este processo Credenciou o Herbário como Fiel Depositário de amostras de componentes do patrimônio genético e iniciou a informatização do mesmo. Este passo foi possível graças ao Edital do CNPq que nos proporcionou a compra do servidor e a Faperj que concedeu bolsas através do Programa Jovens Talentos da Ciência. Iniciando-se a informatização da coleção através de inclusões dos dados contidos nas exsicatas em um banco de dados (Programa BRAHMS – Botanical Research and Herbarium Management System) que dará acesso instantâneo às informações sobre o acervo da coleção. A metodologia empregada para a realização deste trabalho segue as seguintes etapas: Limpeza e remontagem do material (quando necessário), digitalização das etiquetas das exsicatas no banco de dados, atualização nomenclatural. Antes do retorno ao armário todo o material passa por um processo de descontaminação. Acredita-se
que em um prazo de aproximadamente 2 anos toda coleção (ca. 40.000 exsicatas) tenha sido informatizada, e os dados liberados para o público através da Internet.
Palavras-chave: Herbário, Botânica, Informatização
“Micropropagação de COPO-DE-LEITE (Zantedeschia aethiopica L. Spreng)”
Gregory Carlos Soares Fortunato1,2, Bárbara Balzana Mendes Pires2, Renata de Oliveira Garcia2, Elisabeth Mansur2
1 Colégio Antônio Gonçalves – Coelho da Rocha
2 Núcleo de Biotecnologia Vegetal - Universidade do Estado do Rio de Janeiro
A produção comercial de copo-de-leite (Zantedeschia aethiopica L. Spreng) a partir de tubérculos produzidos a campo apresenta algumas limitações. Desta forma, métodos de propagação in vitro vêm sendo cada vez mais adotados, resultando na obtenção de plantas com alta qualidade fitossanitária, uniformidade genética e melhor rendimento. No presente trabalho, foi realizada uma análise comparativa entre a eficiência de produção de plantas a partir de aglomerados de gemas utilizando o sistema convencional, com base em meio de cultura solidificado, e sistemas líquidos com imersão contínua ou temporária. Foram utilizados os Sistemas Verticais de Imersão Temporária (SVTI) desenvolvidos na UERJ, sendo adotados períodos de imersão de 5 min, a intervalos de 1, 2 ou 4 horas. A avaliação da taxa de aclimatização também foi realizada. Plantas completas foram obtidas nos três sistemas testados, sem necessidade de uma etapa adicional de enraizamento. Na cultura em meio solidificado, foram obtidos em torno de 18 brotos por inóculo, sendo 38,4% plantas completas. As culturas líquidas com imersão contínua apresentaram uma produção mais elevada de plantas completas (59,9%), com aspecto visivelmente mais vigoroso do que o observado em meio solidificado. Os SVTI induziram as maiores taxas de multiplicação, resultando na produção de até 61 brotos por inóculo, com 30% de formação de plantas completas. As plantas produzidas em todos os sistemas testados eram saudáveis e não apresentaram sinais de hiperidricidade. A maior taxa de aclimatização (90%) foi observada em plantas provenientes de SVTI com intervalo de 4 horas entre as imersões. A
eliminação do agar no meio de cultura, associada à alta produção de plantas completas, em um único meio de cultura, pode levar a uma redução no custo final de produção.
“Vida Útil de Queijo Minas Frescal produzido artesanalmente em uma Agroindústria Escolar”
Priscila de Sousa Ferreira1; José Paulo de Sousa Júnior1; Paula Borges Bastos2 1 Curso Técnico em Agropecuária Habilitação em Agroindústria – Campus Bom Jesus do Itabapoana / Instituto Federal Fluminense – Bom Jesus do Itabapoana - RJ
2 Laboratório de Microbiologia de Alimentos – Campus Bom Jesus do Itabapoana / Instituto Federal Fluminense – Bom Jesus do Itabapoana - RJ
O queijo Minas Frescal é um produto que tem ampla aceitação comercial e que faz parte do hábito alimentar da população na maioria das regiões do país. O presente trabalho teve por objetivo avaliar o prazo de validade do queijo Minas Frescal produzido pelo IFF – campus Bom Jesus do Itabapoana. Realizaram-se análises microbiológicas do queijo armazenado a uma temperatura de aproximadamente 7° C durante um período máximo de 15 dias ou até apresentação sensorial de deterioração. O queijo foi dividido em duas categorias: com e sem adição de cultura lática. As análises realizadas foram microbiológicas pesquisando bactérias mesófilas, psicrotróficas e coliformes totais. Usou-se a técnica de profundidade para mesófilos e coliformes, sendo incubados a 35°C por 24 horas. O meio de cultura utilizado para pesquisa de coliformes foi o VRBA enquanto para mesófilos e psicrotróficos foi o APC. Para psicrotróficos usou-se a técnica de superfície incubando as placas a 7°C por 10 dias. Os psicrotróficos do queijo com cultura não variaram muito em seu crescimento, fato que não ocorreu no queijo sem cultura, com os psicrotróficos crescendo do 1° ao 10° dia, decaindo depois. A contagem de bactérias mesófilas e coliformes no queijo com cultura não variou muito, mantendo-se praticamente constante, enquanto a do queijo sem cultura aumentou desde o 1° ao 15° dia. O rótulo do queijo Minas Frescal fabricado pela instituição apresenta como vida útil um período de 15 dias. Percebe-se assim que o queijo Minas Frescal é um produto bastante perecível e de curta duração. Apesar de microbiologicamente o queijo Minas Frescal apresentar um crescimento aparentemente normal para a microbiota pesquisada, vimos que sensorialmente ele não se comporta dessa maneira. A observação sensorial realizada pela própria equipe da análise microbiológica detectou que o queijo
Minas Frescal com adição da cultura lática apresentou menor prazo de vida útil para consumo, sendo dado apenas 7 dias, enquanto para o que não há adição de cultura manteve-se próprio para consumo por um período de 10 dias. Percebe-se, no entanto que há uma necessidade de desenvolver pesquisas mais aprofundadas sobre o presente tema para que haja maiores esclarecimentos sobre sua real vida útil no aspecto sensorial, que é o que parece determinar a aceitação do mesmo pelo consumidor.
Palavras-chave: queijo minas frescal; vida útil; contagem microbiológica
“Vida Útil de Linguiça Frescal Suína produzida artesanalmente em uma Agroindústria Escolar”
Priscila de Sousa Ferreira1; José Paulo de Sousa Júnior1; Paula Borges Bastos2 1 Curso Técnico em Agropecuária Habilitação em Agroindústria – Campus Bom Jesus do Itabapoana / Instituto Federal Fluminense – Bom Jesus do Itabapoana - RJ
2 Laboratório de Microbiologia de Alimentos – Campus Bom Jesus do Itabapoana / Instituto Federal Fluminense – Bom Jesus do Itabapoana - RJ
A linguiça frescal suína é um produto bem consumido pelos brasileiros e de fácil acesso para a população devido seu baixo custo. O presente trabalho teve por objetivo analisar a vida útil da lingüiça frescal suína resfriada e congelada produzida no IFF - campus Bom Jesus do Itabapoana. As lingüiças foram analisadas durante um período de 70 dias ou enquanto se apresentassem sensorialmente viável para consumo. Foram pesquisadas bactérias mesófilas, psicrotróficas, coliformes e estafilococos. Para a confirmação de estafilococos fizemos a prova da catalase e observação microscópica. Para a pesquisa de mesófilos e coliformes usou-se a técnica de profundidade com a utilização de APC e VRBA respectivamente. Ambos foram submetidos a 35°C/24 horas. Estafilococos e psicrotróficos seguiram a técnica de superfície. O meio utilizado foi Baird-Parker e APC, sendo os psicrotróficos incubados a 10ºC/7 dias e os estafilococos a 35ºC/48 horas. Analisando os resultados observou-se que coliformes e mesófilos obtêm comportamentos semelhantes. Quando submetidos a uma temperatura de congelamento há um retardamento no crescimento de tais bactérias o que já não acontece quando submetidos a uma temperatura de refrigeração, pois as mesmas chegam a valores elevados em um curto período de tempo. É importante ressaltar que todas as bactérias tiveram como valor inicial log 3,0. A contagem de colônias de estafilococos da lingüiça suína resfriada começa a decrescer desde o primeiro dia, não sendo mais detectadas a partir do 10° dia. Já na lingüiça congelada, no 17° dia houve contagem de log 4, não sendo detectadas colônias a partir do 42° dia. Os psicrotróficos da linguiça congelada chegaram a log 5,5 no 27° dia e posteriormente os valores caíram até log 3. Observou-se que a vida útil da lingüiça frescal suína resfriada condiz com o seu rótulo, que determina 10 dias como prazo de validade. Por não possuir
uma rotulagem própria, não temos especificado o prazo de validade da lingüiça frescal suína congelada. Na prática, tanto o consumidor quanto o fornecedor congelam o produto indicado para ser refrigerado, e a presente pesquisa detectou que até o 70° dia de estocagem o produto congelado mantém-se apto para consumo tanto no aspecto microbiológico quando no aspecto sensorial. A observação sensorial detectou que ambas perdem apenas no aspecto textura, quando estão próximas do término de sua vida útil. Conclui-se que a lingüiça frescal suína congelada possui uma vida útil maior do que a resfriada pois a temperatura de congelamento retarda o desenvolvimento das bactérias.
Palavras-chave: linguiça frescal; vida útil; congelamento; contagem microbiológica.
“Bactérias Psicrotróficas do leite em tanque de expansão”
Lorena Assis de Oliveira1; Monique Silveira Nogueira1; Paula Borges Bastos2
1 Colégio Estadual Euclides Feliciano Tardin – Bom Jesus do Itabapoana
2 Laboratório de Microbiologia de Alimentos – Campus Bom Jesus do Itabapoana / Instituto Federal Fluminense – Bom Jesus do Itabapoana - RJ
Bactérias psicrotróficas são aquelas capazes de desenvolver-se em temperaturas de 5-7°C, e são consideradas os principais deteriorantes do leite cru refrigerado e de seus derivados. O objetivo deste trabalho foi determinar os tipos de bactérias psicrotróficas do leite cru refrigerado estocado no tanque de expansão do IFF-Campus Bom Jesus do Itabapoana. O leite foi coletado diretamente do tanque de expansão com os devidos processos de higiene e levado ao Laboratório de Microbiologia de Alimentos para análise. As análises efetuadas no leite cru foram: contagem de bactérias psicrotróficas, característica das colônias repicadas e característica morfo-tintorial (coloração de GRAM). Realizou-se a técnica de superfície em meio Agar Padrão para Contagem, sendo incubadas as placas por sete dias em temperatura de 5-7°C, realizando-se em seguida a contagem das colônias. Os resultados encontrados até o momento foram: contagem de psicrotróficos variando entre 7,5 x 10² e 9,0 x 10³ UFC/mL, sendo que cerca de 33,3% das amostras não apresentaram crescimento dessas bactérias. Na observação ao microscópio foi possível observar que a maioria das colônias são de aparência bastonetes e gram-positivas. Maior número de análises será realizado para se buscar uma melhor identificação dos grupos de bactérias psicrotróficas presentes no leite pesquisado.
Palavras-chave: leite cru; tanque de expansão; bactérias psicrotróficas.
“Análise de Coliformes e Mesófilos em águas de poços e bebedouros do IFF – Campus Bom Jesus – RJ”
Leidiane Bittencourt Pimentel1; Ruy Cassiano da Silveira Nascimento1; Paula Aparecida Martins Borges Bastos2
1 Colégio Estadual Euclides Feliciano Tardin – Bom Jesus do Itabapoana
2 Laboratório de Microbiologia de Alimentos – Campus Bom Jesus do Itabapoana / Instituto Federal Fluminense – Bom Jesus do Itabapoana - RJ
A água é um elemento imprescindível a vida humana, animal e vegetal. Por isso é necessário que se tome medidas para que ela esteja livre de qualquer contaminante que possa causar mal a saúde, ou seja, é importante que esteja potável, livre de microorganismos patogênicos. Durante o período de setembro de 2009 a junho de 2010, este trabalho teve como objetivo desenvolver análises de coliformes totais, termotolerantes e mesófilos em águas de poços e bebedouros do IFF (Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense) – Campus Bom Jesus – RJ para verificar se estão apropriadas para os usos em que são destinadas. Para realização das análises foram efetuadas coletas de 6 poços e 2 bebedouros escolares, totalizando 27 amostras analisadas. Os poços são utilizados na criação animal, produção vegetal e uso doméstico. Os bebedouros analisados são utilizados para o consumo humano. As amostras foram coletadas em frascos estéreis e transportadas em seguida ao laboratório para realização das análises. Para análises de coliformes totais e termotolerantes foi utilizada a técnica dos tubos múltiplos (NMP). Para análises de mesófilos realizou-se a técnica de profundidade. Comparando com a Portaria n°518 do Ministério da Saúde, de 25 de março de 2004, das 4 amostras coletadas do poço utilizado para uso doméstico, 25% das amostras são classificadas como água potável. Das 6 amostras coletadas dos bebedouros, todas são classificadas como água potável. Comparando com os padrões de qualidade citados pela Resolução CONAMA n°357, de 17 de março de 2005, das 5 amostras coletadas do poço para produção de hortaliças e das 2 amostras coletadas do poço para produção de plantas frutíferas, todas estão apropriadas para o uso em que são destinadas. Das 10 amostras coletadas dos poços para dessedentação animal, 90% das amostras estão apropriadas para seu uso destinado. De acordo com o CONAMA, para águas de dessedentação animal, devem ser coletadas ao menos 6 amostras durante o período de um ano, e não deverá ser excedido o limite de 1000 NMP/ml em 80% ou mais das amostras. Portanto o resultado encontrado de 10% de
coliformes nos poços de dessedentação animal, não parece ser significativo. Baseado nos valores microbiológicos encontrados no poço para uso doméstico,
sugere-se que um tratamento de desinfecção simples seja suficiente para eliminar essas bactérias. A maioria das águas analisadas apresentou-se dentro dos padrões estabelecidos. É necessário que se tenha segurança ao consumir um alimento, especialmente se este for ingerido cru como uma hortaliça. Portanto sugere-se que sejam feitas análises periódicas dessas águas para se continuar realizando um controle.
Palavras-chave: qualidade de água, coliformes, mesófilos.
Ciências Agrárias
“Organização, análise e divulgação dos dados processados pela estação meteorológica do campus Nilo Peçanha”
Guilherme de Souza Alves, Nathan Fernandes de Aguiar, Marilena Souza da Silva, Antonio Passos Portilho
Introdução: O campus Nilo Peçanha (CANP) do IFRJ, localizado em Pinheiral possui uma estação para a coleta de dados relacionados ao clima da região onde se insere. A organização e divulgação destes dados fundamentarão tomadas de decisão relacionadas com as atividades de campo tanto pela comunidade escolar quanto pela população local. Objetivo: Os objetivos considerados para este projeto foram identificar os valores das seguintes grandezas, temperatura do ar, temperatura do solo, umidade do ar e do solo, índice pluviométrico, velocidade do vento, direção do vento, intensidade de radiação, luminosidade, automatizar a análise dos dados coletados através de técnicas de inteligência computacional. Metodologia: O trabalho foi desenvolvido por alunos bolsistas financiados pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ). Os dados foram coletados usando a tecnologia do software MetWin2/Metcom. Para facilitar o trabalho as informações foram tabeladas e transformadas em gráficos usando o programa Excel. Os bolsistas coletaram dados na estação meteorológica do campus Nilo Peçanha utilizando o software MetWinII/Metcom. Conclusão: Os resultados obtidos deverão ser divulgados para a comunidade do CANP e para o Município de Pinheiral. Os bolsistas receberão uma capacitação para familiarizá-los com as grandezas físicas observadas e com os instrumentos.
Palavras-chave: Meteorologia, Agrometeorologia, Temperatura.
“Produção de mudas de Pinhão Manso (jatropha curcas l.) em diferentes recipientes no município de Pinheiral, região do médio Vale Paraíba do Sul – RJ”
Hudimila D. M. Souza; Jefferson S. de Oliveira; Juliene J. R. Augusta, Daniele G. Nunes
Introdução:
O Pinhão Manso (Jatropha curcas L.) é uma planta da família das euforbiáceas. Seu centro de origem são as Américas do Sul e Central (Arruda et al, 200; Brasil, 1985). É uma espécie considerada pelo Programa Brasileiro de Biodiesel como uma alternativa para a produção de Biodiesel. Recomenda-se a produção de mudas dessa espécie em viveiros. Objetivo: Este estudo objetivou avaliar o tipo de recipiente utilizado para a produção das mudas de Pinhão Manso. Metodologia: O estudo se deu de maio a setembro de 2009. O experimento foi montado nas instalações da Unidade Educativa de Produção Viveiros de Mudas do Campus Nilo Peçanha. Os recipientes utilizados foram: T1 – Saco de Polietileno de 600 cm3 T2 – Saco de Polietileno de 1000 cm3; T3 – caixa de leite Tetra Pack 1000 cm3; T4 – Tubete de 290 cm3. Nos recipientes foi utilizado substrato comercial Plantimax Florestal. Adotou-se o delineamento experimental de blocos casualizados, com quatro tratamentos, quatro repetições e dez mudas por parcela, totalizando cento e sessenta mudas. Os parâmetros avaliados foram: o diâmetro do colo e a altura da muda. As medições foram realizadas aos 15, 30, 45 e 60 dias após a germinação. Para as análises estatísticas dos dados, aplicou-se o teste de médias de Scoott-Knott, ao nível de 5% de significância. Conclusão: Concluiu-se que as mudas produzidas em saco de polietileno 1000 cm3 e na caixa de leite Tetra Pack apresentaram os melhores resultados dos parâmetros analisados, considerados assim os melhores recipientes.
Palavras-chave: Pinhão Manso (Jatropha curcas L;) Recipiente; Caixa de Leite Tetra Pack; Saco de Polietileno 1000 cm3.
“Produção de mudas de Pinhão Manso (jatropha curcas l.) com a utilização de diferentes substratos, na região do médio Vale do Paraíba do Sul – RJ”
Ingrid F. Tiago e Cíntia H. da Silva, Carlos E.G.Menezes
IFRJ campus Pinheiral
Introdução:
O Pinhão Manso (Jatropha curcas L.) é uma planta arbustiva/arbórea da família das euforbiáceas. Sua origem são as Américas do Sul e Central. É considerada pelo Programa Brasileiro de Biodiesel uma alternativa para a produção Biodiesel. Entre os fatores determinantes na germinação e emergência de sementes e na formação das mudas pode-se destacar o tipo de substrato, que tem como características a estrutura, aeração, capacidade de retenção de água, fertilidade química e grau de infestação de patógenos variáveis, conforme o tipo de material utilizado. Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar diferentes substratos para produção de mudas de Pinhão Manso. Metodologia: Foi realizado no Campus Nilo Peçanha – Pinheiral no período de maio a setembro. Os substratos avaliados foram: i.100% terra de barranco, ii. 50% terra de barranco + 50% composto orgânico, iii. 40% terra de barranco + 40% composto orgânico + 20% areia, iv. 90% terra de barranco + 10% areia lavada com adubação mineral solúvel, v. 50% terra de barranco com adubação mineral solúvel + composto orgânico, vi. 40% terra de barranco + 40% composto orgânico + 20% areia com adubação mineral solúvel, vii. 100% Substrato comercial. Os parâmetros foram o diâmetro do colo e altura da folha mais nova. As medições foram realizadas aos 15, 30, 45 e 60 dias após a germinação. Para estatística foi empregado o teste de médias de Scoott-Knott, ao nível de 5% de significância. Conclusão: Concluiu-se que dentre os tratamentos o “substrato comercial” apresentou as melhores condições para o desenvolvimento do Pinhão Manso.
Palavras-chave: pinhão manso; substrato; substrato comercial.
“Determinação da qualidade interna e externa de ovos de consumo”
Elizabeth Ribeiro Rabelo1; Aníbal Joaquim Barroso Neto2; Carla Inês Soares Praxedes3. 1 Curso Técnico em Agropecuária Habilitação em Agroindústria – Campus Bom Jesus do Itabapoana / Instituto Federal Fluminense (IFF) – Bom Jesus do Itabapoana - RJ
2 Curso Técnico em Agropecuária Habilitação em Agropecuária – Campus Bom Jesus do Itabapoana / Instituto Federal Fluminense (IFF) – Bom Jesus do Itabapoana – RJ
3 Docente – Campus Bom Jesus do Itabapoana / Instituto Federal Fluminense (IFF) – Bom Jesus do Itabapoana - RJ
O ovo, em função do seu elevado conteúdo em proteínas, vitaminas e minerais, bem como por sua elevada digestibilidade, é reconhecido como um importante alimento para o ser humano. Assim sendo, o principal objetivo do presente trabalho é avaliar a qualidade interna e externa de ovos de consumo produzidos no Instituto Federal Fluminense, campus Bom Jesus do Itabapoana, tendo como objetivo final padronizar a comercialização dos ovos. Os ovos estão sendo coletados no setor de avicultura de postura, posteriormente enviados ao laboratório de físico-quimica para serem analisados. Para a avaliação da qualidade externa dos ovos, estão sendo analisados os parâmetros peso, forma da casca, textura e espessura da casca, integridade da casca, limpeza da casca e tamanho da câmara de ar. Para avaliação da qualidade interna do ovo estão sendo analisados a integridade da câmara de ar, viscosidade e consistência do albúmen, limpidez e transparência do albúmen, pH do albúmen, manchas na gema, cor da gema, tamanho e forma da gema e pH da gema. Os resultados obtidos até o momento, permitiram observar que o índice de pH da clara variou de 5.20 a 6,30 e o indice de pH da gema variou de 8,30 a 10,30. O peso dos ovos variou de 44 a 47g, e todos apresentaram casca sem sujidades e sem deformações. As análises realizadas até o momento comprovaram a qualidade físico-química dos ovos produzidos no setor de avicultura do campus Bom Jesus, permitindo assim, que sejam vendidos e consumidos normalmente.
Palavras-chave: ovo; qualidade; análise físico-química.
“Pesquisa de Salmonella sp. em ovos de consumo”
Adriana Ribeiro Moreira da Silva1; Annie da Silva Cassamali1; Carla Inês Soares Praxedes2. 1 Curso Técnico em Agropecuária Habilitação em Agroindústria – Campus Bom Jesus do Itabapoana / Instituto Federal Fluminense (IFF) – Bom Jesus do Itabapoana - RJ
2 Docente – Campus Bom Jesus do Itabapoana / Instituto Federal Fluminense (IFF) – Bom Jesus do Itabapoana - RJ
O ovo é utilizado com freqüência pela população brasileira por fazer parte do seu hábito alimentar, além de apresentar alto valor nutricional, possui custo relativamente baixo. No entanto, o ovo geralmente é citado em casos de toxinfecção alimentar através da contaminação pela Salmonela, causando graves problemas de saúde pública. Nesse contexto, o presente trabalho tem como objetivo principal detectar a contaminação dos ovos produzidos no campus Bom Jesus do Itabapoana pela bactéria Salmonela. As análises estão sendo realizadas com ovos frescos no laboratório de microbiologia de alimentos conforme Instrução Normativa DAS N° 62 de agosto de 2003, coletados no setor de avicultura do campus Bom Jesus do Itabapoana, do Instituto Federal Fluminense, no período de agosto a outubro de 2010. Os ovos utilizados estão sendo coletados sempre um dia antes do início do procedimento e mantidos em temperatura ambiente. No laboratório estão sendo realizados a higienização dos ovos com água, detergente neutro e etanol 70%. O método utilizado para a diferenciação de Salmonela foi o método rápido que consiste numa primeira etapa de pré-enriquecimento (caldo Salmosyst), uma segunda etapa de enriquecimento seletivo (suplemento seletivo Salmosyst) e finalmente a terceira etapa de isolamento (Ágar Rambach). Das análises realizadas até o momento não foram detectadas presença de colônias típicas de Salmonela, sugerindo que a granja do campus possui controle sanitário adequado.
Palavras-chave: ovo; Salmonela; análise microbiológica.
“Biodigestão anaeróbia: bactérias transformando dejetos em energia”
Aline Helena Vieira1, Adriano Henrique Ferrarez2
1 Colégio Agrícola de Itaperuna – Itaperuna / RJ
2Instituto Federal Fluminense – IFF – Campus Itaperuna
O desenvolvimento de tecnologias para o tratamento e utilização dos resíduos é o grande desafio para as regiões com alta concentração de produção pecuária, em especial suínos e aves. A biodigestão anaeróbia é o processo de decomposição de matéria orgânica por organismos vivos (bactérias) em meio onde há ausência de oxigênio. Extremamente importante para a realização de atividades como o tratamento de resíduos, a digestão anaeróbia é também usada para a geração de biogás através da decomposição de matéria orgânica em biodigestores, uma opção de combustível para as propriedades rurais. A digestão anaeróbia pode ser considerada como um ecossistema onde diversos grupos de microrganismos trabalham interativamente na conversão da matéria orgânica complexa em metano (CH4), gás carbônico (CO2), água (H20), gás sulfídrico (H2S) e amônia (NH3), além de novas células bacterianas. As bactérias acidogêneses fermentam compostos orgânicos e produzem o ácido acético (CH3COOH), em seguida as bactérias metanogênicas produzem o gás metano (CH4) por meio da remoção do carbono orgânico do ambiente anaeróbio e a utilização do hidrogênio. A biodigestão anaeróbia pode ser subdividida em quatro fases principais: 1) Hidrólise; 2) Acidogênese; 3) Acetogênese; e 4) Metanogênese. O processo necessita de controle de alguns fatores para que haja um melhor aproveitamento do sistema de digestor tais como: (i) Temperatura; (ii) Tipo de resíduos; (iii) Tempo de retenção hidráulica; (iv) PH; (v) Relação carbono / nitrogênio (C/N); (vi) Quantidade de água. A biodigestão anaeróbia apresenta as seguintes vantagens: (i) Não há consumo de energia elétrica, uma vez que dispensa o uso de bombas, aeradores, válvulas solenóides, painéis elétricos, etc; (ii) Baixa demanda de área, reduzindo os custos de implantação; (iii) Produção de metano, um gás combustível de elevado teor calorífico; (iv) Possibilidade de preservação da biomassa (colônia de bactérias anaeróbias), sem alimentação do reator, por vários meses, ou seja, a colônia de
bactérias entra em um estágio de endogênia , sendo reativada a partir de novas contribuições. Palavras-chave: Biodigestão anaeróbia, biogás, energia.
“Biogás: solução ambiental e energética para a Suinocultura”
Fábio Barbosa de Oliveira1, Adriano Henrique Ferrarez2
1 Colégio Agrícola de Itaperuna – Itaperuna / RJ
2Instituto Federal Fluminense – IFF – Campus Itaperuna
A suinocultura é uma atividade com um grande potencial de degradação ambiental. Os dejetos dos suínos contaminam águas, nascentes, solos, etc. Outra forma de poluição associada à atividade é o odor desagradável dos dejetos. A capacidade poluidora dos dejetos de suínos é cerca de 50 vezes maior que o do esgoto humano e muito superior ao de outras espécies de animais de criação. Um suíno que pesa entre 16 e 100 quilos produz até 8,5% de seu peso corporal em fezes e urina, diariamente. A dificuldade dos suínos de converterem para carne tudo o que comem se deve ao fato dos mesmos serem monogástricos. Cerca de 30% dos alimentos são desperdiçados, além da água perdida no manejo. A ração representa 70% do custo da produção da carne suína, com isso existe 21% de perda econômica real. Para cada 5 cinco animais produzidos, um é perdido na forma de dejetos. Uma das tecnologias aplicadas para o tratamento e utilização dos resíduos é a biodigestão anaeróbia, processo de decomposição de matéria orgânica por organismos vivos (bactérias) em meio onde há ausência de oxigênio. Um dos subprodutos desse processo é o biogás, combustível limpo e relativamente barato, de fonte renovável. A biodiegstão anaeróbia ocorre em câmaras chamadas biodigestores. O biogás se apresenta como importante alternativa energética, em condições de desempenhar expressivo papel na substituição de fontes convencionais de energia. O gás metano, pode constituir de 50 a 70% do biogás, apresenta consideráveis vantagens sobre outros combustíveis em termos de segurança. O poder calorífico do biogás pode variar de 20.900 a 29.260 kJ m-3 (5.000 a 7.000 kcal m-3) e que dependendo do grau de purificação, pode alcançar até 50160 kJ m-3 (12.000 kcal m-3). A energia do biogás pode atender às mais variadas demandas energéticas da propriedade tais como: (i) aquecimento de leitões; (ii) resfriamento das matrizes; (iii) aquecimento da água de banho; (iv) cocção de alimentos nas residências; (v) iluminação da granja; e
(vi) geração de energia elétrica. Um outro subproduto da biodigestão anaeróbia é o biofertilizante.
Palavras-chave: Biogás, suinocultura, soluções energéticas.
“Biodigestores anaeróbios: câmaras produtoras de energia”
Israel Costa1, Adriano Henrique Ferrarez2
1 Colégio Agrícola de Itaperuna – Itaperuna / RJ
2Instituto Federal Fluminense – IFF – Campus Itaperuna
A partir da crise do petróleo na década de 70, os países cujas economias dependiam dessa fonte de energia tiveram que buscar soluções para esse problema. A implantação dos biodigestores se tornou uma opção de produção de energia a baixo custo que veio apresentando grandes resultados sendo, então, adotado por vários países. O biodigestor é um equipamento usado para a produção de biogás. Trata-se de uma câmara onde ocorrem processos bioquímicos gerados a partir da decomposição de matéria orgânica realizada por bactérias anaeróbicas. O biodigestor captura o metano antes que ele seja atirado na atmosfera e o armazena para ser usado mais tarde para aquecer ambientes, cozinhar alimentos , iluminação e geração de energia elétrica. O biodigestor deve assegurar uma estabilidade de temperatura para as bactérias (15 °C < T < 45 °C). Os objetivos principais do uso de biodigestores numa propriedade rural são: (i) proporcionar disponibilidade de um combustível prático e barato que poderá ser usado para fins de aquecimento e iluminação, como ainda para acionar pequenos motores de combustão; (ii) contribuir para a economia do consumo de petróleo, pelo fato do biogás ser uma forma de energia alternativa; (iii) produzir biofertilizante que é um ótimo adubo com baixo custo de obtenção; (iv) contribuir para a preservação do meio ambiente através da produção de biogás, baseada na utilização de dejetos e resíduos orgânicos poluentes. Atualmente o modelo de biodigestor mais utilizado é o modelo da marinha, também chamado tubular ou solar. O biodigestor modelo da marinha é do tipo horizontal, com largura maior que a profundidade, tem maior área de exposição solar, o que favorece a produção de biogás. Possui cúpula em plástico maleável (PVC), que é inflada com a produção de gás, como se fosse um balão. Tem baixo custo de implantação, facilidade de transporte, pode ser construído enterrado ou não. Sua limpeza, descarga e manutenção é fácil. Tem como desvantagens a vida
útil curta (aproximadamente 5 anos), é facilmente danificado pois há risco de cortes na cúpula plástica. A sua instalação é recomendada para locais de temperatura mais elevada. Além desse modelo existem os modelos Chinês e Indiano. O modo de operação de um biodigestor e suas eficiências na produção de biogás é definido por três parâmetros básicos: 1) tempo de retenção de microorganismos (TRM); 2) tempo de retenção hidráulica (TRH) e; 3) tempo de retenção de sólidos (TRS). O TRH é o intervalo de tempo necessário para que a biodigestão ocorra completamente. Os TRM e TRS são os períodos que os microorganismos e sólidos permanecem no interior dos biodigestores, esses períodos são expressos em dias. Para longos TRM e TRS têm altas produções de metano.
Palavras-chave: biodigestor, biogás, alternativa energética.
“Biofertilizante: solução de baixo custo para a agricultura orgânica”
Lucylla Rezende Braga1, Adriano Henrique Ferrarez2
1 Colégio Agrícola de Itaperuna – Itaperuna / RJ
2Instituto Federal Fluminense – IFF – Campus Itaperuna
O biofertilizante é um subproduto resultante da biodigestão anaeróbia de algum tipo de material orgânico, especialmente dejetos animais. Como subproduto é tão importante quanto o biogás. A biodigestão anaeróbia retira dos dejetos o metano (CH4), dióxido de carbono (CO2), hidrogênio (H2), vapor de água (H2O), ácido sulfídrico (H2S) e mantém as concentrações de nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K), principais nutrientes para as plantas. O Brasil é dependente das importações de adubo químico o que provoca o encarecimento da produção de alimentos, reduzindo o lucro do produtor. De acordo com o Ministério de Desenvolvimento, Comércio e Indústria, o país importou, em 2007, cerca de 19,7 bilhões de quilos de adubos, no valor aproximado de US$ 6,9 bilhões. O uso do biofertilizante representa uma alternativa para a redução do custo da produção de alimentos. O uso de biofertilizantes na agricultura é uma prática centenária e recentemente seu emprego teve um grande impulso. O biofertilizante não é poluente, seus nutrientes são absorvidos mais facilmente, não tem cheiro desagradável, não atrai moscas e não possui micro-organismos patogênicos. É um material de baixo custo, adequado para aplicação nas lavouras, substituindo os adubos químicos, que degradam o ambiente e deixam resíduos tóxicos nos alimentos causando danos à saúde humana. Fornece
micronutrientes e substâncias fitossanitárias que atuam no controle de alguns fitoparasitas. Tem ação fungicida, bactericida e inseticida. Atua equilibrando e tonificando o metabolismo da planta, tornando-a mais resistente ao ataque de pragas e doenças. O biofertilizante pode ser aplicado a lanço, com chorumeiras tratorizadas ou por fertirrigação, usando-se a aspersão. Alguns estudos indicam que culturas como tomate, ervilha e beterraba têm ótimos resultados com o biofertilizante.
Palavras-chave: Biodigestão anaeróbia, biofertilizante, agricultura orgânica.
“Motor Stirling a biogás: geração de energia térmica e elétrica”
Ronald Codeço Braga1, Adriano Henrique Ferrarez2
1 CIEP 263 Lina Bo Bardi – Itaperuna / RJ
2Instituto Federal Fluminense – IFF – Campus Itaperuna
O motor Stirling é um tipo de motor alternativo que se assemelha a uma máquina a vapor, funciona em sistema fechado, em que a expansão de um gás de trabalho (geralmente o ar) é utilizada para gerar potência mecânica por uma fonte externa de calor. Foi inventado pelo escocês Robert Stirling em 1816, auxiliado pelo seu irmão engenheiro. Eles visavam a substituição do motor a vapor que início do século XIX explodiam com muita frequência, em função da precária tecnologia metalúrgica das caldeiras que se rompiam quando submetidas à alta pressão, matando muitos operários. Teoricamente, o motor Stirling é a máquina térmica mais eficiente possível. Alguns protótipos construídos pela empresa holandesa Phillips nos anos 50 e 60 chegaram a índices de 45%, superando facilmente os motores a gasolina, diesel e as máquinas a vapor (eficiência entre 20% e 30%). Este tipo de motor funciona com um ciclo termodinâmico composto de 4 fases e executado em 2 tempos do pistão: compressão isotérmica (temperatura constante), aquecimento isométrico (volume constante), expansão isotérmica e resfriamento isométrico. Dentre as vantagens do motor Stirling encontram-se: (i) é um motor multi-combustível; (ii) baixa poluição uma vez que a combustão é contínua, e não intermitente como nos motores Ciclo de Otto e Ciclo Diesel, permitindo uma queima mais completa e eficiente do combustível; (iii) é muito silencioso e apresenta baixa vibração (não há "explosão"); (iv) com uma diferença de temperatura significativa entre a câmara quente e a câmara fria produz trabalho (quanto maior a diferença de temperatura, maior é a eficiência do processo e mais compacto o motor). Devido a
sua característica multi-combustível o motor Stirling pode ser alimentado pelo biogás, produzido pelos biodigestores nas propriedades rurais. O biogás é obtido por meio da biodigestão anaróbia, tem poder calorífico que varia entre 20.900 e 29.260 kJ m-3 (5.000 a 7.000 kcal m-3) e, dependendo do índice de purificação pode alcançar até a 50.160 kJ m-3 (12.000 kcal m-3). O gás metano é principal energético constituinte do biogás purificado que pode ter uma proporção de 50 a 70% em volume do biogás. Acoplado a um gerador o motor Stirling pode fornecer energia elétrica para processos industriais e abastecimento de residências. Dentre as desvantagens encontram-se: (i) dificuldade de dar partida e variar sua velocidade de rotação rapidamente, sendo complicado seu emprego em veículos como carros e caminhões; (ii) problemas no sistema de vedação; (iii) são mais caros, tanto na aquisição quanto na manutenção.
Palavras-chave: Motor Stirling, biogás, geração de energia.
EDUCAÇÃO
“Cadernos digitais de Infância e Cultura: recolha de narrativas de tradição oral.”
Mayara Pereira Cunha, Dra. Andréa Reis
INFES-UFF- Pádua
A partir da pesquisa: Infância e Educação na Literatura Oral: passados e antepassados do noroeste fluminense, coordenada pela Profa. Dra. Andréa Reis (INFES-UFF) que tem como um dos objetivos principais: pensar a relação entre categorias como Infância e Educação no campo da Literatura Oral, com ênfase na dimensão ética, estética, formativa que o processo narrativo e as relações sociais mediadas pela oralidade no contexto da comunidade educativa podem proporcionar, buscou-se através da recolha de narrativas e imagens “escavar” nas memórias dos habitantes da região: lendas, narrativas, causos, histórias de vida que não só recordassem, mas recontassem e “compusessem” as histórias da região. A partir dessa proposta desenvolveu-se para o Programa Jovens Talentos, o plano de trabalho (inicial) 2009: Cadernos didáticos de Infância e Cultura: recolha de narrativas de tradição oral, que no ano de 2010 passou a denominar-se: Cadernos digitais de Infância e Cultura: recolha de narrativas de tradição oral, onde por meio
de imagens fotográficas e levantamento bibliográfico, analisadas à luz da concepção benjaminiana de memória histórica, foi produzido um documentário que destacou as “histórias” locais entrelaçadas as histórias pessoais dos habitantes da região.
“Inclusão de alunos com deficiências, transtorno global do desenvolvimento e altas habilidades nas escolas municipais de Santo Antônio de Pádua: impasses e possibilidades”
Érika Félix Lucas, Jenifer Cirene Alves da Silva, Maria Goretti Andrade Rodrigues
INFES – UFF
Esse projeto de pesquisa se articula ao projeto de extensão “Compartilhar responsabilidades na educação inclusiva: construindo modos de ação na interface saúde-educação”, e teve os encontros com professores, diretores e orientadores pedagógicos das escolas municipais de Santo Antônio de Pádua ocorridos em 2009 como inspiração para o campo de investigação. O objetivo geral é investigar a trama de fatores envolvidos no processo de inclusão de alunos com deficiência, transtorno global do desenvolvimento e altas habilidades nas escolas municipais, os maiores impasses encontrados e as possibilidades construídas. Como metodologia propomos uma pesquisa documental com a análise de conteúdo de amostragem significativa dos projetos políticos pedagógicos das escolas e o levantamento do número de alunos em situação de inclusão apontados pelas mesmas. Foucault (1979), Sage (1999), Stainback & Stainback (1999), Baptista (2002), Mantoan (2003; 2007), Fleith & Alencar (2007), Oliveira, Omote & Giroto (2008) e Marques (2010) são as principais fontes utilizadas como referencial teórico, além das publicações de Educação Inclusiva do portal do MEC, que abrange documentos oficiais e material de formação continuada para professores. Como principais contribuições ao campo de estudo, os resultados da pesquisa em foco irão fortalecer as discussões sobre inclusão no cenário nacional com os dados levantados e a análise pretendida, como também poderão fornecer importantes subsídios para formulação de políticas públicas.
“Estratégias Educacionais nas condições ambientais e de saúde: Repercussão de um trabalho realizado no Colégio Estadual Deodato Linhares em Miracema.”
Juliane de Lima Souza1, Leon Lima e Silva1, Lucas Campos Crisostomo1, Rodolfo Gomes Araújo1, Msc. Sandra Maria Gomes Azevedo2, Dácio Vivas3
1 Colégio Estadual Deodato Linhares
2 Secretaria Estadual de Educação RJ
3 UFF - Pádua
Resumo:
Com base em inquietações suscitadas pela visão dicotomizada dos alunos que contrapõem homem/ meio ambiente e por questões ambientais do entorno do território habitado pelos alunos do Colégio Estadual Deodato Linhares, fomos instigados a produzir materiais, oficinas , vídeos educativos e maquetes que pudessem ajudar à percepção dos problemas e favorecer a postura crítica e reflexiva, levando à uma compreensão mais abrangente das condições ambientais e de saúde do Município. O trabalho educacional está sendo realizado através de palestras e cursos, e divulgado por intermédio das escolas de ensino fundamental e médio, bem como por movimentos de associação de bairros. Os agentes de saúde da Secretaria Municipal e outras organizações comunitárias tem sido parceiros deste trabalho, o nosso foco foi o Ribeirão Santo Antônio onde gerações de estudantes já tiveram algum tipo de contato com a vida na água. Apesar de poluído e talvez contaminando, ainda mantém uma diversidade de fauna e flora que requer atenção principalmente no que tange a necessidade de um tratamento do esgoto. Acreditamos na educação ambiental como meio de transformação das pessoas e dos grupos sociais na perspectiva de um mundo viável tanto para as gerações atuais como as gerações futuras. Cabe enfatizar que o desenvolvimento tecnológico tem que ser conciliável com um meio ambiente,tanto biológico quanto social. Assim, a saúde e educação, sem dúvida, são aspectos cruciais para a promoção da qualidade de vida.
Palavra-chave: saúde, sociedade, cidadania.
“Repensando práticas educacionais na Construção de sequências pedagógicas em Ciências”
Juliane de Lima Souza1, Leon Lima e Silva1, Lucas Campos Crisostomo1, Rodolfo Gomes Araújo1, Msc. Sandra Maria Gomes Azevedo2, Dácio Vivas3
1 Colégio Estadual Deodato Linhares
2 Secretaria Estadual de Educação RJ
3 UFF - Pádua
Este trabalho de pesquisa trouxe uma nova metodologia ligada a melhoria do ensino de ciências em sua interação com a linguagem, adotada no interior do Estado do Rio de Janeiro. O Projeto “ABC na Educação Científica Mão na Massa” tem como parceiros a Academia Brasileira de Ciências, o Consulado Francês e a Fiocruz-RJ. Buscou-se realizar um acompanhamento avaliativo do projeto “ABC na Educação Científica – Mão na Massa”, a fim de verificar sua contribuição para o estímulo a um processo investigativo e ao desenvolvimento da argumentação oral e escrita. Avaliamos se algumas características básicas do projeto eram efetivamente desenvolvidas, tais como a metodologia investigativa a partir de desafios e um maior estímulo às interações em sala de aula. Por meio de registros de fotografias, áudio e vídeo foi possível enfatizar que nosso trabalho valorizou situações de questionamento e promoveu mudanças de relacionamento na comunidade escolar, tanto entre mestres e alunos como entre estes e os gestores provocando um ambiente mais colaborativo. Foram propostas ações concretas decorrentes do ensino de ciências, ligados a qualidade de vida e a melhoria do entorno habitado pelos alunos. O projeto contribui para a inclusão social, na medida em que favorece a diminuição da repetência e, consequentemente da evasão escolar. Nossa intenção é colaborar para promover o alfabetismo científico-cultural, que significa um letramento que permita maior desenvolvimento cognitivo associado ao fomento a uma prática ética e cada vez mais cidadã.
Palavra-chave: processo investigativo, ensino, ciências.
Museu Nacional da UFRJ
Seção de Assistência ao Ensino
“Monitoramento de escolas nas Exposições Permanentes do Museu Nacional”
Filipe Oliveira da Silva, Sérgio Alex Kugland de Azevedo
Colégio Pedro II – Unidade Escolar São Cristóvão III
Museu Nacional
Resumo
O Projeto de Iniciação Científica – PIC-Jr, desenvolvido pelo Colégio Pedro II e o Museu Nacional, apresenta-se como possibilidade dos estudantes do Ensino Médio freqüentarem os laboratórios e setores do Museu, vivenciando o cotidiano dos profissionais que atuam na Instituição com o objetivo de despertar o interesse pela pesquisa científica, desenvolvendo novas práticas de ensino e aprendizagem.
A Seção de Assistência ao Ensino do Museu Nacional participa deste Projeto através do monitoramento realizado nas Exposições Permanentes .
A proposta de visitas monitoradas às escolas que visitam as Exposições Permanentes do Museu Nacional tem por premissa básica oferecer aos alunos momentos de lazer aliados à obtenção de conhecimento e de novas descobertas, através do rico e diversificado acervo que se encontra em exposição.
Esta proposta de pedagogia museal só pode ser alcançada a partir do momento em que haja uma equipe preparada para fazer com que as exposições ganhem “vida”, “falem” através dos objetos. Esta é a função do guia-monitor: levar as pessoas a contextualizarem o acervo – sua utilidade, a realidade da época em que está inserido, seu papel dentro da sociedade, as implicações do seu uso etc.
Inserindo-se no contexto do museu educador, o Museu Nacional oferece a visita monitorada, observando parâmetros da pedagogia museal em que o lúdico e o conhecimento se aliam para propiciar a educadores e educandos uma atividade extra-classe marcante e enriquecedora.
Palavras-chave: Museu; pesquisa; educação; divulgação científica.
“A influência do Projeto Jovens Talentos sobre os estagiários,
no período de 1999 a 2008, segundo depoimentos dos egressos do JT.”
Elimar do Nascimento Silva1; Juliana Alves da Costa Lima2;Thais dos Santos Rodrigues3,Vanderson dos Santos Chaves1, Michelle R. P. de Oliveira4, Jorge Belizario de Medeiros Maria4,5
1- C. E. Julia Kubitschek
2 – C. E Antonio Gonçalves
3 – C. E. Olavo Bilac
4 - CECIERJ
5 – FAPERJ
Introdução:
O Projeto Jovens Talentos é um programa de Pré-Iniciação Científica desenvolvido pelas Fundações CECIERJ e FAPERJ. Os estagiários são alunos de Ensino Médio da Rede Pública de Ensino, na faixa etária de 15 a 18 anos e que apresentem bom desempenho escolar e interesse pela pesquisa.
Esses jovens após processo de seleção em suas escolas são submetidos à reunião e entrevista com a coordenação do projeto e após esta fase, são enviados aos orientadores cadastrados para receber os alunos.
Os jovens passam a cumprir estágio de 8 horas semanais durante 8 meses, podendo haver a renovação do estágio por mais 12 meses.
Durante todo o estágio o aluno recebe uma bolsa no valor de R$ 180,00 mensais como ajuda de custo.
O período de estágio tem servido, de acordo com a pesquisa efetuada, como de grande influência na vida de cada um dos estagiários trazendo aumento da auto-estima, conhecimento, maturidade, e despertando maior interesse em seguir uma carreira acadêmica.
Metodologia:
1 - Foi realizada, como primeira etapa, o levantamento dos contatos dos egressos do projeto, do ano de 1999 até o ano de 2008, que ainda não haviam sido consultados a respeito das suas participações no projeto.
2 – A seguir foi feita a comparação com as respostas que haviam sido recebidas em pesquisa anterior para evitar a duplicidade de respostas.
3- Aperfeiçoou-se o questionário-entrevista a ser enviado aos ex-estagiários, via e-mail ou correspondência.
4- Elaborou-se a seguir etiquetas com o nomes e endereços dos egressos constantes
em nosso arquivo e enviamos via Correio as cartas com a entrevista e os e-mails para os que haviam citado endereço eletrônico na ficha de inscrição do JT.
5- A fase seguinte constou de recebimento das respostas recebidas e início da tabulação dos dados informados.
6 – Após a tabulação das respostas atuais foi realizado o somatório das respostas atuais com as respostas anteriores para totalização dos números e confecção dos gráficos.
OBS: Os gráficos foram construídos em bases percentuais devido ao número de respostas recebidas não significar o número total de consultas efetuadas.

Prestaram Vestibular
89,4 – SIM
10,6 – Não
Cursando ou cursou Universidade
  SIM  73%      NÃO 27%
Seguiu a mesma área  da Carreira?
Sim    90,4%      Não  9,6%

Influência na escolha da carreira

Totalmente  37% - Parcialmente 25%  Não Influenciou 15%  Não respondeu 23%


Influência na vida pessoal
Maturidade  25%  - Organização  14% - Responsabilidade  35% - Capacidade de relacionamento  13%  - Disciplina  11%  - Outros 2%

Influência Acadêmica

Conhecimento  34%  - Visão do meio acadêmico – 20% - Capacidade de desenvolver projetos  25 %  - Estímulo ao ingresso na  Universidade  21%


Participação na Jornada
SIM 62%   NÃO 38%
Discussão e Conclusão
Os dados obtidos vem apontando para uma grande importância do Jovens Talentos na vida de nossos estagiários tanto na parte acadêmica quanto na parte pessoal. Os dados recebidos nesta fase da pesquisa são muito semelhantes aos obtidos na primeira fase da pesquisa que analisou dados dos egressos até o ano de 2005. Agora foram computados os dados de 2006 a 2008 e incluídos aos dados anteriores para formulação dos resultados.
Tais fatos ratificam a grande importância do Projeto Jovens Talentos para os estudantes da rede pública de ensino do Estado do Rio de Janeiro e a necessidade de constante incentivo ao Projeto por parte das autoridades competentes.
ENGENHARIAS
Engenharia Nuclear
“Comunicação escrita e oral nas áreas acadêmicas”
Lidiane Leal Schimidt1, Naiane Barroso Leal1, Natan Blaudt Ximenes2, Ricardo C. Barros3
1Colégio Estadual José Martins da Costa
2Colégio Carlos Maria Marchon
3Instituto Politécnico – Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rua Alberto Rangel s/n, Nova Friburgo, RJ
Falar e escrever tecnicamente para os profissionais que atuam nas várias áreas do conhecimento não são tarefas simples, porém muito frequentes no mundo atual. No falar tecnicamente, incluímos desde a explicação da resolução de um exercício de uma disciplina básica para um colega, até a exposição oral ou em painel de um trabalho científico, incluindo discussões técnicas em mesas redondas, palestras técnicas e defesas de dissertação de mestrado e de tese de doutorado. No escrever tecnicamente, incluímos desde a preparação descritiva do conteúdo de uma aula, até a redação de um resumo, de um resumo estendido ou de um artigo científico, incluindo redações de projetos de pesquisa, monografias, dissertações de mestrado e de teses de doutorado.
Considerando a grande dificuldade evidente que vemos hoje entre os estudantes do curso médio em se comunicarem tecnicamente através da fala ou da escrita de forma correta, desenvolvemos este projeto que visa a treinar os estudantes a se comunicarem tecnicamente de forma clara, correta e objetiva.
O projeto vem avançando por tarefa. Partimos da parte escrita com digitação de textos técnicos com tabelas, gráficos e equações matemáticas, assim como a preparação de painéis. Em seguida enfatizamos a parte de exposição oral.
Palavras-chave: academia, comunicação oral, comunicação escrita.
ENGENHARIA FLORESTAL
“Identificação de cristais em Lophanthera lactescens DUCKE.”
Renan Oliveira de Souza1, Daniela Paes da Rocha2, Tatiana de Felice Elias2, Heber dos Santos Abreu2 -
1Escola Waldemar Rhayt
2Instituto de Florestas Prof. Heber dos Santos Abreu/UFRRJ.
A espécie Lophanthera lactescens Ducke é uma planta endêmica da Amazônia brasileira, sendo utilizada pelos nativos como agente febrífugo sobre a malária, devido as suas propriedades farmacológicas. Nas células de muitas plantas são encontrados depósitos cristalinos de várias formas. A maioria consiste de sais de cálcio; o mais comum é o oxalato de cálcio, mas também, são encontrados os de carbonato de cálcio e até mesmo orgânico. Geralmente, considera-se que os cristais constituem depósitos de produtos excretados do vacúolo. Os cristais podem estar restritos ou concentrados nas células de uma região particular. Tal distribuição localizada nas células que contem cristais é muito interessante e merece futura investigação, pois em alguns casos os cristais podem ter valor taxonômico. Tal fato deve ser descrito, tendo em vista a possibilidade de uso da madeira na indústria florestal. Em função disso, objetivou-se verificar a composição e distribuição química do cristal através da dissociação e luz polarizada. Para tal, amostras de cavacos de madeira foram preparadas para dissociação dos elementos anatômicos. Após esse procedimento foram preparadas laminas com o material dissociado e testes histoquímicos com soluções de acido clorídrico 10% e ácido acéticos 10%, notando a dissolução dos cristais. Em seguida foram registrados fotomicrografias, utilizando para isso um microscópio óptico (Olympus BX 51) com sistema de polarização acoplado a um sistema digital de análise de imagens (cell* imaging software). Os resultados indicam que a madeira da Lophanthera apresenta depósitos cristalinos relevantes comparados a outras madeiras da Amazônia. Isso levou-nos a considerar que a presença destes cristais caracteriza em parte esta espécie e que
provavelmente sua existência em grande quantidade influencia na trabalhabilidade e na resistência física e biológica da mesma já observada em estudos anteriores.
Palavras-chave: Lophantera; madeira; cristais
“Solubilidade em amostras de madeira de Corymbia citriodora (HOOK.) K.D. HILL & L.A.S. JOHNSON”
Guilherme Barbosa Pereira1, Carlos Henrique Rocha Gonçalves2, Tatiana de Felice Elias2, Heber dos Santos Abreu2 –
1Escola Presidente Dutra
2Instituto de Florestas Prof. Heber dos Santos Abreu/UFRRJ.
Com a crescente preocupação com o efeito estufa e o aquecimento global, cada vez mais estudos vêm sendo feitos para a produção de álcool de segunda geração a partir da madeira e outros materiais lignocelulósicos. A madeira tem como constituintes majoritários a celulose, hemicelulose e a lignina. A celulose se distingue em termos de solubilidade por apresentar propriedades químicas e físicas que impedem sua solubilidade em solventes orgânicos neutros e até mesmo em solventes alcalinos. A lignina por sua relativa resistência a hidrólise e hidrofobicidade. Outras substâncias de baixa massa molecular são geralmentes solúveis em solventes orgânicos e algumas delas são solúveis em água. Este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar a solubilidade de material lignocelulósico para ozonólise visando à produção de álcool de segunda geração, onde a granulometria das partículas se torna fundamental para o sucesso da reação, tendo em vista que os constituintes químicos acima citados competem com a lignina durante a ozonólise. Foram realizados testes com madeiras tratadas com solventes de polaridades diferentes e somente com água, sob uma série de diferentes granulometrias. Amostras de madeira de Corymbia citriodora secas ao ar, com extrativos e sem extrativos foram moídas e peneiradas, utilizando para isso um conjunto de peneiras (150, 212, 300, 425 e 600μm). Os resultados mostraram que somente o tratamento com pré-extração que sofreu solubilidade em água fria, com granulometria de 150μm foi estatisticamente superior aos outros, e provavelmente o mais recomendado para reações de ozonólise em busca da acessibilidade enzimática para produção de álcool de segunda geração. Esses dados permitirão também uma avaliação futura de higroscopicidade dos materiais lignocelulósicos.
Palavras-chave: ozonólise; materiais lignocelulósicos; biocombustível
FARMÁCIA
“Sabão: uma forma de reciclagem”
Wallace de Jesus Barreto1, Déo Anselmo Pinheiro2, Thalita Gonçalves Barros2
1CIEP 050 Pablo Neruda - São Gonçalo/RJ
2Faculdade de Farmácia/UFF - Niterói/RJ
O tratamento e a reciclagem de resíduos industriais e os gerados em laboratórios de ensino e pesquisa, juntamente com o aprendizado e aplicação do conceito de Química Verde, tem contribuído para a redução da contaminação ambiental. Os óleos e gorduras usados entopem encanamentos e tubulações de residências, além de aumentarem a massa de poluentes que contaminam rios, represas e mares. A utilização desses óleos e gorduras como matéria-prima para a produção de sabão e detergente é uma forma de reciclagem, podendo ser utilizados para limpeza de materiais e superfícies em geral. Para introduzir estes conceitos no meio acadêmico, pretende-se adicionar uma aula prática de “produção de sabão a partir de óleo de soja usado” na disciplina de Tecnologia de Cosméticos. Nesse sentido, foram elaboradas várias formulações para fabricação de base para sabão. Estas foram realizadas com óleo de soja sem adição de sebo (Formulação 1), mistura de óleo de soja com sebo (Formulação 2) e sebo puro (Formulação 3). Outro teste foi definir a forma de ajustar o pH do produto, com HCl ou adição de mais quantidade de óleo de soja. Além disso, observar a diferença de produto quando se adiciona ou não solução de cloreto de sódio à formulação. O critério de escolha de melhor formulação envolve a textura, formação de espuma e aspecto. Foi observado que a formulação somente com óleo de soja ficou mais escura, porém mais transparente e com dureza razoável. As formulações com óleo de soja e adição de solução de cloreto de sódio ficaram mais claras, porém opacas e o ajuste de pH tanto com HCl quanto com adição de mais óleo de soja foram eficientes. Já a formulação com mistura de óleo de soja e sebo apesar de ter ficado um pouco opaca, foi a que apresentou melhor dureza e aparência. Todas formaram espuma. A Formulação 2 se apresentou como a melhor base para sabão. A complementação da formulação com aditivos de maneira a se chegar a otimização, versará na introdução desta como aula prática na
disciplina de Tecnologia de Cosméticos. Palavras-chave: Sabão, Saponificação, Química Verde, Reciclagem
“Gerenciamento de resíduos químicos em laboratório de pesquisa científica.”
Gabriel de Jesus Nogueira 1, Luiza Rosaria Sousa Dias 2
1Colégio Estadual Pablo Neruda – São Gonçalo
2Laboratório de Química Medicinal (LQMed), Dep. Tecnologia Farmacêutica, Faculdade de Farmácia/UFF.
Num laboratório de pesquisa científica com objetivo de obtenção de novos fármacos, são realizadas atividades que visam à síntese química e o isolamento de diversas substâncias. Essas atividades geram uma quantidade considerável de resíduos, denominado como lixo químico. O lixo químico resultante de atividades de pesquisa é produzido por produtos vencidos ou contaminados. Esses materiais, geralmente, possuem pelo menos uma das seguintes características: tóxicos, corrosivos, inflamáveis, explosivos, cancerígenos ou mutagênicos; podendo apresentar riscos potenciais à saúde pública ou ao meio ambiente. O conhecimento dos resíduos gerados e a implantação de ações que visam o controle e gerenciamento de resíduos químicos são ações que corroboram para evitar riscos de acidentes no ambiente de trabalho, assim como para a diminuição de poluentes lançados no meio ambiente. No reconhecimento e separação dos resíduos, estes são classificados como: ativo (gerado continuamente em atividades rotineiras) e passivo (estocado). Para minimização de resíduos químicos foi aplicada a teoria dos 4 “R” (Reduzir, Reutilizar, Reciclar e Recuperar). Assim, devem-se Reduzir as fontes geradoras de poluição, diminuindo volumes e concentrações de reagentes químicos; Reutilizar, Recuperar e Reciclar, sempre que possível, preservando os recursos naturais. Nesse sentido, os resíduos ativos, sempre que possível, são recuperados e reutilizados no laboratório, sendo, então, reduzidos em volume. A recuperação de resíduos foi empregada para os resíduos de solventes evaporados em rota-evaporadores, sendo estes coletados em contetores individuais. As placas de cromatografia de camada fina, visualizadas em luz U.V., são reutilizadas após utilização de eluente polar como metanol. No controle do consumo de solventes orgânicos, por cada projeto de pesquisa desenvolvido, utiliza-se uma lista controle com datas de entrada e saída. Os resíduos estocados (passivo) são separados de acordo com o Diagrama de Hommel [inflamabilidade (vermelho), reatividade
(amarelo), riscos a saúde (azul), riscos especifico (branco)] e, depois de estocado adequadamente, deve ser retirado por uma empresa especializada no tratamento desse lixo químico. Essas atividades proporcionaram um aprendizado sobre a aplicação de estratégias de controle e gerenciamento de resíduos químicos provenientes de um laboratório de química.
Palavras-chave: resíduos químicos; laboratório de química.
FÍSICA
“Física Experimental no ensino médio: Modelagem prática”
Joaquim Jacintho da Silveira Neto e Pedro Canhaço de Assis, Dr. Rodrigo Lacerda da Silva
Instituto Federal Fluminense – Campus Bom Jesus do Itabapoana – IFF/Bom Jesus
O projeto visa iniciar, incentivar e familiarizar o estudante do ensino médio em um campo de pesquisa da Física. Para tanto, o estudante conviverá em um ambiente de novas ideias e senso crítico, onde terá a oportunidade de interagir com outros colegas e pesquisadores de grupos diversos. Visando atingir esse objetivo, o projeto inicialmente foi voltado para a familiarização do estudante a uma plataforma computacional freeware conhecida como Modellus versão 4.01, que permite a criação de animações gráficas dos fenômenos físicos visualizados na sala de aula, com maior facilidade. Outra parte dessa iniciativa foi a revisão do conteúdo da Física já estudado, pois é necessário que os estagiários tenham bom domínio do assunto que será desenvolvido durante o projeto. Após essa etapa, iniciou-se o processo de criação de animações, que inicialmente é trabalhoso, pois se tratava de uma maneira inovadora de apresentar a Física comparada com a forma tradicional da sala de aula. Assim, as primeiras animações buscavam representar fenômenos mais simples e corriqueiros, ou seja, mais fáceis para programar, entender e com poucas variáveis; contudo, com a familiaridade com o software, foram surgindo novas ideias que permitiram com que as animações se tornassem cada vez mais complexas e
completas, fazendo com que os estagiários buscassem cada vez mais o seu aprimoramento, de uma maneira fascinante e contagiosa. Essas animações ilustram fenômenos da cinemática, mecânica, ótica, conservação de energia, entre outros. Isso permite ao estagiário compreender situações particulares dos problemas, e assim, formar-se um pesquisador mais crítico, além de garantir uma formação a nível de ensino médio, mais completa. Além disso, o projeto também tem como meta o uso das animações como demonstração dos fenômenos físicos na sala de aula, visando oferecer aos demais alunos um melhor entendimento, pois animações dinâmicas permitem uma melhor visualização e compreensão do conteúdo, comparada com as imagens estáticas contidas nos livros didáticos. Uma outra contribuição de forma indireta é a formação de um conjunto de animações desenvolvidas que podem servir de referência para outros estudantes que mais tarde venham a trabalhar com o software Modellus, caso venham a ter alguma insegurança. Desta forma, o projeto possui um grande papel social que não se limita somente a um laboratório computacional e sim abrange toda a escola, a comunidade e a região. E além de formar um cidadão mais capacitado, mais ativo e mais profissional, acaba contribuindo para o desenvolvimento e melhoria da educação no Brasil.
Palavras-chave: Modellus, Física computacional, Animações, Simulação computacional.
“Medida da velocidade de fase da luz em linhas de transmissão”
D. O. S. Gomes1 , W. S. Santos2,3,4 A. C. F. Santos5, C. E. Aguiar5
1Colégio Estadual Guilherme da Silveira Filho (CIEP 386), Bangu, RJ, CEP 21865360, Brasil.
2Colégio Pedro II3Colégio Santo Inácio
4Colégio Metropolitano.
5Instituto de Física, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Box 68528, Rio de Janeiro, 21991-972, Brasil
Nos cursos de nível médio, quando falamos em velocidade da luz, geralmente nos referimos ao seu valor no vácuo, ou seja, c = 299 792 458 m/s. A constante c é a velocidade máxima com que se pode transmitir um sinal, e é a velocidade de
partículas de massa nula. Em se tratando de propagação em um dielétrico, a referência é a velocidade de fase de uma onda monocromática, isto é, vfase = c/n, onde n é o índice de refração do meio. Em termos da freqüência f, e do comprimento de onda , a velocidade de fase é dada por vfase = f. Facilmente encontramos afirmações do tipo: “ a luz sempre se propaga mais lentamente através de um material do que no vácuo‟‟ ou ainda, “ o valor do índice de refração é sempre maior do que 1‟‟ caso contrário, poderia haver velocidade maior do que c, o que contradiz a teoria da relatividade de Einstein. Note que na maioria dos textos fala-se simplesmente na velocidade da luz ao invés de velocidade de fase da luz. Talvez seja esta a origem da grande confusão a respeito da propagação da luz. De fato, na faixa do visível, a maioria dos materiais conhecidos possuem índice de refração maior do que a unidade. Mas será que o índice de refração é sempre maior do que 1 ? A resposta é não! Por exemplo, para o alumínio e para a água, os índices de refração são menores do que 1 para comprimentos de onda em torno de 1 m e 70 nm, respectivamente [2]. Uma crítica mais aprofundada quanto a maneira de como os livros didáticos são produzidos e como os conceitos errôneos apresentados, em particular no que concerne ao índice de refração e à a velocidade da luz, pode ser encontrada na ref. [3]. Também encontramos nos livros didáticos uma explicação sobre o fenômeno da dispersão, que indica como a velocidade de fase e o índice de refração dependem da freqüência da onda eletromagnética. Se escolhermos um “ponto‟‟ em particular para a fase, por exemplo, um máximo, a velocidade de fase é a velocidade com a qual este “ponto” se propaga no espaço. No entanto, a rigor, a velocidade de fase não possui significado físico, ou seja, não carrega informação. O fato é que, se a fase de uma onda monocromática levou um certo tempo para alcançar um determinado ponto no espaço, isso não significa necessariamente que a energia emitida pela fonte leva o mesmo tempo para chegar a esse ponto, como o campo elétrico, tenha alcançado aquele ponto. Em algumas situações a fase até pode mover-se em sentido contrário ao fluxo de energia.
Fig. 1 – Aparato experimental
Palavras-chave: velocidade da luz, linhas de transmissão
Obs. Trabalho submetido para a Revista Brasileira de Ensino de Física (2010), para o Simpósio Nacional de Ensino de Física, Manaus (2011) e Encontro de Licenciatura em Física (UFRJ- 2010)
“Alunos do ensino médio atuando como monitores da Casa da Descoberta”
Liliane da Silva Forny 1, Patrick Soares da Silva de Oliveira 1, André Rodrigues Batista de Souza2, Lorena Siqueira Targueta2, Áurea Alves da Silva2, Renato Cardoso dos Santos3, Carlos Roberto Alves Augusto3, Wanda da Conceição de Oliveira3.
1Colégio Estadual Aurelino Leal
2Casa da Descoberta -Instituto de Física/UFF-Discentes Monitores
3Casa da Descoberta -Instituto de Física/UFF-Docentes
A Casa da Descoberta é um centro de divulgação de ciências que está localizado no Instituto de Física da UFF e que conta com um acervo de experimentos interativos de aproximadamente 50 experimentos sendo em sua grande maioria de Física. As visitas são guiadas por monitores de diversos cursos da UFF, responsáveis por explicar os experimentos de forma lúdica e divertida. Conseqüentemente, a Casa da Descoberta tem-se destacado como uma entidade integradora entre a comunidade acadêmica e a sociedade, conduzindo para além dos muros da Universidade os conhecimentos científico e pedagógico, produzidos por seus professores e pesquisadores. No ensino médio, os conceitos de Física e de Química são geralmente introduzidos teoricamente através de equações e fórmulas, freqüentemente sem as práticas de laboratório correspondentes. Isto dificulta o relacionamento dos conceitos teóricos com os fenômenos diários e, portanto, o
aprendizado da Ciência. Um dos objetivos deste projeto, iniciado em 2003, é complementar as atividades didáticas destes alunos. Outro enfoque do projeto é fazer com que os alunos acreditem na própria capacidade e se tornem divulgadores de ciências atuando como monitores na Casa da Descoberta.
Palavras-chave: centro de ciência, experimentos de Física, ensino médio.
“Caixa Mágica”
Liliane da Silva Forny 1, . Patrick Soares da Silva de Oliveira 1, Monique Silva de Oliveira1 , Renato Cardoso dos Santos2 ,Wanda da Conceição de Oliveira2.
1Colégio Estadual Aurelino Leal
2Casa da Descoberta -Instituto de Física/UFF- Docentes
Neste trabalho é apresentado um estudo sobre a “caixa mágica” , que é uma estrutura cúbica vazada com um espelho plano na vertical posicionado na diagonal da estrutura. Inicialmente, um monitor coloca uma das suas pernas na frente do espelho e a outra atrás do mesmo. Então, o monitor suspende a perna que ficou na frente do espelho, se apoiando apenas pela outra que fica fixa no chão atrás do espelho. A pessoa que estiver observando terá a impressão que o monitor está flutuando, pois estão sendo vistas duas pernas exatamente iguais que não estão apoiadas no chão.
Na verdade, como uma dessas pernas é o reflexo da que está suspensa, qualquer movimento que for feito nesta, também será visualizada para a sua imagem.
Um espelho plano deve ser constituído de uma superfície metálica para ser um ótimo refletor. A imagem gerada por ele é dita virtual, direita e do mesmo tamanho que a do objeto.
É objetivo deste trabalho estudar alguns conceitos da ótica geométrica, como posição e características do objeto-imagem, utilizando a lei da reflexão para espelhos planos.
Palavras-chave: experimentos de Física, espelho plano, objeto-imagem.
“Cama de pregos”
Mariana Ferreira Gonçalves1,Vanessa Gomes dos Santos Almeida1, Phâmella Dumard Saroldi Ribeiro 1, Wanda da Conceição de Oliveira2.
1Colégio Estadual Aurelino Leal
2Casa da Descoberta -Instituto de Física/UFF
Neste experimento é possível abordar o fato de uma pessoa ter seu dedo furado ao encostar-se num único prego, entretanto não sofrer danos físicos ao sentar-se ou deitar-se numa cama de pregos. A cama de pregos é uma preciosa demonstração que destaca o conceito de pressão, o modo como as intensidades de força são distribuídas em intensidades diferentes sobre uma superfície. Sendo a pressão uma grandeza escalar, ela é totalmente destituída de direção e sentido e tem a finalidade de nos informar a distribuição da massa numa dada área sendo inversamente proporcional a área, ou seja, p = F/A. Considerando que a cama de pregos „‟dilui‟‟ o peso da pessoa (intensidade de força) sobre uma área constituída de milhares de pregos. A pressão exercida pelos pregos sobre o corpo da pessoa é muito reduzida por efeito da distribuição de sua massa corporal e assim, a pessoa não sente dores ou „‟espetadelas‟‟ por parte dos pregos.
Um exemplo numérico pode ser obtido supondo um adulto pesando em média 70 kgf. Se ele apoiar-se em pelo menos 2000 pregos, cada prego suportará 70/2000 = 0,035 kgf/prego, ou seja, 35 gf/prego. A pressão efetiva do sistema, ou o „peso por prego‟ será de 35 gf. Com essa pressão o corpo humano não sentirá qualquer desconforto. Os pregos não perfurarão quer a roupa ou a pele. O experimento só apresentará desconforto (e isso não vale a pena experimentar) quando o peso em qualquer prego se aproxima dos 200 gf.
Palavras-chave: experimento de Física, pressão e força.
“CIRCUITO-ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES”
Ana Paula de Souza Domingues1, Kathlen Fernanda dos Santos Teixeira1,Carolina Pinheiro da Silveira2, Carlos Roberto Alves Augusto3, Wanda da Conceição de Oliveira3.
1Colégio Estadual Joaquim Távora
2Colégio Estadual Joaquim Távora-Docente
3Casa da Descoberta -Instituto de Física/UFF -Docente
Nos circuitos elétricos os resistores são empregados com a função de limitar a corrente no trecho ou como divisor de tensão. Neste experimento mostraremos a dependência da corrente numa associação de resistores em série e em paralelo.
Esta dependência será observada através da intensidade de iluminação de uma lâmpada colocada em cada trecho do circuito.
palavras-chave: resistores em série, resistores em paralelo,experimento de Física
FITOTECNIA
“Plantas Medicinais - Sinonímia popular arnica”
Adriel da Hora Viana1; Gloria Cristina da Silva Lemos2, Silvério de Paiva Freitas2, Mônica Gonçalves de Almeida3
1 ETE - João Barcelos Martins – Campos dos Goytacazes – RJ
2 CCTA /Universidade Estadual do Norte Fluminense – Campos dos Goytacazes – RJ
3 CE João Coelho da Silva – São João da Barra – RJ
A atribuição de um mesmo nome à diferentes espécies pode levar à utilização equivocada de plantas medicinais e decorre da limitação do vocabulário botânico por parte da população em geral. Considerando, o reconhecimento das terapias tradicionais pela ONU que resulta na possibilidade do incentivo à fitoterapia caseira, este trabalho teve por objetivo desenvolver atividades que permitam intercâmbio de saberes popular e acadêmico através da troca de plantas e experiências sobre espécies medicinais. Visando observar a cultura popular sobre espécies medicinais, mudas obtidas junto à voluntários do grupo da terceira idade do Centro de Saúde Escola de Custodópolis, bairro popular da cidade de Campos de Goytacazes, RJ, foram cultivadas e expostas em vasos, após identificação botânica. Entre as vinte e duas espécies relacionadas, a denominação arnica foi atribuída indistintamente às espécies Chromolaena maximilliani e Solidago microglossa, citadas na literatura como mata pasto e arnica brasileira, respectivamente. A ausência de confirmação científica das propriedades terapêuticas destas espécies indica a importância do contato direto com o material botânico integral como via necessária à comunicação segura sobre plantas de uso medicinal popular, pois a atribuição de um mesmo nome popular a diferentes espécies vegetais, ainda que apresentando diferentes aspectos morfológicos é uma das principais limitações à comunicação com plantas medicinais, bem como não garantem reconhecimento sobre possíveis alterações
morfológicas e, ou químicas das espécies em função do ambiente, representando um risco ao seu uso popular de tradição pouco ou nada consolidada. Por outro lado, a ausência de informações sobre valor medicinal não é suficiente para afirmar sobre sua ineficácia terapêutica, de modo estas plantas podem representar novos potenciais etnofarmacológicos úteis à medicina popular ou à pesquisa de novos medicamentos.
Palavras-chave: plantas medicinais; etnobotânica; arnica
“Plantas medicinais - sinonímia popular Boldinho”
Mônica Gonçalves de Almeida1; Gloria Cristina da Silva Lemos2, Silvério de Paiva Freitas2, Adriel da Hora Viana3
1 CE João Coelho da Silva – São João da Barra – RJ
2 CCTA /Universidade Estadual do Norte Fluminense – Campos dos Goytacazes – RJ
3 ETE - João Barcelos Martins – Campos dos Goytacazes – RJ
A atribuição de um mesmo nome à diferentes espécies pode levar à utilização equivocada de plantas medicinais e decorre da limitação do vocabulário botânico por parte da população em geral. Considerando, o reconhecimento das terapias tradicionais pela ONU que resulta na possibilidade do incentivo à fitoterapia caseira, este trabalho teve por objetivo desenvolver atividades que permitam intercâmbio de saberes popular e acadêmico através da troca de plantas e experiências sobre espécies medicinais. Visando observar a cultura popular sobre espécies medicinais, mudas obtidas junto à voluntários do grupo da terceira idade do Centro de Saúde Escola de Custodópolis, bairro popular da cidade de Campos de Goytacazes, RJ, foram cultivadas e expostas em vasos, após identificação botânica. Entre as vinte e duas espécies relacionadas, a denominação boldinho foi atribuída indistintamente às espécies Plectranthus ornatus e Plectranthus neochilus, citadas na literatura, respectivamente, como boldo miúdo e boldo gambá. A ausência de confirmação científica das propriedades terapêuticas destas espécies indica a importância do contato direto com o material botânico integral como via necessária à comunicação segura sobre plantas de uso medicinal popular, pois a atribuição de um mesmo nome popular a diferentes espécies vegetais, ainda que, apresentando diferentes aspectos morfológicos, é uma das principais limitações à comunicação com plantas medicinais, bem como não garantem reconhecimento sobre possíveis alterações morfológicas e, ou químicas das espécies em função do ambiente, representando um risco ao seu uso popular de tradição pouco ou nada consolidada. Por outro lado,
a ausência de informações sobre valor medicinal não é suficiente para afirmar sobre sua ineficácia terapêutica, de modo que estas plantas podem representar novos
potenciais etnofarmacológicos úteis à medicina popular ou à pesquisa de novos medicamentos.
Palavras-chave: plantas medicinais; etnobotânica; boldo
GEOGRAFIA
“Tratamento de Dados Climatológicos no município de São Gonçalo”
André Luiz Rangel Lopes1, Camila Caliocane Corrêa Deberg1, Prisciane Brasil da Silva Alves2, Jéssica dos Santos de Oliveira3, Ana Valéria Freire Allemão Bertolino4, Luiz Carlos Bertolino4
1Colégio Estadual Adino Xavier- São Gonçalo/ RJ
2 Colégio Estadual Prof.ª Sueli Motta Seixas- São Gonçalo/ RJ
3 CIEP-050 Pablo Neruda- São Gonçalo/ RJ
4 Prof.º Adjunto Departamento de Geografia-UERJ/ FFP.
O significativo crescimento populacional e falta de planejamento urbano fez com que muitas encostas e planícies fossem ocupadas indevidamente, essas áreas vem sofrendo demasiada intervenção do homem, que constitui o mais importante agente modificador do local que vivemos, sem serem feitas as adaptações que possam garantir a segurança. Junto a isto deve-se explicitar os eventos chuvosos, pois, relacionam-se diretamente com a dinâmica das águas de superfície e subsuperficie e portanto, influenciam a deflagração dos processos erosivos. O objetivo deste trabalho é relacionar os dados obtidos na Estação Experimental Climatológica Urbana do município de São Gonçalo, com a perda de solo apresentada na Estação Experimental de Erosão-DGEO/ FFP-UERJ. O estudo é desenvolvido no município de São Gonçalo que apresenta uma extensão territorial de 249,142 km² e população estimada em 960.631 habitantes (IBGE 2007), onde o período mais seco ocorre entre os meses de maio e outubro com totais pluviométricos mensais inferiores a 100 mm e a estação chuvosa entre os meses de novembro e abril, com totais pluviométricos mensais próximos ou superiores a 100 mm. Os resultados, ao
contrário do que normalmente ocorre, apontaram que os meses de março e abril de 2010, tiveram pluviosidade maior do que janeiro, com valores de 299,2 mm, 332,6 mm e 189,4 mm respectivamente. Nesse período, o total de perda de solo foi encontrado nos meses de janeiro a abril mais elevada em 2010, quando comparado ao ano de 2009, em todas as parcelas de erosão, onde a GR e a LEG apresentaram um total inferior a 1,2 t/ha, já a SC demonstrou maior perda de solo alcançando um total superior a 35 t/ha. As parcelas apresentaram variâncias entre si em ambos os anos, onde a SC apresentou maior perda de solo e água, alcançando em abril de 2010 perda de solo equivalente a 30 t/ha, já a LEG demonstrou uma eficiência bem significativa de retenção da perda de solo e água. A partir dos resultados obtidos pode-se perceber que a falta da cobertura vegetal é um fator relevante no caso da erosão, sendo as áreas descobertas totalmente expostas aos agentes que propiciam tal erosão.
“Análise da erosão em áreas com diferentes usos na APA de Macaé de Cima-São Pedro da Serra/ Nova Friburgo”
Leidiane Costa Mafort1, Michele Pereira de Souza1, Ana Valéria Freire Allemão Bertolino2, Luiz Carlos Bertolino2
1 Escola Estadual José Martins da Costa-São Pedro da Serra/ Nova Friburgo
2 Prof.º Adjunto Departamento de Geografia-UERJ/ FFP.
O estudo da erosão superficial em áreas serranas do Rio de Janeiro possui relevante importância ambiental diante do relevo montanhoso e do clima tropical de altitude. O objetivo deste trabalho é monitorar a erosão em parcelas experimentais com diferentes usos. O estudo foi realizado em São Pedro da Serra, distrito de Nova Friburgo/RJ e está inserido na APA Macaé de Cima, que abrange 35.037 hectares na fronteira entre os municípios de Nova Friburgo e Casimiro de Abreu. Foram instaladas duas parcelas experimentais de 10m x 2m no interior de uma micro bacia hidrográfica e foram feitas medições diárias do potencial matricial no período de maio de 2009 até junho de 2010. O total pluviométrico registrado na área, de 2009 até junho 2010 foi de 1.748 mm. A parcela sem cobertura vegetal obteve um escoamento total de 597,90 mm e apresentou uma perda de solo total de 10 ton/há, enquanto que a parcela de pousio não apresentou perdas significativas. De maneira geral, o sistema sem cobertura apresentou perdas intensas que podem ser relacionadas com a ausência de cobertura vegetal, pois na parcela de pousio, a presença da vegetação contribuiu para a infiltração da água no solo. Nesse sentido,
o uso do solo sem cobertura, favorece muito o empobrecimento do sistema, e tende a acelerar os processos erosivos.
“A percepção dos agricultores do uso e manejo do solo em região de Mata Atlântica de São Pedro da Serra/ Nova Friburgo-RJ”
Viviane Schimidt Fernandes1, Jenifer de Moraes Oliveira Tardin1, Maria da Conceição Santos1, Ana Valéria Freire Allemão Bertolino2, Luiz Carlos Bertolino
1Escola Estadual José Martins da Costa-São Pedro da Serra/ Nova Friburgo
2 Prof.º Adjunto Departamento de Geografia-UERJ/ FFP..
O aumento da produtividade por meio de técnicas impróprias, como por exemplo, o manejo inadequado e o uso excessivo de equipamentos agrícolas, vêm resultando na degradação dos solos de forma acelerada. O estudo realizado em São Pedro da Serra, distrito de Nova Friburgo/RJ, está centrado no sistema de pousio como uma possível alternativa para a manutenção da fertilidade e das propriedades físicas do solo. Porém, os agricultores dessa região vêm sendo notificados constantemente pelos órgãos de fiscalização, baseados no argumento sobre o impacto negativo dos manejos na regeneração da Mata Atlântica. Este fato resulta na diminuição do tempo de descanso da terra e à conseqüente adesão ao manejo convencional que promove a utilização intensiva do solo, o controle químico de pragas (agrotóxicos), desmatamento e queimadas freqüentes. Os resultados alcançados em entrevistas demonstram que cerca de 96% dos entrevistados são agricultores de famílias tradicionais da região, ou seja, trabalham com a terra a mais de 30 anos. Nessas atividades, a terra é preparada com uso da queimada por cerca de 28,7% dos agricultores , seguido do manejo de capina, onde 18,1% desses trabalhadores adotam essa prática. Quanto ao uso de descanso da terra, aproximadamente 76% dos agricultores promovem esse manejo, mas o período de pousio vem diminuindo, pois apenas 3% dos entrevistados deixam a terra em pousio por cerca de 10 anos, e a maioria, 12,1%, só aguardam de 2 a 3 anos a terra parada. Para os agricultores, essa diminuição de tempo do pousio deve-se a aplicação do Decreto N.º 750 de fevereiro de 1993, que considera intocáveis e de preservação, as árvores que atingem 5 cm de diâmetro de tronco.
“Coleta e análise de dados socioeconômicos das Meso Regiões Norte, Noroeste e Baixadas Litorâneas”
Fábio de Souza Silva, Maycow Fernandes Pedrosa, Robson Santos Dias
IFF campus Cabo Frio
Na atual gestão, o Governo Federal, no âmbito do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), tem investido pesadamente na expansão de suas instituições de ensino, no caso, tanto as universidades federais quanto a Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica. No ano final do ano de 2008, o Presidente da República sancionou a lei que criou os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, com a prerrogativa de formar mão de obra de nível técnico e superior (licenciaturas e cursos superiores tecnológicos), ancorados nos arranjos produtivos locais, quando houver, ou nas vocações econômicas regionais.
Assim, o Centro Federal de Educação Tecnológica de Campos (CEFET Campos) foi transformado em Instituto Federal Fluminense (IFF), instituição que se estrutura sobre os campi de Campos dos Goytacazes, Guarus, Macaé, Cabo Frio, Itaperuna e Bom Jesus de Itabapoana. Ainda sob a denominação de CEFET, a instituição já tinha destacada atuação no Norte Fluminense, colaborando de maneira ativa nos debates regionais. Com a expansão do Instituto Federal Fluminense para as regiões das Baixadas Litorâneas e do Noroeste Fluminense, intenta-se ampliar a influência da instituição no litoral norte do estado do Rio de Janeiro.
No ano de 2001, o IFF, através do Núcleo de Estudos em Estratégia e Desenvolvimento, construiu uma rede de cooperação acadêmica com outras instituições de ensino superior públicas e privadas no município de Campos dos Goytacazes, formando, com isso, o Observatório Sócio-Econômico do Norte Fluminense. Este projeto englobou algumas pesquisas publicadas através de boletins técnicos, com grande destaque para a análise de dados do mercado de trabalho formal do Norte Fluminense, que vem sendo muito utilizado em várias pesquisas acadêmicas em várias universidades do Rio de Janeiro ou até São Paulo. A visibilidade do projeto permitiu que o Ministério da Educação propusesse a ampliação do estudo de mercado de trabalho aos outros Institutos Federais do país,
com o objetivo de acompanhar o atendimento da oferta da educação profissional e tecnológica junto aos arranjos produtivos locais1.
Em 2006 foi criado o Observatório Ambiental Alberto Lamego, como forma de apoiar a estruturação Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental. O portal vem alojando as publicações vinculadas ao mestrado (dissertações e artigos científicos) e divulgando importantes informações da área ambiental, tanto pelo próprio site quanto pela edição de um boletim impresso semestralmente. Da mesma forma que a primeira experiência, o Observatório Ambiental Alberto Lamego vem ganhando espaço junto à comunidade acadêmica regional.
A partir de 2009, tendo em vista a ampliação do IFF para as regiões Noroeste Fluminense (Campus Itaperuna) e Baixadas Litorâneas (Campus Cabo Frio), verificou-se a necessidade de ampliar o recorte espacial de produção de conhecimento técnicos e acadêmicos tendo como modelo as experiências supracitadas. Chegou-se também à conclusão que diante das novas necessidades, será necessário criar um único portal, intitulado provisoriamente de Observatório Sócio-Ambiental Alberto Lamego.
Dentro deste contexto, este projeto é um esforço inicial de coleta, sistematização e interpretação de dados socioeconômicos dos municípios da área de influência do IFF, no caso as Meso Regiões do Norte e Noroeste Fluminense e Baixadas Litorâneas. O projeto será uma das vertentes de trabalho contínuas do Observatório Sócio-Ambiental Alberto Lamego, contribuindo para facilitar o acesso a informações oficiais que estão dispersas entre diversos órgãos.
1- Objetivo geral
O objetivo geral do projeto é coletar, sistematizar e analisar, através de boletins técnicos, dados sócio-econômicos de todos os municípios das regiões supracitadas. A pesquisa terá três vertentes temáticas: (1) dados demográficos e sociais (IBGE e CIDE); (2) dados econômicos e de finanças públicas (IBGE, CIDE, Secretaria do Tesouro Nacional, Tribunal de Contas do Estado-RJ); (3) dados do mercado de trabalho (Ministério do Trabalho e do Emprego).
2- Metodologia
O trabalho será realizado através de buscas nos sites das fontes oficiais e, se necessário, pelas publicações (impressas ou em CD-Rom) das mesmas. Os dados
1 Vero portal RENAPI no site http://www.renapi.org
serão reunidos em planilhas, através dos quais serão sistematizados. Cada indicador se dividirá em outros eixos sub-temáticos, como por exemplo, através dos dados de empregos formais é possível, além da evolução histórica do mercado de trabalho dos municípios, indicar a especialização produtiva municipal e regional (quociente locacional), o índice de escolaridade por setor de atividades, o índice de renda médio por setor, etc. Através do trabalho de sistematização dos dados será possível elaborar vários boletins, de acordo com os temas propostos.
3- Justificativa
O trabalho terá por principal mérito a facilitação de acesso de dados que estão dispersos entre as várias fontes oficiais, assim como produzir análises técnicas que auxiliem tanto na pesquisa acadêmica quanto a tomada de decisões. Isto é particularmente importante para as regiões Noroeste Fluminense e Baixadas Litorâneas que, por falta de uma estrutura universitária que invista em pesquisa, carece de trabalhos sistematizados de tais dados com fácil acesso. Através do site do observatório, pretende-se divulgar amplamente este tipo de trabalho.
Com relação à formação de jovens talentos para a pesquisa, o projeto contribui para que alunos do ensino médio conheçam e saibam como trabalhar com dados. Isto inclui selecionar indicadores, buscar as fontes, sistematizar os dados e interpretar os resultados. É um tipo de trabalho muito comum nos cursos superiores, principalmente nas áreas das ciências sociais (economia, planejamento urbano e regional, geografia, sociologia, entre outras). No Ensino Médio, no entanto, não é comum os estudantes terem contato com este tipo de trabalho que, apesar de muito útil para outras pesquisas de maior envergadura, é perfeitamente compatível com a formação em pesquisa nessa faixa de escolaridade.
HISTÓRIA
“Tem História no Meu Quintal”
Beatriz Barbosa da Silva Vasconcelos, Julie Medeiros Sergio Guedes, Vinicius Teixeira Santos
IFF campus Cabo Frio
As dificuldades encontradas para trabalhar a História Regional, fruto da experiência como professor de História no município de Cabo Frio, foram o ponto de partida para o desenvolvimento deste projeto. As reflexões produzidas a partir de diálogos com colegas de diversas disciplinas, bem como os resultados obtidos com os alunos em seus trabalhos escolares, levaram à busca de um instrumento que servisse como ferramenta auxiliar ao trabalho docente, ao mesmo tempo que estimulasse a autonomia dos respectivos alunos no desenvolvimento de suas pesquisas. Dessa forma, este projeto busca dinamizar a relação ensino-aprendizagem no que se refere ao estudo da História Regional.
Com efeito, o projeto tem como horizonte produzir material didático multimídia em DVD/CD-ROM, sobre a história da Região dos Lagos, a ser utilizado por professores e alunos do ensino fundamental e médio contendo dados estatísticos e informativos sobre os municípios da região. O conteúdo deste DVD abrange desde as informações mais elementares sobre os municípios, como brasão, bandeira, hino, governantes, data de fundação, limites físicos, etc.; passando por dados atualizados sobre economia e demografia e chegando até a disponibilização de documentação escrita digitalizada (jornais antigos, atas das câmaras, etc.), documentação iconográfica (fotos dos diversos municípios da região em diferentes épocas), mapas, vídeos, entrevistas (fruto de pesquisa com história oral), atividades lúdicas especialmente produzidas para esta mídia além de projetos desenvolvidos pelos docentes da região para o trabalho com a História Regional.
INFORMÁTICA
“Um estudo sobre a inclusão digital no município de Itaperuna”
Luis Felipe Umbelino1, Aline Gomes Cordeiro1, Michelle Maria Freitas Neto1, Alex Tavares Silva1, Anne Caroline A. B. Souza1, Douglas Nascimento Santana1, Heraldo Fernandes da Costa Junior1, Mayra Novaes Leonídio1, Thamirys de Souza Batista1
1Instituto Federal Fluminense – Campus Itaperuna
As tecnologias têm transformado os lugares e as relações sociais que neles se estabelecem, com permanente necessidade de readaptação constante por parte da sociedade. As desigualdades nas variadas condições de renda, acesso a informação e as novas tecnologias, bem como os investimentos público e privado insuficientes em tecnologias de informação e comunicação para toda a população têm revelado a existência de um fenômeno denominado “exclusão digital”. Diante desta problemática, quais estratégias devem ser criadas e adotadas para facilitar a inclusão digital dos grupos marginalizados? Para iniciar o estudo dos fatores que estão relacionados à inclusão digital, faz-se necessário identificar quais são as maiores dificuldades no que tange ao uso das novas tecnologias. Neste estudo, buscou-se implementar um projeto de pesquisa no Instituto Federal Fluminense – Campus Itaperuna, acerca da inclusão digital, tendo como referência o contexto social e econômico existente no município de Itaperuna – RJ. Considerando que não basta apenas disponibilizar a tecnologia para reduzir a exclusão digital, torna-se necessário, conhecer as experiências e as habilidades no uso das tecnologias dos grupos excluídos e traçar um perfil populacional nas localidades estudadas. A primeira etapa do projeto iniciada em junho de 2010, buscou estudar e investigar a inclusão digital, identificando, por exemplo, quais são as maiores dificuldades das pessoas residentes nos distritos de Itaperuna no que se refere ao uso de algumas ferramentas computacionais. Este trabalho tem como objetivo apresentar os resultados iniciais obtidos nesta primeira etapa do projeto. Esses resultados permitiram a observação de vários fatores, entre eles a dificuldade existente para a promoção da inclusão digital, principalmente em locais periféricos. Nos locais
estudados, além da exclusão digital, observou-se um alto índice de analfabetismo, o que de certa forma agrava ainda mais o problema.
Palavras-chave: inclusão digital
“Realidade aumentada como ferramenta no processo de ensino-aprendizagem”
Felipe Coelho de Azevedo1,3, Jailma Silva dos Santos3, Palloma Gonçalves dos Santos3, Suzana da Hora Macedo1,2
1Instituto Federal Fluminense – campus Itaperuna
2Universidade Federal do Rio Grande do Sul
3Colégio Estadual Luiz Ferraz
2Colégio Estadual Lions Clube
A informática permite repensar de forma mais dinâmica e com novos enfoques o universo do conhecimento a trabalhar, criando novas formas de aprendizagem e de comunicação, estimulando a participação ativa dos alunos no processo educativo, instigando-os a conhecer o mundo de forma mais crítica, contando com o professor como orientador desse processo.
Em uma tela de Realidade Aumentada há a presença simultânea de objetos reais e virtuais, onde serão inseridos os campos magnéticos no mundo real. Neste trabalho foi feito o levantamento do Estado da Arte de Objetos de Aprendizagem utilizando Realidade Aumentada no ensino. A partir deste levantamento, foram escolhidos diversos Objetos de Aprendizagem desenvolvidos em ambiente de Realidade Aumentada que foram testados pelo grupo de trabalho.
Palavras-chave: Realidade Aumentada; Objeto de Aprendizagem; Ensino-aprendizagem.
MATEMÁTICA
“Álgebra Linear com aplicações para o Ensino Médio”
Geovane Carneiro Camargo (IF Fluminense / campus Cabo Frio)
Tainá da Silva de Oliveira (C.M. Profa. Elza Maria Santa Rosa Bernardo)
André Soares Velasco (IF Fluminense / campus Cabo Frio)
Muitas vezes, para quantificar determinadas situações práticas, a informação é apresentada disposta em linhas e colunas de uma tabela, chamada matriz.
Por exemplo, podem-se obter matrizes, em diversos contextos, associadas a modelos matemáticos de sistemas de equações lineares. Uma solução para este sistema pode ser obtida executando-se operações adequadas nesta matriz. Entretanto, as matrizes não se limitam a um instrumento relevante para resolução de sistemas de equações lineares e são encaradas como objetos matemáticos que possuem seus alicerces no campo da Matemática denominado Álgebra Linear.
Com o intuito de preparar os alunos para as diversas e cada vez mais abrangentes aplicações da Matemática, pretende-se estabelecer relações entre a Álgebra Linear apresentada no Ensino Médio, fundamentada na teoria clássica do estudo das matrizes, determinantes e sistemas lineares, e algumas das suas aplicações práticas nos campos de conhecimento das Ciências e das Engenharias.
Entre as atividades desenvolvidas neste trabalho, Construindo Curvas por Pontos Especificados, Operadores Lineares de R2, Teoria de Grafos e Alocação de Tarefas, destacam-se os Problemas de Programação Linear e as suas respectivas implementações com o apoio de recursos computacionais. A utilização dos softwares Matlab e Lindo deve-se, principalmente, a intenção de validar as soluções obtidas sem o recurso computacional. É importante ressaltar que os resultados, apontados ao final deste trabalho, não só servirão como um instrumento que permite engajar estudantes de ensino médio a pesquisa científica, mas também proporcionarão uma visão mais ampla das possibilidades de aplicações da Matemática nos problemas cotidianos, destacando-se as aplicações da Álgebra Linear.
Palavras Chaves: Matrizes, Determinantes e Sistemas Lineares.
“2012: Ficção X Matemática”
Amanda da Silva Sant’Ana1, Andreza Vital de Almeida2 , Maíra Blanco Martinez Forcato3 ,
Nathali Tamiozzo Lopes Xerfan4, Wanderson Daniel de Miranda5.
Lucia Maria Aversa Villela6
1Colégio Estadual Santa Rita/Bolsista FAPERJ, amandyk_santana@hotmail.com
2 Colégio Estadual Santa Rita/Bolsista FAPERJ, andreza.vital93@hotmail.com
3 Instituto de Educação Thiago Costa, Bolsista FAPERJ, maira_forcato@hotmail.com
4 Instituto de Educação Thiago Costa, Bolsista FAPERJ, nathynx0@hotmail.com
5 Colégio Estadual Ministro Raul Fernandes, Bolsista FAPERJ, wanderson_daniel_m_@hotmail.com
6USS/ MPEM e Licenciatura em Matemática, luciavillela@globo.com
Resumo
A ciência e a ficção têm coexistido, ora se completando, ora se antagonizando. Nos últimos tempos, a mídia tem explorado profecias para 2012, o que levou a equipe a sair em busca do que o conhecimento científico, e particularmente a Matemática, teria a nos dizer sobre tudo isso. O alinhamento da Terra, do Sol e do centro da Via Láctea para a cultura maia, as profecias de Nostradamus, o I Ching e o timewave zero, o programa de computador Web Bot e suas previsões, os números palíndromes, a sequência de Fibonacci, a razão áurea, os quadrados mágicos, distâncias em anos-luz, são exemplos de pontos levantados nessa pesquisa, de caráter bibliográfico. Como resultado, aprendemos a melhor nos posicionar quanto à natureza científica ou não de um texto, bem como aprimorar nosso poder de argumentação frente ao tema 2012 e sobre o valor da Matemática, enquanto ciência e linguagem, a ser utilizada por todas as demais ciências, quer essas sejam das áreas de exatas ou de humanas.
Introdução
A motivação para esta pesquisa surgiu da leitura de um livro literário de ficção. Trata-se de Maya Fox, a predestinada (BRENA, STRAFFI, 2009). Esse é o primeiro livro de uma trilogia que tem propiciado o prazer de ler a muitos adolescentes. Maya é uma jovem de dezessete anos que fala com mortos e envolve-se com segredos da cultura maia e o que poderá ocorrer em 2012. A partir daí, sua vida passa a depender da sequência de Fibonacci. No segundo volume é explorado um mistério a partir de quadrados mágicos (BRENA, STRAFFI, 2010). O terceiro volume, pelo que soubemos, já está em fase de publicação.
Material e Métodos
Os conceitos matemáticos explorados nos livros de Brena e Straffi dispararam nossos interesses, levando-nos a buscar conexões entre as ciências exatas e a literatura.
Pesquisamos em sites, revistas, livros (HAZEN&TREFIL, 1995; GLEISER, 2001, 2008) e consultamos professores. Fizemos uma visita ao Planetário da Gávea, quando tivemos a oportunidade de fazer perguntas que esclareceram algumas dúvidas sobre o assunto.
Resultado
O povo maia viveu na região da atual América Central (México, a Guatemala, Honduras e São Salvador) e há indícios de que já lá estavam desde 1.500aC, tendo atingido um alto grau de estruturação de sua sociedade. Segundo a cultura maia, em 2012 ocorrerá algo muito grave em nosso planeta. Para eles o planeta Terra já teria superado quatro das cinco eras, onde cada um desses ciclos duraria 5.125 anos. Supostamente o dia 21 de dezembro de 2012 seria o último dia do quinto ciclo: durante um solstício de inverno, a Terra estará alinhada com o Sol e com o centro da Via Láctea e isso provocará grandes transformações no planeta, o que mudará completamente o modo que o conhecemos.
Mas, esse alinhamento, segundo a ciência, ocorre a cada 26.000 anos e nosso planeta tem 4,5 bilhões de anos. Por meio de uma simples divisão percebemos que esse fenômeno já aconteceu cerca de 173.000 vezes e o planeta Terra garbosamente “sobreviveu” a todos esses eventos cosmológicos!
Miguel de Notredame (1503-1566), mais conhecido como Nostradamus, foi um astrólogo e alquimista francês que, segundo interpretações posteriores, tinha uma teoria parecida sobre o alinhamento galáctico. Essas interpretações basearam-se não no livro “Profecias”, que publicara em 1555, mas, segundo Martins (2010), foi a partir de um manuscrito produzido por dois jornalistas em 1629 e achado em uma biblioteca em 1994, onde aparecem o nome de Nostradamus e sete desenhos. Foi com base nesse material que Michael Rathford publicou o livro “O Código de Nostradamus: A Terceira Guerra Mundial (2007-2012)“. Martins (2010) também
refere-se a uma carta que Nostradamus enviara ao rei Felipe II, onde falara sobre o fim dos tempos: “Haverá um eclipse solar mais escuro e sombrio do que todos desde a criação do mundo... tanto que parecerá que a gravidade da terra perdeu seu movimento natural e que o planeta mergulha no abismo da escuridão perpétua".
Em diversas culturas há previsões que falam do fim do mundo, colocando demarcações limites. Dos diferentes olhares, destacamos o da cultura maia e as interpretações feitas sobre o trabalho de Nostradamus. Mas o que há de científico nessas colocações? Qual a linha divisória entre ciência e ficção?
Discussão
Para que os cientistas concluíssem que “o universo é regular e previsível” (HAZEN&TREFIL, 1999, p. 23) percorremos um longo caminho que certamente partiu da observação, de mitos e da ficção para chegar ao atual patamar de ciência, embora saibamos que “as teorias de hoje, das quais somos justamente orgulhosos, serão consideradas brincadeiras de criança por futuras gerações de cientistas” (GLEISER, 2001, p. 397).
Sobre a demarcação do que é ficção e do que é ciência, Marcelo Gleiser ainda afirma:
Dos cantos rituais de nossos antepassados até as equações descrevendo flutuações primordiais de energia, a humanidade sempre procurou expressar seu fascínio pelo mistério da Criação [...] esse fascínio, fonte de inspiração das tantas histórias e teorias que visam construir uma ponte entre o Ser e o Devir, entre o absoluto e o relativo. Seguimos a longa estrada que levou dos mitos de criação à ciência, estrada ornamentada pelas várias histórias de coragem e desespero, fracasso e sucesso daqueles que forjaram nossa visão do Universo através dos tempos. (GLEISER, 2001, p. 395).
As leituras realizadas deixam-nos claro que a concepção de ciência é cultural e não é eterna, cabendo a cada civilização e a cada época estabelecer novas explicações para responder a velhas questões e que estas, interminavelmente, estarão atreladas a outras tantas que busquem, em síntese, satisfazer à enorme e incansável busca, realizada pela espécie humana, por novos conhecimentos.
A busca do conhecimento científico é, antes de mais nada, uma celebração da natureza, uma aproximação do mundo que nos cerca e do qual fazemos parte.
Aqueles que vêem a ciência como mera metodologia, fria e despojada de poesia, não entendem qual a sua missão e o seu fascínio. [...] Somos todos parte da mesma busca, do mesmo desejo de entender qual a nossa missão nesse cosmo. E, como a ciência nos mostra, o essencial oculta-se em mundos invisíveis, que só a paixão pela descoberta pode revelar. (GLEISER, 2008, p. 282/ 283).
Nessa estrada sem fim, a Matemática contribui, ora enquanto linguagem, facilitando o registro de descobertas em seu próprio campo ou em outras áreas, e ora como ciência, se realimentando, tal como uma luz que abre caminhos inimagináveis e que, pacientemente, esperam por possíveis desbravadores e aplicações.
Quanto a mudanças no planeta, elas comprovadamente sempre existiram e sempre existirão. Como lembram Hazen e Trefil, nosso planeta é muito velho (cerca de 4 bilhões de anos) e sua constituição é dinâmica, “com continentes e oceanos criados e modificados muitas vezes antes da nossa era” (1999, p. 409) e a entrada em cena da espécie humana é muito recente. Ao longo da história do planeta Terra, “milhões e milhões de espécies surgiram e quase outras tantas se extinguiram” (HAZEN & TREFIL, 1999, p. 410).
Se somos uma espécie que consegue, através do raciocínio lógico e das descobertas científicas, sempre ampliar nossa leitura da “maquinaria do cosmos” (idem), também temos por meio desses conhecimentos “os meios para prever as consequências de nossas ações e a sabedoria necessária para, talvez, nos salvarmos de nós mesmos” (idem).
O povo Maia acreditava que o fim significava o recomeço. Isto nos leva a afirmar que, antes de nos preocuparmos se as previsões para 2012 irão ou não se concretizar, temos que recomeçar: temos que lutar para que todos tenhamos consciência do “lugar que ocupamos no ecossistema da Terra” (idem) e dimensionemos o que ainda podemos fazer por este planeta ancião que nos acolhe.
Referências
BRENA, S.; STRAFFI, I. Maia Fox: a predestinada. Tradução de Gian Bruno Grosso. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2009.
BRENA, S.; STRAFFI, I. Maia Fox: o quadrado mágico. Tradução Sandra Martha Tolonsky. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2010.
GLEISER, M. A Dança do Universo: dos mitos de criação ao Big-Bang. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.
__________ Mundos Invisíveis: da alquimia à física de partículas. São Paulo: Editora Globo, 2008.
__________ Expansão do Universo. In Revista Super Interessante, 08 jun 2009.
HAZEN, R. M; TREFIL, J. Saber Ciência: do Big-Bang à Engenharia Genética – as bases para entender o mundo atual. Tradução de Cecília Prada. Revisão técnica e notas de Marcelo Damato. 5ª edição. São Paulo: Cultura Editores Associados, 1999.
MARTINS, C. Profecias de Nostradamus. In 2012: A Era de Ouro. Disponível em http://2012aeradeouro.webnode.com.br/products/profecias-de-nostradamus/. Acesso em 10 jun 2010.
Palavras-chave: Conhecimento científico e não-científico; Matemática; profecias.
MEDICINA
“Estudo comparativo do IMC, atividade física e dieta de estudantes do Ensino Médio de escolas públicas do município de Vassouras – RJ(uma análise por gênero).”
Gislaine Calabar Severino ¹, Julia Graciela Gama Valentim Ramos ², Paola Cristina Ormindo de Castro ³, Wallace Soares da Silva 4, Willian Raibolt Cabral 5, Elisa Maria Amorim da Costa6, Marcos Antonio Mendonça7 , Viviane Lopes Vaccaro8
1 USS-Projeto Jovens Talentos / Ciências de Saúde, gih.calabar@hotmail.com
2 USS-Projeto Jovens Talentos / Ciências de Saúde, medicinavassouras@uol.com.br
3 USS-Projeto Jovens Talentos / Ciências de Saúde, paola-ormindo@yahoo.com.br
4 USS-Projeto Jovens Talentos / Ciências de Saúde, wallsoares@ymail.com
5 USS-Projetos Jovens Talentos / Ciências de Saúde, willian_raibolt@hotmail.com
6 USS-Projeto Jovens Talentos / Ciências de Saúde, medicinavassouras@uol.com.br
7 USS-Projeto Jovens Talentos / Ciências de Saúde, mendonca-marc@uol.com.br
8 USS-Projeto Jovens Talentos / Ciências de Saúde, luviv@hotmail.com
Introdução
A obesidade é considerada um dos mais importantes problemas de saúde pública dos dias atuais (1), segundo a Organização Mundial de Saúde. Esta verdadeira pandemia já foi estudada em países em desenvolvimento, onde o problema se torna mais grave devido à baixa qualidade da atenção à saúde, principalmente em termos de prevenção (2,3,4).
Principalmente quando iniciada na infância e na adolescência, a obesidade está associada a um futuro com alto risco de hipertensão arterial, cardiopatias, osteoartrite, diabetes tipo 2 e alguns tipos de neoplasias (1,5).
A obesidade na infância e adolescência se associa também a uma baixa auto-estima e, até mesmo, a discriminação social.(6)
Atualmente o Indice de Massa Corporal é o índice mais utilizado para identificar a obesidade, por sua simplicidade de cálculo e baixo custo.
As mudanças nos hábitos alimentares da população brasileira e a diminuição da atividade física da maioria dos jovens de hoje em dia têm favorecido a ascenção do Índice de Massa Corporal, com suas consequências físicas e emocionais.
O tratamento da obesidade requer uma equipe multidisciplinar e a motivação do próprio individuo, o que torna muito mais fácil a sua prevenção, através do desenvolvimento de hábitos saudáveis de vida do que a sua cura.
Definição de termos:
Os termos-chave do estudo foram assim definidos:
Adolescência- período da vida que vai dos 10 aos 19 anos, 11 meses e 29 dias, segundo critérios da Organização Mundial de Saúde.
Obesidade- quantidade de gordura relativa à massa corporal se iguala ou excede a 30% em mulheres e a 25 % em homens.
IMC- peso( em kg ) dividido pelo quadrado da altura ( em metros), desenvolvido no século passado por Lambert Adolphe Jacques Quetelet, matemático belga (7).
Sobrepeso I- IMC entre 25 e 29,9
Sobrepeso II- IMC entre 30 e 39,9
Sobrepeso III- IMC 40 ou mais.
Material e Métodos
Estudo transversal onde foram verificadas as variáveis peso, estatura, sexo e idade e estabelecido o IMC para verificação da presença ou não de sobrepeso e obesidade. O peso e a estatura foram verificados com auxílio de balança antropométrica convencional, e os cálculos e tabelas feitos com auxílio de programas computacionais adequados.
Os hábitos alimentares, a atividade física, a data de nascimento e o sexo foram retirados de questionário de auto-preenchimento.
Os critérios de inclusão compreenderam : ser aluno dos colégios incluidos no estudo, estarem na faixa etária da adolescência e terem , eles ou seus pais, assinado o termo de consentimento livre e escolhido.
A escolha dos colégios deveu-se ao fato de serem os locais de estudo dos jovens bolsistas de Iniciação Científica, o que facilita a atuação dos “jovens talentos”.
O tratamento estatístico foi efetuado através de planilhas Excell.
Para os esclarecimentos necessários quanto ao uso da escala de correção, cada avaliador recebeu uma folha de instruções.
Resultados
Apesar das inúmeras tentativas feitas para incentivar a participação do alunado, apenas 20% dos alunos do Ensino Médio das duas escolas-alvo efetivamente preencheram o requisito inicial para ingresso no estudo que era o preenchimento do termo de consentimento pelos pais ou responsáveis. A amostra ficou, então, representada por 70 alunos , sendo que 60% deles pertencentes ao sexo masculino e com idade entre 16 e 18 anos.
A quase totalidade dos participantes (80%), pertencem a famílias com renda até 3 salários mínimos, possuem pais com escolaridade compatível com nível fundamental completo e se declaram informados sobre temas relacionados à saúde. A preocupação dos pais com a saúde dos filhos se fez presente em todos os casos e o nível de preocupação com a vida educacional e social dos filhos foi inversamente proporcional à idade dos mesmos.
O número de refeições diárias variou entre 2 e 4, sendo que 80% declararam realizar um café da manhã, almoço e jantar. Os alimentos de maior ingesta citados foram arroz, feijão, saladas e carne.
Ainda não foram calculados todos os Indices de Massa Corporal, porém 100% dos pesquisados do sexo feminino e 90% dos do sexo masculino se dclararam satisfeitos com a imagem corporal, independentes de se auto-classificarem como portadores de peso ideal, sobrepeso ou baixo peso.
A atividade física é igualmente distribuida em ambos os sexos, talves devido à prática desportiva na escola, porém as mulheres se exercitam mais vezes na semana (3 vezes), com relação ao declarado por 80% dos homens(1 vez).
Todos conhecem os fatores de risco a que estão expostos.
Discussão: Notou-se nítido desinteresse dos jovens em discutir questões ligadas à alimentação, atividade física e saúde.Apesar da Organização Mundial de Saúde apontar para a existência cada vez mais precoce do sobrepeso e da obesidade e suas consequências para a saúde, estilo de vida não é uma questão que preocupe os jovens pesquisados. As razões parecem estar relacionadas à centralização do interesse em temas ligados à sexualidade, ao baixo nível sócio-econômico da maioria das famílias e ao alto grau de satisfação ou indiferença com a imagem corporal que os entrevistados demonstraram.
Até que ponto este desinteresse está colocando em risco a saúde dos participantes, poderá ser melhor calculado após a tabulação final da pesquisa.
Conclusões:
Tendo em vista que um estilo de vida saudável é o fator mais ao alcance dos individuos no tocante à própria saúde e considerando o desinteresse demonstrado pelos jovens estudados com esta questão, faz-se necessário que se promovam programas de Saúde Escolar mais efetivos, além de se abordar temas correlatos nas atividades didáticas e de se procurar uma forma de diálogo que realmente sensibilize essa população.
Palavras-chave: estilo de vida, IMC, sexo e gênero.
Referências
1-VEIGA, G. V.; DIAS, P. C. & ANJOS, L. A., 2001. A comparison of distribution curves of body mass index from Brazil and United States for assessing overweight and obesity in Brazilian adolescents. Revista Panamericana de Salud Pública, 10:79-85.
2-ANJOS, L. A., 2000. Tendência secular do índice de massa corporal de adolescentes do Nordeste e Sudeste entre 1974 e 1997. In: Simpósio Obesidade e Anemia Carencial na Adolescência, Anais, pp. 89-95, Salvador: Instituto Danone.
3-BARROS, M. E., 1999. Composição Corporal de Adolescentes de Bom Nível Socioeconômico: Determinação pelo Método de Duplo Feixe de Energia (DEXA). Dissertação de Mestrado, São Paulo: Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo
4-FONSECA, V. M.; SICHIERI, R. & VEIGA, G. V., 1998. Fatores associados à obesidade em adolescentes. Revista de Saúde Pública, 32:541-549.
5-SICHIERI, R. & ALLAM, V. L. C., 1996. Avaliação do estado nutricional de adolescentes brasileiros através do Índice de Massa Corporal. Jornal de Pediatria, 72:80-84.
6-MONTEIRO, C. A. & CONDE, W. L., 1999. A tendência secular da obesidade segundo estratos sociais: Nordeste e Sudeste do Brasil, 1975-1989-1997. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabolismo, 43:186-194.
7-PEREIRA, R. A., 1998. Avaliação antropométrica de estado nutricional. In: Epidemiologia da Obesidade (R. Sichieri, org.), pp. 43-63, Rio de Janeiro: EdUERJ.
ODONTOLOGIA
“Destino final dos resíduos químicos e biológicos dos consultórios particulares no Município de Vassouras-RJ”
Letícia Souza de Abreu Carvas, Mayara Vieira do Carmo, Rebeca Lauriano Gomes, Thaís de Souza Cardoso, Frederico dos Reis Goyatá
Curso de Odontologia USS
Resumo:
A poluição ambiental possivelmente gerada pelas práticas odontológicas tem sido alvo de preocupação de pesquisadores e de todo o mundo no que se refere à qualidade de vida e saúde da população. O uso das radiações ionizantes, metais pesados e solventes orgânicos, nos consultórios odontológicos, representam riscos à saúde das pessoas e produzem impactos ambientais quando não manipulados de forma adequada.
Introdução:
Promover a qualidade de vida tem sido um desafio ao ser humano em toda parte do mundo, variando em maior ou menor intensidade conforme o interesse de cada um. É uma tarefa que não depende apenas das forcas políticas, mas sim da estruturação de modelos de desenvolvimento que tenham sustentabilidade econômica, embasamento legal e compreendam o uso racional dos recursos naturais.
A má gestão dos recursos de proteção radiológica e do tratamento dos resíduos dos metais pesados e solventes orgânicos nos consultórios odontológicos expõe a saúde dos profissionais e dos seus pacientes e causam impactos negativos ao meio ambiente.
Os resíduos químicos gerados nos consultório odontológicos que apresentam risco à
saúde e ao meio ambiente, quando não forem submetidos a processo de reutilização, recuperação ou reciclagem, devem ser submetidos a tratamento e disposição finais específicos (BRASIL, 2006).
O presente estudo tem como objetivo avaliar quais os métodos utilizados pelos cirurgiões-dentistas para o descarte correto dos resíduos químicos e biológicos nos consultórios particulares do município de Vassouras-RJ.
Material e Métodos
Serão selecionadas aleatoriamente clínicas odontológicas e consultórios particulares no município de Vassouras/RJ com auxílio de uma pesquisa na base de dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), por meio de acesso ao site www.datasus.gov.br.
Acadêmicos do curso de Odontologia da Universidade Severino Sombra – Vassouras-RJ e alunos do projeto Jovens Talentos (FAPERJ e Pró Reitoria de Pesquisa da USS), previamente calibrados, realizarão as visitas aos cirurgiões-dentistas e com auxílio de um questionário, irão pontuar o conhecimento e as informações que os cirurgiões-dentistas têm sobre o descarte correto dos resíduos gerados pelo o fixador e revelador.
Questionário
1) O Sr (a) realiza a prática de revelação de radiografias em seu consultório ou encaminha o paciente para algum técnico radiológico?
( ) Sim ( ) Não
2) Qual o quantitativo de Resíduos da categoria A e da categoria E(perfuro cortante) segundo descrito na RDC n 306- 7/12/04?
3) Qual é a destinação final que é dada a esses resíduos?
( )Rede Sanitária ( )Lixo ( )Outros____
4) Existe alguma empresa que presta a devida destinação esses resíduos?
( )Sim ( )Não
5) A empresa possui licença de operação para prestar esse tipo de serviço?
( )Sim ( )Não
6) Os resíduos estão saindo do consultório com manifesto de resíduos segundo exigências do órgão ambiental estadual?
( )Sim ( )Não
7)O Sr(a) possui pHametro para controle químico?
( )Sim ( )Não
Resultados
Os resultados esperados serão:
1 -Os cirurgiões-dentistas do município de Vassouras-RJ não possibilitam um destino correto para os resíduos biológicos e químicos.
2 -O descarte é inadequado nos consultórios particulares sendo na maioria das vezes, realizados direto nas redes sanitárias.
3 - Devido à ausência no município de empresas especializadas para a coleta destes resíduos, existe uma falta de conscientização dos profissionais para este problema.
Discussão
O descarte inadequado de resíduos produz passivos ambientais capazes de comprometerem os recursos naturais e a qualidade de vida das atuais e futuras gerações.
Torna-se muito importante os profissionais da Odontologia se conscientizarem para a necessidade eminente de realizarem uma coleta dos resíduos e promoverem um destino adequado a estes resíduos.
O município, representado pela Secretaria de Saúde precisa se qualificar para oferecer este serviço aos consultórios particulares e públicos da cidade, cuidando do bem estar da comunidade.
Conclusão
Com este trabalho, poderemos alertar aos órgãos públicos para a necessidade de oferecer o serviço de coleta de resíduos aos profissionais da Odontologia no município de Vassouras.
Orientar os cirurgiões-dentistas e pessoal auxiliar para a importância do descarte adequado dos resíduos químicos e biológicos nos consultórios
Palavras-chave: Resíduos de Serviços de Saúde. Setor Odontológico. Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde. Resíduos.
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10004 - Resíduos Sólidos: classificação 2004.
BORTOLETTO E.C; MAFRA L.I; SORBO A.C.A.C; GALLIANI N.A; BARROS M.A.S.D. Remoção da prata em efluentes radiográfico. Acta Sci. Technol,v. 29, n. 1, p. 37-41, 2007.
BORTOLETTO, E. C.; TAVARES, C. R. G.; BARROS, M. A. S. D.; CARLI, C. M. Caracterização da geração e da qualidade do efluente líquido gerado no laboratório de raio-x da clínica odontológica do hospital universitário de Maringá (HUM). In: VI Congresso Brasileiro de Engenharia Química em Iniciação Científica, p. 1-6, 2005.
CONAMA. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº 358 de 29 de abril de 2005. Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências. 2005.
CUSSIOL, N.A.M.; ROCHA, G.H.T.; LANGE, L.C. Quantificação dos resíduos potencialmente infectantes presentes nos resíduos sólidos urbanos da regional sul de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Cader de Saúd Púb. v. 22, n. 6, 2006.
FERNANDES, G. S.; AZEVEDO, A. C. P.; CARVALHO, A. C. P.; PINTO, M. L.C. Análise e gerenciamento de efluentes de serviços de radiologia. Radiol Bras. v. 38, n. 5, p. 355-358, 2005.
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“Banco de dentes humanos do curso de Odontologia da Universidade Severino Sombra: sua importância para o ensino e pesquisa em Odontologia”
Rebeca Lauriano Gomes, Letícia Souza de Abreu Carvas,Mayara Vieira do Carmo,
Thaís de Souza Cardoso, Frederico dos Reis Goyatá
Curso de Odontologia USS
Resumo
A falta de informação dos cirurgiões dentistas sobre o Banco de Dentes Humano fez com que tivéssemos a iniciativa de elaborar um projeto que visa tirar dúvidas, trazer conhecimento e mostrar a importância da doação de dentes para o curso de odontologia. Desta forma este trabalho teve como objetivo avaliar o grau de informação que os cirurgiões dentistas do município de Vassouras/RJ tinham a respeito do funcionamento do Banco de Dentes Humanos do Curso de Odontologia da Universidade Severino Sombra-Vassouras/RJ. O trabalho foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade. Selecionou-se aleatoriamente clínicas odontológicas e consultórios particulares no município de Vassouras/RJ e com um questionário pontuaram-se o conhecimento e as informações que os cirurgiões-dentistas tinham sobre o funcionamento do Banco de Dentes Humanos. Concluiu-se que apesar dos cirurgiões dentistas do município de Vassouras saberem da importância do Banco de dentes Humanos para o ensino e pesquisa em odontologia, ainda há uma grande necessidade de divulgar e promover o Banco de Dentes Humanos da Universidade com os profissionais da cidade.
Palavras-chave: Saúde Bucal, Dentística Operatória.
Área do Conhecimento: Odontologia Social e Preventiva.
Introdução
Devido à falta de informações dos cirurgiões dentistas com relação à importância do Banco de Dentes Humano para o ensino e a pesquisa em odontologia algumas iniciativas com a intenção de informar a comunidade odontológica sobre este assunto são fundamentais para democratizar a doação de dentes para a utilização dos acadêmicos e pesquisadores na odontologia.
Há muitos anos as faculdades de odontologia fazem uso de dentes naturais nas práticas laboratoriais de ensino em disciplinas clínicas com os graduandos e alunos de pós-graduação (1).
Estima-se que são utilizados, por semestre, aproximadamente cinco mil dentes humanos em cada faculdade, número que chegará a trezentos e cinquenta mil se considerarmos todas as faculdades de odontologia no Brasil (2).
Muitas pesquisas têm sido desenvolvidas com o objetivo de encontrar soluções a fim de possibilitar o treinamento com materiais que substituam os dentes humanos. Apesar disto, os dentes artificiais com propriedades mecânicas que mais se assemelham aos dentes naturais possuem um alto custo. Este trabalho tem como objetivo informar aos acadêmicos de Odontologia a necessidade de conhecer e fazer o uso devido do banco de dentes.
Material e Métodos
Após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Severino Sombra, foram selecionadas aleatoriamente clínicas odontológicas e consultórios particulares no município de Vassouras/RJ com auxílio de uma pesquisa na base de dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), por meio de acesso ao site www.datasus.gov.br.
Acadêmicos do Curso de Odontologia e bolsistas do Projeto Jovens Talentos - FAPERJ e Universidade Severino Sombra, previamente calibrados, realizaram visitas aos cirurgiões-dentistas. Com auxílio de um questionário pontuaram as informações que os profissionais tinham sobre o funcionamento do Banco de Dentes Humanos do Curso de Odontologia da Universidade Severino Sombra..
Resultados
A cidade de Vassouras localizada na região Centro Sul Fluminense, com aproximadamente 40 mil habitantes conta com aproximadamente vinte consultórios odontológicos particulares. O curso de Odontologia da Universidade Severino Sombra tem papel importante na contribuição do desenvolvimento e promoção da saúde bucal da população, além da formação de conhecimento para seus alunos. Desta forma, o Banco de Dentes Humanos contribui de maneira significante para a produção de ciência e conhecimento.
A maioria dos entrevistados, cerca de 85% sabem o que é o banco de dentes e já ouviram falar sobre o funcionamento de um banco de dentes com alunos de graduação, em cursos, revistas e periódicos.
Os entrevistados citam como objetivos do banco de dentes: fornecer dentes aos alunos para trabalhos e pesquisas; ajudar no aprendizado dos acadêmicos; simular tratamentos, matéria prima para estudo com materiais dentários; utilização para restaurações biológicas em odontopediatria e reconstruções em prótese.
Uma porcentagem de 71% dos entrevistados sabe que o banco de dentes é regulamentado e fundamentado nas leis brasileiras.
Somente 64% dos entrevistados já foram informados que o Curso de Odontologia da Universidade Severino Sombra possui um banco de dentes em funcionamento e 57% dos cirurgiões-dentistas não sabem como contribuir.
Discussão
Os bancos de dentes humanos tornaram-se importantes nos cursos e faculdades de Odontologia no Brasil pela necessidade de fornecer dentes extraídos provenientes de fontes legais para ensino e pesquisa. As exigências quanto à origem dos dentes e, mais recentemente, quanto ao armazenamento foram fundamentais para o estabelecimento dos bancos de dentes no Brasil (3,4,9).
A importância do banco de dentes tem sido mais divulgada em razão de seus benefícios para ampliar o conhecimento odontológico. Como demonstrado neste trabalho em que 85% dos entrevistados relataram conhecer o banco de dentes e o seu funcionamento (1,2).
Promover o banco de dentes em uma universidade possibilita o desenvolvimento de trabalhos práticos de treinamentos como: preparos e tratamentos endodônticos até utilização clínica do dente como pôntico em uma prótese adesiva. Os entrevistados reportaram já terem fornecido dentes humanos extraídos aos acadêmicos de odontologia para trabalhos e pesquisas, mas em algumas situações desconhecem a necessidade de um correta doação e armazenamento dos dentes (3,5,6).
Com o aumento das pesquisas e o crescimento dos cursos de odontologia no Brasil, houve a necessidade da regulamentação em lei dos bancos de dentes humanos, uma vez que a procura por dentes naturais aumentou. Os entrevistados na pesquisa apresentaram um baixo conhecimento a respeito deste assunto (7,8,10).
Apesar de toda a informação que os entrevistados tinham sobre os objetivos e funcionamento dos bancos de dentes, 46% não reconheceram que o Curso de Odontologia da Universidade Severino Sombra dispõe de um banco de dentes humanos em funcionamento.
Todos os cirurgiões dentistas podem contribuir para o funcionamento do banco de dentes, pela doação de dentes extraídos, com o consentimento do paciente. Porém 43% dos profissionais entrevistados não sabiam como contribuir com a doação dos dentes.
Conclusão
Concluiu-se que apesar dos cirurgiões-dentistas do município de Vassouras terem ciência dos objetivos e funcionamento de um banco de dentes humanos, ainda há uma grande necessidade de divulgação deste serviço prestado pelo Curso de Odontologia da Universidade Severino Sombra.
Referências
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“Halitose em usuários da clínica de prótese do curso de Odontologia da USS: um estudo seccional”
Thaís de SouzaCardoso, Letícia Souza de Abreu Carvas, Mayara Vieira do Carmo, Rebeca Lauriano Gomes, Frederico dos Reis Goyatá
Curso de Odontologia USS
Resumo
A halitose é uma condição anormal do hálito que se altera de forma desagradável. Independentemente da causa é um problema que interfere socialmente no relacionamento entre as pessoas e constrange para os contatos sociais. Com isso, esse Projeto de Pesquisa tem o intuito de diagnosticar e traçar o perfil epidemiológico dos pacientes portadores de halitose atendidos na clínica de Prótese do Curso de Odontologia da USS, em Vassouras/RJ, através de exames clínicos e realização de halimetria. Depois de diagnosticado oferecer orientações sobre recursos terapêuticos disponíveis e propor a realização do tratamento na própria clínica odontológica da USS.
Palavras-chave: Halitose; Prótese.
Área do Conhecimento: Odontologia social e preventiva.
”Desinfecção de moldes e modelos: avaliação da prática de biossegurança dos consultórios particulares no município de Vassouras-RJ”
Mayara Vieira do Carmo, Letícia Souza de Abreu Carvas, Rebeca Lauriano Gomes, Thaís de Souza Cardoso, Frederico dos Reis Goyatá,
Curso de Odontologia USS
É importante estabelecer medidas preventivas com o objetivo de se evitar a contaminação cruzada, sendo a desinfecção de moldes e modelos um dos procedimentos indispensáveis para manter a biossegurança na prática clínica. O objetivo deste trabalho foi avaliar o grau de informação dos cirurgiões-dentistas que trabalham em consultórios particulares no município de Vassouras sobre a importância da desinfecção de moldes e modelos. Como fatores de estudo foram selecionados os consultórios particulares no município por meio de consulta à Secretaria Municipal de Saúde. Acadêmicos do Curso de Odontologia da Universidade Severino Sombra, previamente calibrados, realizaram as visitas aos cirurgiões-dentistas com auxílio de um questionário pontuando dados como a frequência de desinfecção e substâncias químicas utilizadas. Observou-se que 100% dos cirurgiões-dentistas já ouviram falar sobre a desinfecção de moldes e modelos e
92,86% consideram este um procedimento importante na odontologia. Constatou-se que 64,28% realizam a desinfecção de moldes e modelos. O hipoclorito de sódio foi citado em 76,92% e o glutaraldeído em 30,76%, porém todos utilizavam essas substâncias químicas em concentrações e métodos inadequados. Foram citados ainda substâncias não preconizadas pela literatura, como exemplo álcool 70% e cloro, relatados em 38,46% dos casos
Concluiu-se que a maioria dos cirurgiões-dentistas do município de Vassouras- RJ realizam os procedimentos de desinfecção de moldes e modelos, porém utilizam substâncias químicas e métodos de desinfecção inadequados.
PORTUGUÊS
“Observatório da mídia: a linguagem e a (re)produção do real”
Matheus Maciel e Idalina Guimarães, Drª. Patrícia Ribeiro Corado
IFF campus Cabo Frio
RESUMO: O projeto “Observatório da mídia: a linguagem e a (re)produção do real” consiste numa proposta de investigação de ordem linguístico-discursiva em que, lançando-se mão de textos veiculados pela mídia impressa, serão buscados instrumentos capazes de, numa análise científica, fazer entender os discursos – e de modo específico, o discurso jornalístico – como recortes da realidade e, sobretudo, evidenciar a linguagem como um jogo de força e poder. Em outras palavras, trata-se de uma investigação linguístico-discursiva e ideológica que tentará penetrar na opacidade das lentes através das quais o mundo contemporâneo se apresenta aos sujeitos históricos que dele participam.
SERVIÇO SOCIAL
“A inserção dos bolsistas jovens Talentos nos processos investigativos.”
Lislane Rosa da Fonseca de Menezes1, Mayana de Souza Gomes da Silva2, Prof.ª Ana Maria de Vasconcelos2
1Colégio Estadual Murilo Braga
2 Universidade do Estado do Rio de Janeiro/ Faculdade de Serviço Social/ NEEPSS
O processo de investigação é uma atividade primordial para o desenvolvimento de uma reflexão crítica e deve ser priorizado na universidade, que é o espaço de aprimoramento intelectual e crítico. A profissão do Serviço Social tem no processo investigativo a base fundamental para a sua atuação profissional, tendo em vista que é na investigação constante da realidade social que se pode captar o movimento da mesma e as alternativas que se colocam frente a esta realidade social cada vez mais desigual, concentradora de riqueza e avessa às reivindicações das classes trabalhadoras. Desta forma, a inserção dos bolsistas Jovens Talentos no âmbito da universidade, através do NEEPSS (Núcleo de Estudo Extensão e Pesquisa em Serviço Social), da Faculdade de Serviço Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, busca inserir o estudante no processo investigativo, desenvolvendo com eles uma reflexão crítica do que é a universidade, da importância de uma formação de qualidade que busque não apenas a formação de mão-de-obra para o mercado,
mas de um cidadão crítico que possa pensar sobre a sociedade em que vive e propor alternativas à mesma. Para o desenvolvimento deste processo de investigação os estudantes bolsistas Jovens Talentos participam de um estudo que é realizada com os estudantes da Faculdade de Serviço Social da UERJ e busca apreender o perfil do aluno (idade, bairro que mora, etc.); a concepção que ele tem sobre a profissão (porque escolheu a profissão e se mudou de idéia em relação à profissão); referências que ele toma para a prática entre outras perguntas. Diante dos dados, os bolsistas Jovens Talentos iniciaram a realização de categorização dos dados e construíram gráficos referentes aos mesmos, junto com outros membros da equipe. Este estudo resultou em trabalhos inscritos em eventos científicos. Nesta
Jornada Jovens Talentos, apresentaremos os resultados do trabalho que vem sendo desenvolvidos, dados obtidos, e os estudos que vem sendo feitos pelos bolsistas, tais como textos lidos e atividades no âmbito da universidade que vem participando como forma de exercício de reflexão e crítica.
VETERINÁRIA
“Aplicação do APPCC em laticínios”
Paula Fernandes da Silva1, Juliana Saraiva de Sousa1, Jorge Ubirajara Dias Boechat2
1Colégio Estadual Padre Mello – Bom Jesus do Itabapoana – RJ;
2Professor Orientador - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense - Campus Bom Jesus – Colégio Técnico Agrícola Ildefonso Bastos Borges – Bom Jesus do Itabapoana – RJ.
Considerando a produção de derivados lácteos, atualmente, o método mais recomendado para se garantir a segurança de um produto alimentício denomina-se Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC). A partir do funcionamento do setor de laticínios do Instituto Federal Fluminense - Campus Bom Jesus Itabapoana-RJ, considerando principalmente a produção de queijos, iogurte e ricota, foi estabelecida e aplicada uma planilha de verificações dentro do sistema APPCC. Com vistas a atender a procedimentos de higiene operacional FORAM aplicados os cuidados higiênicos à linha de produção de cada produto. Juntamente com os preceitos de Boas Práticas de Fabricação e APPCC a fim de controlar os pontos críticos dos fluxogramas dos produtos estudados o que constituiu o principal objetivo do trabalho, concluindo na verificação e análise do processo produtivo. De acordo com os resultados foram apontadas as variações nas fases de fabricação nos produtos tais como: Queijo frescal, Mussarela, Iogurte e Ricota que durante os procedimentos de fabricação sofreram variações de tempo e temperatura nos processos de pasteurização, coagulação e fermentação do leite que tiveram diferença considerável de leitura (binômio tempo x temperatura) com relação ao modo de uso do vapor e água de resfriamento, o que ocasionou uma falta de padrão
no produto elaborado. Com a correção dos procedimentos de higiene não se observou formação de olhadura na massa dos queijos provenientes da ação de microrganismos, de modo em geral, satisfatório. O principal resultado de modificações estruturais do estabelecimento foi visto na reforma do ambiente de produção, incluindo pintura das paredes, definição do local de almoxarifado, iluminação nova e reforma das telas das janelas contribuindo para uma melhoria da qualidade do produto final.
Palavras-chave: APPCC; BPF, Controle de Qualidade; Leite e derivados.
“Percepção dos estudantes do ensino médio
sobre Anatomia”
Luiz Fernando da Conceição Gomes Cardoso1, Rômulo Pereira de Souza 2, Luciano da Silva Alonso3
1CIEP Albert Sabin
2Colégio Estadual Presidente Dutra
3Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
O objetivo deste trabalho é apresentar a percepção de estudantes do ensino médio sobre a ciência anatômica e aspectos da rotina de trabalho em um Laboratório de Anatomia Animal, como forma de divulgação científica, demonstrando a importância de que os conhecimentos produzidos na atividade científica sejam divulgados para o público de forma compreensível. O projeto em questão contempla a participação de dois estudantes do ensino médio na condição de bolsistas do programa Jovens Talentos da FAPERJ, em diferentes ações desenvolvidas no Laboratório de Anatomia Animal da UFRRJ, consistindo de dissecação de peças anatômicas e de cadáveres de animais, maceração de esqueletos, organização geral
do acervo de peças para um melhor funcionamento do Laboratório e mensuração de crânios e dentes de cães. A aplicação de questionário do tipo estruturado em duas escolas da rede pública do Estado do Rio de Janeiro para obtenção das representações sociais junto aos alunos do ensino médio, foi realizada com o objetivo de comparar a experiência dos bolsistas jovens talentos na iniciação científica realizada no laboratório, com a percepção de estudantes do mesmo nível de ensino que não realizam estágio. Foram distribuídos 50 questionários para duas
turmas do ensino médio nas duas escolas avaliadas. Os questionários contemplaram cinco questões de múltipla escolha, na área de anatomia, com baixo grau de dificuldade. A média de notas das escolas em uma escala de 0 (zero) a 10 (dez) foi de 8,34 e 7,64. O bom rendimento dos alunos sugere que, em abordagens futuras, o nível de dificuldade dos questionários possa ser aumentado.
Palavras-chave: pesquisa qualitativa; iniciação científica; educação básica
“Aspectos morfométricos em dentes
de cães sem raça definida”
Jean Oberto Azevedo de Oliveira1, Paulo Roberto Bernardes Lopes2
1CIEP 155 NELSON ANTELO ROMAR / SEROPÉDICA
2UFRRJ/Instituto de Biologia/Departamento de Biologia Animal/Área de Anatomia Animal
A Odontologia Veterinária vem apresentando um avanço significativo nos últimos anos. É crescente o número de profissionais que se especializam nesta área da Medicina Veterinária, oferecendo serviços de tratamento odontológico para animais de companhia, animais silvestres e animais de produção. Entretanto, muito do que se aplica à Odontologia Veterinária são adaptações de protocolos terapêuticos e metodologias comuns da Odontologia Humana. Em cães, é grande a variação de tipos de crânio em função da alta variabilidade de raças, sendo freqüentes os tipos de crânio curto, médio e longo. Há relação direta da anatomia da arcada dentária de
cães e o tipo de crânio, sendo comuns os problemas de má oclusão dental nesta espécie. Com o intuito de contribuir com a compreensão da anatomia da arcada dentária em cães, este trabalho tem como objetivo a mensuração dos dentes , oferecendo dados que possam ser úteis na adequação de métodos e técnicas de tratamento odontológico com informações próprias da Medicina Veterinária. Foram utilizados 20 crânios de cães adultos, de idades e raças não conhecidas para a realização da mensuração dos dentes. Foram mensurados com paquímetro a altura, o comprimento e a largura da coroa do quarto dente pré-molar superior direito (4º PMSD) e do quarto pré-molar superior esquerdo (4º PMSE). Os resultados das aferições foram inseridos em planilha eletrônica (microsoft excel) e foram obtidos os valores médios conforme descrição a seguir: 4º PMSD: A = 10,82; C = 18,74; E = 7,34. Para o 4º PMSE os valores foram: A = 10,71; C = 18,87; E = 7,39. Foi possível perceber que há diferença nos parâmetros avaliados entre os antímeros Analisados (direito e esquerdo) e o projeto pode ser continuado para toda a arcada dentária contribuindo para a descrição panorâmica dos dentes e suas aplicações na Odontologia.